tag:blogger.com,1999:blog-65748471805548319282024-03-18T00:02:14.191-03:00O ORNITORRINCOBlog sujo e ateu. Entre sem bater.PAULO R. CEQUINELhttp://www.blogger.com/profile/06060183071961062324noreply@blogger.comBlogger3362125tag:blogger.com,1999:blog-6574847180554831928.post-26154826897459769512024-03-06T06:24:00.000-03:002024-03-06T06:26:10.128-03:00SINTA-SE EM GAZA: RESUMO DO GENOCÍDIO<p><span style="font-family: courier; font-size: medium;"><b>Copiei do X de <a href="https://twitter.com/HoyPalestina/status/1764712751086158304?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1764712751086158304%7Ctwgr%5Eb1045767609b067b5b6f0b61f4148d240f6fa848%7Ctwcon%5Es1_&ref_url=https%3A%2F%2Fwww.brasil247.com%2Fmundo%2Fgenocidio-em-gaza-150-dias-de-horror-e-destruicao">PALESTINA HOJE</a></b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: medium;"><b>- 150 dias de genocídio.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: medium;"><b>- 2.675 massacres cometidas pelo exército de ocupação</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: medium;"><b>- 37.534 entre assassinados e desaparecidos</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: medium;"><b>- 30.534 assassinados que cheguaram aos hospitais</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: medium;"><b>- 13.430 crianças assassinadas</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: medium;"><b>- 15 crianças mortas de fome</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: medium;"><b>- 8.900 mulheres assassinadas</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: medium;"><b>- 364 assassinatos de pessoal médico</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: medium;"><b>- 48 assassinatos de integrantes da Defesa Civil</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: medium;"><b>- 132 jornalistas assassinados</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: medium;"><b>- 7.000 desaparecidos (dos quais 70% são crianças e mulheres)</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: medium;"><b>- 71.920 feridos</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: medium;"><b>- 11.000 feridos necessitam ser levados a outros países para receber tratamento</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: medium;"><b>- 17.000 crianças vivem sem seus pais ou um deles</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: medium;"><b>- 11.000 feridos precisam viajar para receber tratamento</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: medium;"><b>- 10.000 pacientes com câncer enfrentam risco de morte</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: medium;"><b>- 700.000 pacientes com enfermidades infecciosas</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: medium;"><b>- 8.000 casos de infecção por hepatite viral</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: medium;"><b>- 60.000 mulheres grávidas em risco</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: medium;"><b>- 350.000 pacientes com enfermidades crônicas sem controle e tratamento adequado</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: medium;"><b>- 269 sequestros de profissionais de saúde</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: medium;"><b>- 10 jornalistas sequestrados</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: medium;"><b>- 2 milhões de pessoas removidas</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: medium;"><b>- 100 escolas e universidades completamente destruídas</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: medium;"><b>- 305 escolas e universidades parcialmente destruídas</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: medium;"><b>- 217 mesquitas completamente destruídas</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: medium;"><b>- 284 mesquitas parcialmente destruídas</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: medium;"><b>- 3 igrejas atacadas e destruídas</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: medium;"><b>- 70.000 habitações foram completamente destruídas</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: medium;"><b>- 290.000 habitações parcialmente destruídas</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: medium;"><b>- 70.000 toneladas de explosivos lançados por Israel</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: medium;"><b>- 32 Hospitais estão fora de serviço</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: medium;"><b>- 53 centros de saúde fora de serviço</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: medium;"><b>- 155 instituições de saúde foram parcialmente atacadas</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: medium;"><b>- 126 ambulâncias destruídas</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: medium;"><b>- 200 sítios arqueológicos e patrimoniais destruídos</b></span></p><p style="text-align: center;"><b style="font-family: courier;"><span style="color: red; font-size: x-large;">NÃO É GUERRA, É GENOCIDIO!!! </span></b></p>PAULO R. CEQUINELhttp://www.blogger.com/profile/06060183071961062324noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6574847180554831928.post-18339963736632645252024-03-03T10:27:00.000-03:002024-03-03T10:28:50.683-03:00Jeferson Miola: Golpe foi diretriz institucional das cúpulas das Forças Armadas<p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Copiei do <a href="https://www.viomundo.com.br/politica/jeferson-miola-golpe-foi-diretriz-institucional-das-cupulas-das-forcas-armadas.html">VIOMUNDO</a></b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>02/03/2024 - 20:13</b></span></p><p style="text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjX-IPYTUNrBb5lkqqKI8Z4cheeH7iWIoP9KhgdlYCWv-JHNcz11epkdTeNPzhzP8jC7wKvsHqOrA0FyjjH4gfSEFOkO6p5WFL_nwfdpZKKEY36K99imtbu68FGNUp699zS9cG3ze6N_lOjgJmucxEZDA0mMvxWyGoIA_eQy26X-FB2QyvynlBdmDLYO6cp" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="600" data-original-width="840" height="267" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjX-IPYTUNrBb5lkqqKI8Z4cheeH7iWIoP9KhgdlYCWv-JHNcz11epkdTeNPzhzP8jC7wKvsHqOrA0FyjjH4gfSEFOkO6p5WFL_nwfdpZKKEY36K99imtbu68FGNUp699zS9cG3ze6N_lOjgJmucxEZDA0mMvxWyGoIA_eQy26X-FB2QyvynlBdmDLYO6cp=w579-h267" width="579" /></a></div><br /><br /><p></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Ilustração: Renato Aroeira (@arocartum)</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Golpe foi diretriz institucional das cúpulas das Forças Armadas</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Por Jeferson Miola, em seu blog</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>As provas coletadas nas investigações da Polícia Federal fornecem informações importantes para a reconstituição do plano golpista. E confirmam o envolvimento institucional das Forças Armadas com o golpe.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>São fartas as evidências de que não ocorreram apenas atitudes isoladas de alguns indivíduos fardados, porque foi um empreendimento arquitetado e cadenciado na hierarquia militar.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>O golpe era o trampolim para a longevidade do projeto de poder militar.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Após a vitória do Lula na eleição de 30 de outubro, o comando golpista incorporou um forte “dispositivo popular” – os acampamentos nas áreas dos quartéis com extremistas de direita, militares da ativa, da reserva, fundamentalistas religiosos e integrantes da família militar.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>O comunicado de 11 de novembro de 2022 “Às Instituições e ao Povo Brasileiro”, no qual os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica contrariaram ordens judiciais, afrontaram o STF e defenderam a permanência dos acampamentos, traduziu a coesão e a unidade institucional dos comandantes militares.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Divulgado 11 dias após a eleição, o provocativo comunicado assinado pelo general Freire Gomes, pelo brigadeiro Batista Júnior e almirante Garnier Santos definiu os acampamentos como “manifestações populares” de pessoas que defendem “demandas legais e legítimas da população”.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Financiados por empresários e apoiadores, e com infraestrutura assegurada das próprias áreas militares, os acampamentos foram considerados ilegais e criminosos por ministros do STF.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>O acampamento do Quartel-General do Exército funcionava como logística estratégica de/para ações terroristas e golpistas. Isso ficou evidente nos atos terroristas de 12 e 24 de dezembro de 2022 em Brasília e nos atentados de 8 de janeiro de 2023.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Evento importante na cronologia dos acontecimentos foi a decisão do então comandante do Exército, general Freire Gomes, que hoje se diz legalista e herói da democracia, mas que no dia 29 de dezembro de 2022 impediu o desmonte do acampamento golpista no QG do Exército.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Hordas saíram do QG para aterrorizar a capital federal no dia da diplomação de Lula e Alckmin [12/12] e, semanas depois, para vandalizar as sedes dos poderes da República no 8 de janeiro.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Pretendiam, com isso, justificar a convocação de operações GLO e de medidas de exceção, como concebido na minuta de golpe.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>A repercussão da vitória do Lula no país e no exterior, ao lado da oposição do governo Biden ao golpe quebrou o consenso golpista – ou arrefeceu a posição golpista majoritária – na caserna, comprometendo a unidade de ação e a coesão das cúpulas militares.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Apesar disso, a articulação golpista não se encerrou. A expectativa de concretização do golpe ainda com Bolsonaro na Presidência durou pelo menos até o dia 27 de dezembro de 2022, quando faltavam apenas quatro dias para o fim oficial do governo.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Prova disso é o intercâmbio de mensagens do general Braga Netto, candidato a vice na chapa militar, com o capitão Sérgio Rocha Cordeiro, então integrante da equipe de segurança do Bolsonaro, que queria conseguir um cargo no governo para uma pessoa.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Braga Netto então respondeu: “Cordeiro, se continuarmos, poderia enviar para a Sec. Geral. Fora isso vai ser foda” [grifo meu].</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Este diálogo surreal, em que um general 4 estrelas do Exército ainda tinha alguma expectativa de continuidade do Bolsonaro no poder apesar do resultado da eleição, o que somente seria possível com uma ruptura institucional, aconteceu 15 dias depois da diplomação de Lula e Alckmin pelo TSE e a apenas quatro dias do término do governo.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Antes da posse do presidente Lula, os comandantes das três Forças deram outra demonstração cabal de insubordinação institucional ao se recusarem permanecer nos respectivos comandos até a transmissão do cargo no novo governo.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Recusaram-se bater continência para Lula, pois não aceitaram o resultado da eleição e não o reconheceram como o eleito soberanamente comandante supremo das Forças Armadas.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Neste contexto de evidências significativas do envolvimento institucional dos altos comandos militares com o golpe, é pouco fiável a hipótese de que a conspiração foi atitude isolada de alguns oficiais.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>No depoimento à PF [29/2], o general Estevam Theóphilo disse que se reuniu com Bolsonaro em 9 de dezembro de 2022 para tratar do golpe a pedido do general Freire Gomes.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Ao invocar obediência à hierarquia para protagonizar um ato criminoso, o general Theóphilo arrastou para a cena do crime a instituição militar, confirmando que o golpe foi, de fato, uma diretriz institucional das cúpulas das Forças Armadas.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>O avanço das investigações da PF, inclusive com a análise do conteúdo do celular do general Lorena Cid, pai do tenente-coronel Mauro Cid, pode revelar outras camadas do plano golpista e alcançar também aqueles oficiais do Alto Comando que continuam incólumes, além da própria institucionalidade militar.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Há uma mensagem implícita no depoimento do general Theóphilo, com um claro recado à cúpula: ou salvam-se todos os golpistas fardados, ou caem todos em desgraça.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>A bandeira da anistia, lançada por Bolsonaro no ato da avenida Paulista em 25 de fevereiro, poderá ser usada como tábua de salvação das cúpulas militares. Se isso acontecer, estará instalado o impasse no país.</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>xxx---xxx</b></span></p><p style="text-align: left;"><span style="color: red; font-family: courier; font-size: large;"><b><i>O Ornitorrinco Cristão, presente nesta grandiosa quermesse em louvor de La Virgencita Botinuda y Golpista, prolata sua certeira opinião a respeito: essa milicada de merda deveria recolher-se aos quartéis para treinar a única coisa que talvez saibam fazer, qual seja, pintar meio-fio. Tenho nojo derramado e definitivo desta meganhagem abjeta.</i></b></span></p><p><br /></p>PAULO R. CEQUINELhttp://www.blogger.com/profile/06060183071961062324noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6574847180554831928.post-88368055918301275462024-03-01T19:54:00.000-03:002024-03-01T19:57:15.316-03:00 Aqui no Paraná, PM de escola militarizada manda aluno cortar afro “para não parecer bandido”<p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Copiei do <a href="https://www.plural.jor.br/noticias/vizinhanca/pm-de-escola-militarizada-manda-aluno-cortar-afro-para-nao-parecer-bandido/">JORNAL PLURAL</a></b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Família, que pede para não ser identificada, denunciou caso de racismo à polícia</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>1 de março de 2024, por Rogerio Galindo</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Uma família denunciou para a polícia um caso de racismo em uma escola cívico-militar ocorrido no Paraná. O nome da família e da escola não estão sendo divulgados a pedido da mãe da criança, que ficou com medo de retaliações.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>O caso ocorreu na última sexta-feira (23), quando o policial que trabalha como monitor da escola sugeriu que um garoto negro cortasse o cabelo afro. Segundo ele, caso mantivesse o penteado o menino seria “confundido com bandido”.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>“Isso é racismo. Não tem o que falar. Meu filho não é nenhum delinquente. Eu nunca fui ao colégio por uma reclamação sobre ele, por responder professor ou por bater em colegas. Pelo contrário. Se meu filho ver alguém brigando ele passa mal porque tem ansiedade, ele fica nervoso”, explica a mãe em uma declaração à APP-Sindicato.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>A APP tem feito denúncias recorrentes de abusos por parte dos policiais que o governo Ratinho Jr. (PSD) colocou para cuidar das escolas cívico-militares. Já houve desde casos de assédio até violência física contra estudantes.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>No caso de racismo registrado, a APP lembra que a orientação do Ministério Público Federal é para que as escolas jamais imponham padrões estéticos aos alunos.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>“Para o MPF, a imposição de padrão estético uniforme aos alunos, quanto ao tipo de corte de cabelo, roupas, maquiagem e outros adereços possui impacto negativo desproporcional em indivíduos de grupos minoritários, marginalizados ou alvos de preconceito, como pessoas com cabelos crespos e cacheados”, explica o Ministério Público em nota.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b><i>Rogerio Galindo é jornalista</i></b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>XXX---XXX</b></span></p><p style="text-align: left;"><span style="color: red; font-family: courier; font-size: large;"><b><i>O Ornitorrinco Boquirroto sempre afirmou que as tais escolas cívico-militares no Paraná seriam espaço permanente de problemas.<br />Afinal, e permitam-me a dura franqueza, meganhas dentro de escolas, lidando com crianças e adolescentes, somente seriam produtores de preconceitos, de cultura de violência, e imposição de uniformidades cevadas em academias de milicões. <br />Mas, vejam bem, o nosso governadorzinho-ratinho é filho de umas das figuras mais escrotas da TV brasileira, o ratão, ou seja, filho de escroto, escrotinho é. </i></b></span></p>PAULO R. CEQUINELhttp://www.blogger.com/profile/06060183071961062324noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6574847180554831928.post-25617117510228586072024-02-28T11:56:00.001-03:002024-02-28T11:58:53.885-03:00GAZA (OU ELES NÃO PODEM CONTINUAR NASCENDO)<p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Copiei da página do MST </b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b><br /></b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>São Paulo, 27 de Fevereiro de 2024</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Estimados amigos e amigas,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Compartilhamos com vocês o poema de PEDRO TIERRA, em solidariedade ao Povo Palestino, diante do genocídio em Gaza.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Saudações,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>João Pedro</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>XXX---XXX</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>GAZA (OU ELES NÃO PODEM CONTINUAR NASCENDO)</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Hamilton Pereira (Pedro Tierra)</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b><br /></b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>30 mil mortos.</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Essa informação cabe num verso?</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Metade dos mortos nessa guerra são crianças.</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Com que material será escrita a poesia </b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>desse tempo?</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Gaza: 70% dos corpos identificados são mulheres.</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Contando as grávidas.</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Move-se uma guerra contra o ventre das mulheres palestinas.</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Elas não podem continuar nascendo...</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Elas não podem continuar nascendo...</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Elas não podem continuar nascendo em Gaza.</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Elas não podem continuar nascendo em Ramallah.</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Eles (os palestinos) não podem </b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>continuar nascendo.</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Oitenta e quatro anos depois de Auschwitz,</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>move-se diante dos meus olhos de espanto</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>uma guerra de extermínio contra </b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>mulheres e crianças.</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Move-se diante dos meus olhos gastos</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>pela contemplação dolorosa da saga</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>em busca da ressurreição possível</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>uma guerra contra mulheres e crianças</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>sobre as areias de Gaza.</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>?Em Ramá se ouviu uma voz,</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>muito choro e gemido.</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>É Raquel que chora</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>os filhos assassinados</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>e não quer ser consolada</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>porque os perdeu para sempre? (Mt.12,18)</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>(Não serei a voz,</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>desde o conforto da sombra</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: courier;"><b>que me abriga, </b></span><b style="font-family: courier;">nesse ocaso da vida,</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>que direi aos escravos enfurecidos</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>como sacudir dos ombros </b></span></p><p style="text-align: center;"><b style="font-family: courier;"><span style="font-size: large;">a opressão que os esmaga.)</span></b></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Acender a memória</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>da explosão do Hotel King David,</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>22 de julho de 1946 às 12:37.</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Jerusalém foi sacudida:</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>91 mortos. 45 feridos.</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Que nome dar a esse ato?</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Perguntem a Menachen Beguin.</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Hoje, é preciso desenterrar</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>os deslocados para lugar nenhum.</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Os que já não podem retornar</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>dos escombros, das areias,</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>das cinzas, do vento que sopra</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>sobre a memória de Gaza.</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Por onde andará Islam Hamed?</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>É preciso reacender sobre sua ausência</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>a luz do sol bombardeada</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>na tarde de ontem.</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>E perguntar ao coração das bombas:</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>que destino aguarda um milhão e meio</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>de palestinos acantonados em Rafah?</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Escombros nas ruas.</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Escombros de corpos.</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Escombros nas almas.</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>?Ficou muito irado e mandou massacrar,</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>em Belém e nos seus arredores,</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>todos os meninos de dois anos para baixo,</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>conforme o tempo exato</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>que havia indagado aos Magos. (Mt,12-16)</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Não há luz no Hospital Al-Shifa</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>que permita fazer uma sutura</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>nos corpos destroçados</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>pelos bombardeios.</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Uma sutura no corpo da Palestina:</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>haverá uma geração de mutilados</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>condenados a mirar sem ternura</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>na dor aguda dessa perna que falta,</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>na pele que já não protege</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>a carne exposta,</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>as digitais de Benjamin Netanyahu.</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Recolho o espanto e me afasto</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>enquanto ouço a voz rouca</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>que emerge do sul e parte em pedaços</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>os espelhos cegos da indiferença do mundo...</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b><br /></b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Brasília, dez. 2023/ fev. 2024.</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b><br /></b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b><i>Pedro Tierra (Hamilton Pereira) é poeta. Ex-presidente da Fundação Perseu Abramo</i></b></span></p><p><br /></p>PAULO R. CEQUINELhttp://www.blogger.com/profile/06060183071961062324noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6574847180554831928.post-70196230964991086942024-02-25T08:04:00.000-03:002024-02-25T08:06:18.780-03:00Pronunciamento do Secretário-Geral de Médicos Sem Fronteiras, Christopher Lockyear, ao Conselho de Segurança da ONU<p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Copiei de <a href="https://www.msf.org.br/noticias/pronunciamento-do-secretario-geral-de-msf-christopher-lockyear-ao-conselho-de-seguranca-da-onu/">Médicos Sem Fronteiras (MSF)</a></b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>22 de fevereiro de 2024</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Senhora presidente, excelências, colegas,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>No momento em que pronuncio estas palavras, mais de 1,5 milhão de pessoas estão encurraladas em Rafah. Pessoas que foram violentamente forçadas a irem para esta faixa de terra no sul de Gaza estão arcando com as consequências da campanha militar de Israel.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Vivemos sob o medo de uma invasão terrestre.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Nossos temores são baseados na nossa própria experiência. Há apenas 48 horas, quando uma família estava ao redor de uma mesa de cozinha em uma casa que abrigava funcionários de MSF e suas famílias em Khan Younis, um projétil de 120mm disparado por um tanque rompeu as paredes do local e explodiu, iniciando um incêndio, matando duas pessoas e deixando outras seis com queimaduras severas. Cinco dos seis feridos são mulheres e crianças.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Havíamos tomado todas as precauções possíveis para proteger os 64 trabalhadores humanitários e membros de suas famílias de um ataque desse tipo, notificando as partes em conflito sobre a localização e marcando claramente o edifício com uma bandeira de MSF. Apesar das nossas precauções, nosso prédio foi atingido não apenas por um disparo de tanque, mas por tiros intensos. Algumas pessoas ficaram presas no prédio em chamas enquanto os disparos contínuos atrasavam a chegada de ambulâncias ao local. Hoje pela manhã, olho para fotos que mostram a extensão catastrófica dos danos e vejo vídeos de equipes de resgate retirando corpos carbonizados dos escombros.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Isto tudo é extremamente familiar – forças israelenses atacaram nossos comboios, detiveram nossos funcionários e destruíram nossos veículos com tratores, e hospitais foram bombardeados e invadidos. Agora, pela segunda vez, um dos abrigos onde estavam nossos funcionários foi atingido. Ou este padrão de ataques é intencional ou é um indicativo de incompetência negligente.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Nossos colegas em Gaza têm medo de que, conforme eu pronuncio hoje essas palavras, eles sejam punidos amanhã.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Senhora Presidente, todos os dias nós testemunhamos o horror inimaginável.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Nós, assim como tantos outros, ficamos horrorizados pelo massacre praticado pelo Hamas em Israel em 7 de outubro, e ficamos horrorizados pela reação de Israel. Sentimos a angústia das famílias cujos entes queridos foram feitos reféns em 7 de outubro. Sentimos a angústia das famílias daqueles detidos arbitrariamente de Gaza e da Cisjordânia.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Como humanitários, ficamos perplexos com a violência contra civis.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Estas mortes, destruição e deslocamentos forçados são o resultado de escolhas políticas e militares que desrespeitam flagrantemente as vidas de civis.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Estas escolhas poderiam ter sido feitas, e ainda podem ser feitas, de maneira muito diferente.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Por 138 dias, testemunhamos o sofrimento inimaginável da população de Gaza.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Por 138 dias, temos feito tudo que é possível para efetuar uma resposta humanitária relevante.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Por 138 dias, temos assistido à destruição sistemática de um sistema de saúde que apoiamos há décadas. Temos assistido aos nossos colegas e pacientes serem mortos e mutilados.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Esta situação é o ponto culminante de uma guerra travada por Israel contra toda a população da Faixa de Gaza— uma guerra de punição coletiva, uma guerra sem regras, uma guerra a qualquer preço.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>As leis e os princípios dos quais dependemos coletivamente para permitir a assistência humanitária estão agora corroídos ao ponto de perderem seu significado.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Senhora Presidente, a resposta humanitária em Gaza é uma ilusão —uma ilusão conveniente que perpetua a narrativa de que esta guerra está sendo travada em linha com leis internacionais.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Apelos por mais assistência humanitária ecoaram nesta sala.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Ainda assim, em Gaza temos cada vez menos a cada dia—menos espaço, menos medicamentos, menos comida, menos água, menos segurança.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Já não falamos mais de intensificar a ação humanitária; falamos de sobreviver mesmo sem o mínimo necessário.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Hoje, em Gaza, os esforços para prover assistência são irregulares, episódicos e totalmente inadequados.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Como podemos oferecer ajuda que salva vidas em um ambiente onde a diferença entre combatentes e civis não é levada em conta?</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Como podemos manter qualquer tipo de resposta quando trabalhadores médicos são alvejados, atacados e demonizados por atender aos feridos?</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Senhora Presidente, ataques a serviços de saúde são ataques à humanidade</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Não restou nada que possa ser chamado de um sistema de saúde em Gaza. Os militares de Israel desmantelaram hospitais, um após o outro. O que restou é tão pouco diante de tamanha carnificina que é simplesmente absurdo.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>A desculpa dada é a de que as instalações médicas foram usadas para fins militares, embora não tenhamos visto qualquer prova verificada de maneira independente de que isso tenha ocorrido.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Em circunstâncias excepcionais nas quais um hospital perde seu status de local protegido, qualquer ataque deve atender aos pricípios de proporcionalidade e cautela.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Ao invés da aderência à lei internacional, vemos a inutilização sistemática de hospitais. Isto tem deixado inviáveis as operações de todo o sistema médico.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Desde 7 de outubro, fomos forçados a evacuar nove instalações de saúde distintas.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Há uma semana, o hospital Nasser foi invadido. O pessoal médico foi forçado a sair apesar de ter recebido garantias reiteradas de que poderia ficar para continuar atendendo aos pacientes.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Estes ataques indiscriminados, assim como os tipos de armas e munições utilizadas em áreas densamente povoadas, mataram dezenas de milhares de pessoas e mutilaram outros milhares.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Nossos pacientes têm ferimentos catastróficos, amputações, membros esmagados e queimaduras graves. Eles precisam de atendimento especializado. Precisam de reabilitação longa e intensiva.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Médicos não podem tratar estes ferimentos em um campo de batalha ou nas cinzas de hospitais destruídos.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Não há leitos, medicamentos e suprimentos suficientes.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Cirurgiões não tiveram escolha a não ser realizar amputações sem anestesia em crianças.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Nossos cirurgiões estão ficando até sem gaze para impedir que seus pacientes sangrem. Eles usam uma vez, espremem o sangue, lavam, esterilizam e reutilizam para o próximo paciente.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>A crise humanitária em Gaza deixou grávidas sem cuidados médicos por meses. Mulheres em trabalho de parto não podem aceder a salas de parto. Estão dando à luz em barracas de plástico ou edifícios públicos.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Equipes médicas agregaram um novo acrônimo ao seu vocabulário: WCNSF — sigla em inglês para criança ferida sem familiar sobrevivente.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>As crianças que sobreviverem a esta guerra não vão carregar apenas os ferimentos visíveis das lesões traumáticas, mas também os invisíveis—aqueles causados pelos reiterados deslocamentos, medo constante e por testemunhar membros da família serem literalmente despedaçados diante de seus olhos. Essas feridas psicológicas têm levado crianças tão pequenas como de 5 anos nos dizer que preferiam estar mortas.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Os riscos para o pessoal médico são enormes. Todos os dias, temos feito a escolha de prosseguir com o nosso trabalho diante do perigo cada vez maior.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Estamos apavorados. Nossas equipes estão mais do que exaustas.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Senhora Presidente, isso tem de parar.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Nós, junto com o resto do mundo, temos acompanhado de perto o modo como este Conselho e seus membros têm abordado o conflito em Gaza.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Reunião após reunião, resolução após resolução, este órgão não conseguiu endereçar de maneira efetiva este conflito. Vimos membros deste Conselho deliberarem e agirem com atraso enquanto civis morrem.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Estamos perplexos com a disposição dos Estados Unidos de usar seus poderes como membro permanente do Conselho para obstruir os esforços para a adoção da mais evidente das resoluções: uma pedindo um cessar-fogo imediato e sustentado.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Por três vezes este Conselho teve a oportunidade de votar por um cessar-fogo que é tão desesperadamente necessário, e por três vezes os Estados Unidos usaram seu poder de veto, mais recentemente na última terça-feira.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Uma nova proposta de resolução feita pelos Estados Unidos pede de maneira ostensiva por um cessar-fogo. Apesar disso, ela é no mínimo falaciosa.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Este Conselho deveria rejeitar qualquer resolução que obstrua ainda mais os esforços humanitários no terreno e leve este Conselho a endossar de maneira tácita a violência contínua e as atrocidades em massa em Gaza.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>A população de Gaza precisa de um cessar-fogo não quando seja “viável” mas agora. Eles precisam de um cessar-fogo sustentado, não “um período temporário de calma”. Qualquer coisa que fique aquém disso é negligência grosseira.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>A proteção de civis em Gaza não pode estar condicionada a resoluções deste Conselho que instrumentalizem o humanitarismo para ocultar objetivos políticos.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>A proteção de civis, de infraestrutura civil, de trabalhadores da saúde e de instalações de saúde recai, antes de mais nada, sobre as partes envolvidas no conflito.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Mas é também uma responsabilidade coletiva, uma responsabilidade que recai sobre este Conselho e seus membros individuais, como aderentes à Convenção de Genebra.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>As consequências de deixar que o Direito Humanitário Internacional torne-se letra morta repercutirão muito além de Gaza. Isto será um fardo duradouro em nossa consciência coletiva. Não se trata apenas de inação política, tornou-se cumplicidade política.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Há dois dias, uma equipe de MSF e suas famílias foram atacados e pessoas morreram em um lugar onde havia sido dito a elas que estaria protegido.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Hoje, nosso pessoal está de volta ao trabalho, arriscando mais uma vez a vida pelos pacientes.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>O que vocês estão dispostos a arriscar?</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Nós exigimos as proteções prometidas sob o Direito Humanitário Internacional.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Exigimos um cessar-fogo de ambas as partes.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Exigimos que haja espaço para transformar a ilusão da assistência em assistência realmente significativa.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>O que vocês farão para que isso seja possível?</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Muito obrigado, Senhora Presidente.</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>XXX---XXX</b></span></p><p style="text-align: left;"><span style="color: red; font-family: courier; font-size: large;"><b><i>Palavra do Ornitorrinco Ateu: Ah, dirão os nazi-sionistas que estão a praticar - há quase 80 anos - genocídio contra o povo palestino, ah, dirão, isso é antissemitismo.</i></b></span></p>PAULO R. CEQUINELhttp://www.blogger.com/profile/06060183071961062324noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6574847180554831928.post-33151406875767510582024-02-20T16:23:00.002-03:002024-02-20T16:23:26.290-03:00Nove judeus sobreviventes do Holocausto comparam políticas de Netanyahu às dos nazistas<p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Publicado por <a href="https://www.diariodocentrodomundo.com.br/nove-judeus-sobreviventes-do-holocausto-comparam-politicas-de-netanyahu-as-dos-nazistas/">Diário do Centro do Mundo</a></b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Atualizado em 20 de fevereiro de 2024, 11:45 h</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Um dos aspectos mais preocupantes da definição de antissemitismo da Aliança Internacional para a Memória do Holocausto é a sua sugestão de que “fazer comparações entre a política israelense contemporânea e a dos nazistas” é necessariamente antissemita. Por vezes, tais comparações podem ser grosseiras e equivocadas. Mas em muitos casos, mesmo quando contestamos a conclusão, parece absurdo atribuí-la ao antissemitismo.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Aqui publicamos relatos de nove sobreviventes do Holocausto que se opõem às políticas israelenses históricas e recentes, em alguns casos ligando-as às dos nazistas. Num caso, o autor – novamente, um sobrevivente do Holocausto (Rudolf Vrba) – compara as principais políticas do movimento sionista durante a guerra às dos nazistas.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>1. “Algum tempo depois [de 1956], ouvi uma notícia sobre israelenses conduzindo palestinos para assentamentos. Eu simplesmente não conseguia acreditar nisso. Os israelenses também não eram judeus? Não tínhamos nós – eles – acabado de sobreviver ao maior pogrom da nossa história? Não foram os campos [de concentração] – muitas vezes chamados eufemisticamente de ‘campos de colonização’ pelos nazistas – a principal característica deste pogrom? Como poderiam os judeus, em qualquer medida, fazer aos outros o que lhes foi feito? Como poderiam estes judeus israelenses oprimir e aprisionar outras pessoas? Na minha imaginação, os judeus em Israel eram socialistas e pessoas que distinguiam o certo do errado. Isto estava claramente incorreto. Eu me senti decepcionada, como se estivesse sendo roubada de uma parte do que eu pensava ser minha herança.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Devo dizer ao governo israelense, que afirma falar em nome de todos os judeus, que não fala por mim. Não ficarei calada face à tentativa de aniquilação dos palestinianos; a venda de armas a regimes repressivos em todo o mundo; a tentativa de abafar as críticas a Israel nos meios de comunicação de todo o mundo; ou o torcer a lógica para obter concessões econômicas dos países ocidentais. É claro que a posição geopolítica de Israel tem uma influência maior neste momento. Não permitirei que a confusão dos termos ‘antissemita’ e ‘antissionista’ permaneça incólume.” (</b></span><b style="font-family: courier; font-size: x-large;"><i>Marika Sherwood, ‘Como me tornei uma judia anti-Israel’, Monitor do Oriente Médio, 03/07/18. Historiadora húngara, é sobrevivente do gueto de Budapeste)</i></b></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>2. “Israel, para sobreviver, tem de renunciar ao desejo de dominação e então será um lugar muito melhor também para os judeus. A analogia imediata que muitas pessoas estão a fazer em Israel é a Alemanha. Não só a Alemanha de Hitler e dos nazistas, mas o Império alemão, cujo intuito era dominar a Europa. O que aconteceu no Japão depois do ataque à China é que eles queriam dominar uma enorme área da Ásia. Quando a Alemanha e o Japão renunciaram ao desejo de dominação, tornaram-se sociedades muito mais agradáveis para os próprios japoneses e alemães. Gostaria de ver Israel, ao renunciar ao desejo de dominação, incluindo a dominação dos palestinos, tornar-se um lugar muito mais agradável para os israelenses viverem.” (</b></span><b style="font-family: courier; font-size: x-large;"><i>Dr. Israel Shahak, Middle East Policy Journal, verão de 1989. Shahak foi um sobrevivente do gueto de Varsóvia e do campo de concentração de Bergen-Belsen)</i></b></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>3. “Sinto-me magoado com os paralelos que observo entre as minhas experiências na Alemanha antes de 1939 e as sofridas pelos palestinos hoje. Não posso deixar de ouvir ecos do mito nazista de ‘sangue e solo’ na retórica do fundamentalismo dos colonos que reivindica um direito sagrado a todas as terras da Judeia e da Samaria bíblicas. As diversas formas de punição coletiva impostas ao povo palestino – guetização forçada atrás de um “muro de segurança”; a demolição de casas e a destruição de campos; o bombardeio de escolas, mesquitas e edifícios governamentais; um bloqueio económico que priva as pessoas de água, alimentos, medicamentos, educação e das necessidades básicas para uma sobrevivência digna – obrigam-me a recordar as privações e humilhações que experimentei na minha juventude. Este processo de opressão que já dura um século significa um sofrimento inimaginável para os palestinos.” (</b></span><b style="font-family: courier; font-size: x-large;"><i>Hajo Meyer, ‘Uma Tradição Ética Traída’, Huffington Post, 27/01/10. É sobrevivente de Auschwitz)</i></b></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>4. “Como um jovem judeu que cresceu em Budapeste, uma criança sobrevivente do genocídio nazista, fui durante anos assombrado por uma questão que ressoava no meu cérebro com tanta força que por vezes a minha cabeça girava: ‘Como foi possível? Como o mundo pôde ter permitido que tais horrores acontecessem?’</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Era uma pergunta de uma criança ingênua. Eu sei mais agora: essa é a realidade. Seja no Vietnã, em Ruanda ou na Síria, a humanidade mantém-se ali, quer de forma cúmplice, quer inconscientemente, quer impotente, como sempre faz. Hoje em Gaza encontramos formas de justificar o bombardeio de hospitais, o aniquilamento de famílias no jantar, o assassinato de adolescentes jogando bola na praia…</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Não há como compreender Gaza fora do contexto – foguetes do Hamas ou ataques terroristas injustificáveis contra civis – e esse contexto é a mais longa operação de limpeza étnica em curso nos séculos recentes e atuais, a tentativa em curso de destruir a nacionalidade palestina.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Os palestinos usam túneis? O mesmo fizeram meus heróis, os combatentes mal armados do Gueto de Varsóvia. Ao contrário de Israel, os palestinos não têm helicópteros Apache, drones guiados, caças a jato com bombas, artilharia guiada por laser. Num desafio impotente, disparam foguetes ineptos, causando terror a israelenses inocentes, mas raramente causando danos físicos. Com um desequilíbrio de poder tão grosseiro, não há equivalência de culpabilidade…</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>E o que devemos fazer, nós, pessoas comuns? Oro para que possamos ouvir nossos corações. O meu coração diz que ‘nunca mais’ não é um slogan tribal, que o assassinato dos meus avós em Auschwitz não justifica a contínua expropriação dos palestinos, que a justiça, a verdade e a paz não são prerrogativas tribais. Que o direito de Israel se defender, não valida os assassinatos em massa.” (</b></span><b style="font-family: courier; font-size: x-large;"><i>Gabor Mate, ‘O belo sonho de Israel tornou-se um pesadelo’, Toronto Star, 22/07/14. Mate é um sobrevivente do gueto de Budapeste)</i></b></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>5. “A esquerda já não é capaz de superar o ultranacionalismo tóxico que cresceu aqui [em Israel], o tipo cuja tendência europeia quase eliminou a maioria do povo judeu. As entrevistas que Ravit Hecht, do Haaretz, manteve com [os políticos israelenses de direita] Smotrich e Zohar (3 de dezembro de 2016 e 28 de outubro de 2017) deveriam ser amplamente divulgadas em todos os meios de comunicação em Israel e em todo o mundo judaico. Em ambos, vemos não apenas um crescente fascismo israelense, mas também um racismo semelhante ao nazismo nas suas fases iniciais.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Como toda ideologia, a teoria racial nazista desenvolveu-se ao longo dos anos. No início, apenas privou os judeus dos seus direitos civis e humanos. É possível que sem a Segunda Guerra Mundial o ‘problema judaico’ só tivesse terminado com a expulsão ‘voluntária’ dos judeus das terras do Reich. Afinal, a maior parte dos judeus da Áustria e da Alemanha conseguiram sair a tempo. É possível que este seja o futuro que os palestinos enfrentam.” (</b></span><b style="font-family: courier; font-size: x-large;"><i>Zeev Sternhell, ‘Opinion in Israel, Growing Fascism and a Racism Akin to Early Nazism’, Haaretz, 19/01/18. Sternhell é um sobrevivente do gueto de Przemysl, na Polônia)</i></b></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>6. “O movimento sionista da Europa desempenhou um papel muito importante no extermínio em massa de judeus. Na verdade, acredito que sem a cooperação dos sionistas teria sido uma tarefa muito mais difícil. [Os sionistas] disseram que não somos checos ou não somos alemães, não somos franceses, somos judeus e devemos, como judeus, voltar ao nosso país, a Israel ou à Palestina e fundar o nosso estado…</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Depois vieram as Leis de Nuremberg, emitidas por um estado dito civilizado [a Alemanha nazista], que dizia que os judeus não pertencem à Europa, mas sim à Palestina. Assim, num ponto, o nazismo e o sionismo tinham algo em comum: ambos pregavam que os judeus não pertencem à Europa, mas à Palestina.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Naturalmente, os alemães disseram aos sionistas: ‘Vejam, os judeus podem não confiar em nós, mas confiarão em vocês’, ‘porque os judeus viram que vocês sempre lhes disseram a verdade: que vocês pertencem à Palestina, que vocês são um elemento estranho aqui”. Assim os conselhos judaicos foram escolhidos entre os sionistas bem-reconhecidos na sociedade: grandes advogados, grandes empresários e grandes economistas…</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Os alemães e o governo fascista de cada país prometeram-lhes que seriam protegidos de qualquer discriminação porque eles eram necessários para a administração dos assuntos judaicos. Tínhamos aqui uma camarilha sionista reforçada pelo dinheiro de empresários judeus que estariam preparados para acompanhar a discriminação contra as massas da população judaica que não eram ricas nem sionistas.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Portanto, não confiei nos sionistas, pois os considerava fascistas e desde o início os achava criaturas desprezíveis que negociavam com os nazistas e tiravam proveito disso para serem isentos da discriminação praticada contra os outros judeus. Eu não confiava nem nos nazistas e nem nos sionistas, pois ambos tinham algo em comum – me tiraram de casa e deixaram minha família indefesa.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Os jovens, o núcleo da resistência, têm sempre entre 16 e 30 anos. Todo soldado sabe que eles são os melhores para lutar. Fiquei espantado com o fato de os sionistas, que fingiam ser os protetores dos judeus, deixarem os jovens serem levados para os campos de concentração. Eles poderiam proteger suas famílias nas cidades.” (</b></span><b style="font-family: courier; font-size: x-large;"><i>Rudolph Vrba, ‘Entrevista de história oral com Rudolf Vrba’, Série de TV World at War, 1972. Rudolf Vrba foi um sobrevivente de Majdanek e Auschwitz. Ele escapou de Auschwitz em 1944 para alertar os judeus da Hungria sobre o extermínio nazista. Tragicamente, alguns líderes sionistas tinham outras ideias.)</i></b></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>6B. “Eu sou judeu. Apesar disso – na verdade, por causa disso – acuso certos líderes judeus de um dos feitos mais horríveis da guerra. Este grupo de traidores sabia o que acontecia nas câmaras de gás de Hitler e comprou sua salvação com o silêncio. Um deles era o Dr. [Rudolf] Kastner, líder do conselho que falava em nome dos judeus na Hungria.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Enquanto eu era o prisioneiro número 44070 em Auschwitz – o número ainda está no meu braço – compilei as estatísticas dos extermínios. Levei essas estatísticas comigo quando fugi em 1944 e pude avisar com três semanas de antecedência aos líderes sionistas húngaros que Eichmann planejava enviar um milhão de judeus para as câmaras de gás. (…) Kastner foi até Eichmann e disse-lhe: ‘Conheço seus planos; poupe alguns judeus de minha escolha e ficarei quieto.’</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Eichmann não apenas concordou, mas vestiu Kastner com uniforme da SS e o levou a Belsen para localizar alguns de seus amigos. Essa sórdida negociação não acabou aí. Kastner pagou a Eichmann vários milhares de dólares. Com esta pequena fortuna, Eichmann conseguiu fugir para a Argentina.” (</b></span><b style="font-family: courier; font-size: x-large;"><i>Rudolf Vrba, Daily Herald, fevereiro de 1961 (citado em Ben Hecht, Perfidy, 1962, p. 231)</i></b></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>6C. “Porque é que o Dr Kastner traiu o seu povo quando poderia ter salvado muitos deles, dando-lhes uma oportunidade de lutar, uma oportunidade de promover a segunda ‘[revolta] de Varsóvia’, tão temida por Eichmann? Será, portanto, que o sentimento derrotista do Dr Kastner foi reforçado pela memória das palavras usadas por Chaim Weizmann, primeiro presidente de Israel, quando discursou numa convenção sionista em Londres em 1937?</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Disse Weizmann: “Eu falei à Real Comissão Britânica que as esperanças dos seis milhões de judeus da Europa estavam centradas na emigração. Perguntaram-me: ‘Você pode trazer seis milhões de judeus para a Palestina?’ Eu respondi: ‘Não.’ Eles são a reserva econômica e moral da Europa e só uma parte sobreviverá.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>‘Só uma parcela sobreviverá’. Será que Kastner, tal como Hitler, acreditava numa raça superior, uma nação judaica criada da elite, para a elite e por membros da elite? Assim ele interpretou o sombrio discurso de Weizmann? Se sim, quem selecionou o pó para formar o monte de poeira moral e econômica a rumar para a terra prometida? [Minha família] presumivelmente, formou a poeira que seria varrida para os fornos pelos nazistas que usaram líderes judeus como vassouras…” (</b></span><b style="font-family: courier; font-size: x-large;"><i>Dr. Rudolf Vrba, Eu escapei de Auschwitz, 2002)</i></b></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>7. “[Durante a guerra] nunca passou pela nossa cabeça que os sionistas estavam deliberadamente passivos em relação à destruição física dos judeus, como uma justificativa extra para a fundação do Estado de Israel… Mas hoje, historiadores reconhecidos falam em voz alta sobre a forma como alguns dos sionistas exploraram politicamente o Holocausto! … [O primeiro-ministro] Ben Gurion acreditava que quanto pior for para os judeus na Europa, melhor para Israel. Ben Gurion lavou as mãos em relação à diáspora. Numa conferência do partido Mapai, em dezembro de 1942, ele disse que a tragédia dos judeus europeus não lhes ‘preocupava diretamente’. Estas foram as palavras de um líder que estava disposto a sacrificar as vidas de milhões de judeus pela ideia de um Estado judeu. Não estou dizendo que ele poderia ter salvado milhares de pessoas, mas poderia ter lutado por essas milhares de pessoas e ele não fez isso. Não sei se isso foi deliberado.” (</b></span><b style="font-family: courier; font-size: x-large;"><i>Dr. Marek Edelman, 2016. Edelman foi um sobrevivente e comandante da revolta do Gueto de Varsóvia)</i></b></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>8. Fascista é uma definição que posso usar [para o primeiro-ministro israelense Menachem Begin]. Acho que nem mesmo Begin negaria isso. Ele foi aluno de Jabotinsky, expoente da ala mais à direita do sionismo, que se autodenominava fascista e foi um dos interlocutores de Mussolini. Sim, Begin foi seu pupilo. Essa é a história de Begin… [O Holocausto] é a defesa favorita de Begin. Não permito que ele use o Holocausto para se defender.” (</b></span><b style="font-family: courier; font-size: x-large;"><i>Primo Levi, A Voz da Memória: Entrevistas de Primo Levi, 1961-1987, pp. Levi foi um sobrevivente de Auschwitz)</i></b></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>9. “Como sobrevivente do Holocausto, eu não posso conviver com o fato de Israel estar aprisionando um povo inteiro atrás de cercas. É algo simplesmente imoral. O que aconteceu comigo no Holocausto me assombra todas as noites e espero que não façamos a mesma coisa com nossos vizinhos. … [Comparo] o que passei durante o Holocausto com o que as crianças palestinas sitiadas estão passando.” <i>(</i></b></span><b style="font-family: courier; font-size: x-large;"><i>Reuben Moscovitz, Haaretz, 28/09/10. Moscovitz é sobrevivente do Holocausto na Romênia)</i></b></p>PAULO R. CEQUINELhttp://www.blogger.com/profile/06060183071961062324noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6574847180554831928.post-37114472758258536522024-02-20T14:03:00.000-03:002024-02-20T14:06:32.596-03:00As palavras apodrecem<p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: medium;"><b>Por Luiz Eduardo Soares</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: medium;"><b>Publicado por <a href="https://www.diariodocentrodomundo.com.br/as-palavras-apodrecem-por-luiz-eduardo-soares/">Diário do Centro do Mundo</a></b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: medium;"><b>Atualizado em 20 de fevereiro de 2024 às 11:50</b></span></p><p style="text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEioc8hXUxep3rnVqFLbjgTZTPE6P0NFbmnfA8he-RCVHTtAQYeaeH9-qq2saV-vWdeQvVgCuRCYnfrfgy3Wftwz-wJgUu-1xC4-QMCwDWPNhlz8ADj77y_eRnQn0G8GcCYnE4JbeLWFQrwMTOmzQnV06WnjJ-g0ZezAxDF0v7jT-DsQkIJ3cQ0LkV2RQgez" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="506" data-original-width="900" height="228" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEioc8hXUxep3rnVqFLbjgTZTPE6P0NFbmnfA8he-RCVHTtAQYeaeH9-qq2saV-vWdeQvVgCuRCYnfrfgy3Wftwz-wJgUu-1xC4-QMCwDWPNhlz8ADj77y_eRnQn0G8GcCYnE4JbeLWFQrwMTOmzQnV06WnjJ-g0ZezAxDF0v7jT-DsQkIJ3cQ0LkV2RQgez=w560-h228" width="560" /></a></div><br /><b><span style="text-align: left;"><span style="font-family: courier; font-size: medium;"><i>Palestino tenta socorrer criança ferida após novo bombardeio de Israel em Gaza - </i></span></span><i style="font-family: courier; font-size: large; text-align: left;">Foto: Yasser Qudih</i></b><p></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>O mais dilacerante sofrimento humano não é nomeável, descritível, muito menos mensurável. Transborda os limites da linguagem e de qualquer medida.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Sua natureza é a incomensurabilidade. Por isso, quando provocado, este sofrimento, por ações alheias evitáveis, não pode ser justificado, não cabe em nenhuma sequência moralmente motivada de atos.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Milhares de crianças mutiladas, membros amputados sem anestesia, espíritos destroçados, seus mundos familiares arruinados, seu espaço devastado, as coisas que as cercam estilhaçadas e calcinadas.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Essas palavras estão vazias, evocam, mas não substituem os corpos empilhados em Gaza, apodrecendo em Gaza: as palavras também apodrecem.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Nenhum sofrimento extremo é comparável a nenhum outro, porque não pode ser partido em unidades, pesado, delimitado, contabilizado, apreendido fora de si mesmo, dado a outrem como um dom, devolvido por seu preço em moeda comum, a moeda que se troca entre mãos hábeis.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>O sofrimento excruciante da criança em agonia é um só, um oceano e um deserto, sem começo nem fim: a história interminável do avesso do que gostaríamos de chamar humano.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>A criança em pânico, agonizando em Gaza, é a mesma criança em pânico agonizando no campo de concentração nazista. As duas agonias não são comparáveis porque são uma só e a mesma agonia.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Nenhum de nós, nenhuma testemunha tem medida para distinguir, hierarquizar e comparar. Nenhum de nós tem o direito de sugerir que sabe o que é isso de que falamos para velar.</b></span></p><p style="text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgnQW8RS73dv6NL0NkDCLj63emtYRYzHh4toElxCkLa72NGawLUxqcZYNguwKQh6JOrF329Xia8eT_-ypcPn6s-eUokffgonoyH0GRvS3zT24raN8zz9Bfng6rGqxOalZMSozSD5yQtoncVp2uS2uQLk3WIgwMy7_vsrpcccNtFEZ7MPfci8Ss2fYvgLZo4" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="674" data-original-width="1220" height="248" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgnQW8RS73dv6NL0NkDCLj63emtYRYzHh4toElxCkLa72NGawLUxqcZYNguwKQh6JOrF329Xia8eT_-ypcPn6s-eUokffgonoyH0GRvS3zT24raN8zz9Bfng6rGqxOalZMSozSD5yQtoncVp2uS2uQLk3WIgwMy7_vsrpcccNtFEZ7MPfci8Ss2fYvgLZo4=w558-h248" width="558" /></a></div><br /><b><span style="text-align: left;"><span style="font-family: courier; font-size: medium;"><i>Crianças repousam sobre escombros após ataque israelense no norte da Faixa de Gaza - </i></span></span><i style="font-family: courier; font-size: large; text-align: left;">Foto: Mohammed Salem</i></b><p></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Mas temos o dever de nos postar como guardiões da inexpugnabilidade do sofrimento extremo, de sua incomparabilidade, de sua incomensurabilidade, de sua irredutibilidade à linguagem e a toda forma de neutralização.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>E temos também o dever de nomear os carniceiros. Os agentes das carnificinas, o governo de Israel e os nazistas, cometeram crimes contra a humanidade e têm de responder perante a história. Seus crimes não são comparáveis. São um só.</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>XXX---XXX</b></span></p><p style="text-align: left;"><span style="color: red; font-family: courier; font-size: large;"><b><i>O Ornitorrinco Ateu - que nunca foi antissemita, seus canalhas! - ao manifestar, de um lado, apoio irrestrito ao Presidente Lula, de outra banda declara mais uma vez que Israel, estado nazi-sionista que há 80 anos massacra o povo palestino é, sim e claramente, um estado genocida. </i></b></span></p>PAULO R. CEQUINELhttp://www.blogger.com/profile/06060183071961062324noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6574847180554831928.post-44983025635839813782024-01-18T09:36:00.001-03:002024-01-18T09:36:48.729-03:00Dallagnol: na Seleção ou na Papuda?<p></p><div style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"> <b>Copiei <a href="https://pbs.twimg.com/media/GEEJgw4XMAAoY25?format=jpg&name=900x900">daqui</a></b></span></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhO818zNmcq2OKb-KK6tLr7bG-maJhS5M9K7Yoyd4OuNVX4jWDJxgdaFQuouSL4tWtETjEZNbjbvDf145CfRZ6qE22nceW4MKDeD95oZdu2MlXn6hGhCY1DkcjDIfiWqtbmhJb-V3LFG2tSuh593BrfaCz3HRvq-lPClR9nLR2GiTaOpAv9KAApYtYu6wNN" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="720" data-original-width="720" height="374" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhO818zNmcq2OKb-KK6tLr7bG-maJhS5M9K7Yoyd4OuNVX4jWDJxgdaFQuouSL4tWtETjEZNbjbvDf145CfRZ6qE22nceW4MKDeD95oZdu2MlXn6hGhCY1DkcjDIfiWqtbmhJb-V3LFG2tSuh593BrfaCz3HRvq-lPClR9nLR2GiTaOpAv9KAApYtYu6wNN=w430-h374" width="430" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Já meu primo bocudo e escatológico, Jaulo Goberto Requinel, do qual mantenho desde sempre prudente distanciamento, considera que este jaguara deveria é estar na Papuda.</b></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><p></p>PAULO R. CEQUINELhttp://www.blogger.com/profile/06060183071961062324noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6574847180554831928.post-63395521409403261892023-12-28T20:53:00.003-03:002023-12-28T20:55:37.346-03:00Poema esquisito, por assim dizer, para Assucena<div style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: x-large;"><b>Se você acha assim</b></span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: x-large;"><b>Cachaça ou gin</b></span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: x-large;"><b>Pode ser sim se você pensa</b></span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: x-large;"><b>Pode ser não se você não sabe</b></span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: x-large;"><b>Pode ser tudo se você quiser</b></span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: x-large;"><b>Pode ser assucena</b></span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: x-large;"><b><br /></b></span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: x-large;"><b>FORÇA ESTRANHA - ASSUCENA</b></span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/gYesCGS8xaw" width="474" youtube-src-id="gYesCGS8xaw"></iframe></div></span></div><div><br /></div>PAULO R. CEQUINELhttp://www.blogger.com/profile/06060183071961062324noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6574847180554831928.post-31852252930337190402023-12-27T07:24:00.000-03:002023-12-27T07:26:51.448-03:00 Dicionário sionista, por Jeferson Miola<p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Copiei do indispensável <a href="https://www.diariodocentrodomundo.com.br/dicionario-sionista-por-jeferson-miola/">DCM</a></b></span></p><p style="text-align: center;"><b style="font-family: courier;">Publicado por Jeferson Miola</b></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier;"><b>Atualizado em 26 de dezembro de 2023 às 22:13</b></span></p><p><br /></p><p style="text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgIDnjhnrXg_kQwAL5lcday6qk0h4Sd9hUCiQGoOrsTmwj9kb-l1huyZvbYiTykfrVXjDnrEP3Owb_HjaoyvED0sHpqSjICn32QvF8X7HdDuGpOV3kWws1kQafWID3408H9Vh8IgKh1bznszASuSEXGPpvzlbk337zyEz29e1qO1gmxlRDUzmTEZsjFX4b3" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="300" data-original-width="656" height="217" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgIDnjhnrXg_kQwAL5lcday6qk0h4Sd9hUCiQGoOrsTmwj9kb-l1huyZvbYiTykfrVXjDnrEP3Owb_HjaoyvED0sHpqSjICn32QvF8X7HdDuGpOV3kWws1kQafWID3408H9Vh8IgKh1bznszASuSEXGPpvzlbk337zyEz29e1qO1gmxlRDUzmTEZsjFX4b3=w491-h217" width="491" /></a></div><br /><div style="text-align: center;"><i><span style="font-family: courier; font-size: medium;"><b>Charge: Latuff</b></span></i></div><p></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b><i>Governo de Israel</i>: cruel regime colonial e de Apartheid</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b><i>Forças de Defesa de Israel [FDI]</i>: Exército de terror, devastação e extermínio de crianças, mulheres, idosos e demais palestinos indefesos</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b><i>Guerra até o fim</i>: limpeza étnica e genocídio ao estilo “solução final” de Adolfo Hitler</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b><i>Defesa do Estado de Israel</i>: invasão de territórios palestinos com colonos sionistas armados que promovem violências e brutalidades contra palestinos, destroem suas casas, roubam suas terras e instalam colônias fascistas-militares</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b><i>Guerra contra o Hamas</i>: genocídio de manual, segundo definição de ex-diretor do Comissariado de Direitos Humanos da ONU</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b><i>Operação direcionada</i>: invasão de hospital com tanques, armamentos pesados, soldados e destruição de escolas, hospitais, infra-estrutura, mesquitas, igrejas, edifícios e residências na Faixa de Gaza</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b><i>Aprender as lições necessárias</i>: praticar assassinatos recreativos, inclusive de reféns israelenses</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b><i>Esforço “supremo” para resgatar reféns</i>: pretexto para assassinar crianças, mulheres, pessoas idosas, jornalistas, funcionários da ONU, médicos, socorristas</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b><br /></b></span></p><p style="text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEj3rN-PobY6LjMqf0KI91aQzF6KRjN7lu_0-DBBzQUYAqINHojbbHYeB70Xi1DBOI2fUEWXV_wsrauw2kHszePaRRPQv-dY17sEZW6qmkiyQRVThWhizKMdH-2k7TrjkoQKjE9Z6nmDJAkp7tYlrKpGtnvZok6UbSQi3Y3UBRiqxMR60LnILJx80xjlG8pt" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="234" data-original-width="377" height="267" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEj3rN-PobY6LjMqf0KI91aQzF6KRjN7lu_0-DBBzQUYAqINHojbbHYeB70Xi1DBOI2fUEWXV_wsrauw2kHszePaRRPQv-dY17sEZW6qmkiyQRVThWhizKMdH-2k7TrjkoQKjE9Z6nmDJAkp7tYlrKpGtnvZok6UbSQi3Y3UBRiqxMR60LnILJx80xjlG8pt=w490-h267" width="490" /></a></div><br /><div style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: medium;"><i><b>Charge: Latuff</b></i></span></div><p></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b><i>Ordem de deslocamento</i>: armadilha para forçar 1,5 milhão de pessoas se confinarem no sul de Gaza para serem bombardeadas e assassinadas pelas FDI</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b><i>Corredor humanitário</i>: brete exclusivo por onde palestinos transitam como alvos fáceis de assassinato pelas FDI</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b><i>Zona de combate ativa</i>: território palestino invadido, ocupado e devastado</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b><i>Alerta de bombardeio</i>: sinal tardio de lançamento de bombas e foguetes em campos de refugiados e assentamentos</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b><i>Porta-voz</i>: disseminador de mentiras e manipulador da realidade ao estilo Joseph Goebels</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b><i>Direito de veto na ONU</i>: defesa do direito supostamente divino do regime sionista de Apartheid executar o genocídio do povo palestino e roubar seu território</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>---xxx---</b></span></p><p style="text-align: left;"><span style="color: red; font-family: courier; font-size: large;"><b>O Ornitorrinco Palestino - que jamais foi anti semita, seus merdas! - declara, de um lado, seu apoio incondicional à luta do povo palestino e, de outra banda, proclama que o genocídio em curso, há décadas, pelo estado nazi-sionista de Israel precisa ser imediatamente impedido.</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="color: red; font-family: courier; font-size: large;"><b>VIVA O POVO PALESTINO!</b></span></p>PAULO R. CEQUINELhttp://www.blogger.com/profile/06060183071961062324noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6574847180554831928.post-24749209588476174812023-11-05T19:56:00.013-03:002023-11-16T10:25:09.458-03:00Poema das unhas feias<span style="font-family: courier; font-size: x-large;"><b>Eu tenho unhas feias.<br /><br />Imperfeitas,</b></span><div><span style="font-family: courier; font-size: x-large;"><b><br /></b></span></div><div><span style="font-family: courier; font-size: x-large;"><span><b>Minhas unhas s</b></span><b>ão limpas,</b></span><div><span style="font-family: courier; font-size: x-large;"><b><br /></b></span></div><div><span style="font-family: courier; font-size: x-large;"><b>Mas muito feias.</b></span></div></div>PAULO R. CEQUINELhttp://www.blogger.com/profile/06060183071961062324noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6574847180554831928.post-60000810823910188762023-10-24T18:55:00.000-03:002023-10-24T18:55:21.919-03:00Ter coragem para evitar o pior: Somente a devolução dos territórios palestinos trará compromisso com a paz<p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Copiei do indispensável <a href="https://www.viomundo.com.br/politica/clemesha-chaui-paulani-calil-pinheiro-e-safatle-ter-coragem-para-evitar-o-pior.html">BRASIL 247</a></b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>24/10/2023 - 18:26 </b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: medium;"><b>Por Arlene Clemesha, Marilena Chauí, Leda Paulani, Carlos Augusto Calil, Paulo Sérgio Pinheiro e Vladimir Safatle*, na Folha de S. Paulo</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Enquanto assistimos horrorizados à intolerável perda de milhares de vidas e ao enorme sofrimento do povo palestino, vemos com grande preocupação o assédio e a tentativa de silenciamento das opiniões divergentes que fazem parte do debate público.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Associar a defesa da causa palestina — o direito inalienável deste povo de viver em seu próprio território, respeitando todas as resoluções da ONU — ao antissemitismo e apoio ao terrorismo é operação sumamente desonesta e afronta aos direitos humanos.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Não é aceitável, sob nenhum argumento, a existência de um povo apátrida, vivendo segregado e em condições de um apartheid.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Menos aceitável é a ausência de indignação internacional e de pressão institucional contra o governo israelense para que respeite a norma internacional, cumprindo as exigências da ONU sem subterfúgios.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Qualquer análise honesta de como chegamos a esse ponto de violência extremada deve começar lembrando que os palestinos que optaram por uma saída diplomática para o conflito com Israel foram traídos.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>A narrativa que não parta das razões do fracasso histórico dos acordos de Oslo e da total inação da comunidade internacional é falsa e enviesada. A falta de respeito a acordos internacionais de paz sempre produziu as piores consequências.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>A tolerância da comunidade internacional com o desrespeito por Israel dos compromissos assumidos permitiu que ali se consolidasse um regime de apartheid contra os palestinos com o intuito de manter a dominação de um único grupo étnico e nacional.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Não obstante 20% da população de Israel ser formada por palestinos, em 2018 foi aprovada a Lei Básica do Estado-Nação, afirmando que “o direito ao exercício da autodeterminação nacional no Estado de Israel é exclusivo ao povo judeu”.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Consolidava-se, assim, um sistema de segregação e desigualdade institucionalizada por leis e políticas em toda a Palestina histórica.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Neste momento, é incontornável enfrentar corajosamente o problema que afeta o mundo inteiro: a paz no Oriente Médio depende do fim da ocupação ilegal dos territórios palestinos e do apartheid.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>A circulação de discursos sobre a “enorme complexidade” da situação é falaciosa e tem como objetivo ocultar a continuidade da limpeza étnica do povo palestino.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>A única resposta à tal dissimulação da realidade é a exigência de que finalmente os direitos inalienáveis do povo palestino sejam respeitados por Israel com a devolução dos territórios da Cisjordânia, de Jerusalém Oriental, da Faixa de Gaza e das colinas de Golã.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>O sistema de segregação e discriminação contra o povo palestino, na sua própria terra, precisa dar lugar a um regime de respeito universal a todos que ali vivem.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Somente o compromisso com a paz real, com soluções duradouras ancoradas no direito internacional e com o respeito à liberdade de expressão, pode produzir a consciência mundial capaz de eliminar as supremas injustiças a que os palestinos continuam submetidos.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Caso contrário, como disse José Saramago, Prêmio Nobel de Literatura: “Um dia se fará a história do sofrimento do povo palestino e ela será um monumento à indignidade e covardia dos povos”.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b><i>Arlene Clemesha, professora de história árabe (USP)</i></b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b><i>Marilena Chauí, professora emérita de filosofia (FFLCH-USP)</i></b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b><i>Leda Paulani, professora titular da Faculdade de Economia e Administração da USP</i></b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b><i>Carlos Augusto Calil, professor da Escola de Comunicação e Artes da USP</i></b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b><i>Paulo Sérgio Pinheiro, professor de ciência política (FFLCH-USP) e ex-ministro de Direitos Humanos (governo FHC)</i></b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b><i>Vladimir Safatle, professor de filosofia (FFLCH-USP)</i></b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b><i>* Os autores escrevem em nome de um grupo maior de docentes da Universidade de São Paulo</i></b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>---xxx---</b></span></p><p style="text-align: left;"><span style="color: red; font-family: courier; font-size: large;"><b>O Ornitorrinco Palestino reafirma seu apoio à luta heróica do povo palestino que, desde 1948, sofre o sistemático genocídio praticado pelo estado nazi-sionista de Israel.<br />By the way, seus merdas, não sou e nunca fui antisemita. </b></span></p>PAULO R. CEQUINELhttp://www.blogger.com/profile/06060183071961062324noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6574847180554831928.post-8058472933203658792023-10-22T09:47:00.012-03:002023-10-22T09:51:15.750-03:00Ser judeu no Brasil<p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Copiei do indispensável <a href="https://aterraeredonda.com.br/ser-judeu-no-brasil/?fbclid=IwAR1MCsj_MQRdo6PUrbzkazMc8SvQ0J-DdiqJJQl_mbGc9wHvjsHb-iOfXPQ_aem_ASrOAt-hL-CaipaFlxCHg3rwWX695d24HtJCMO18jYHiSsE6s0IlaFXvQ_z38Vowo_s">A TERRA É REDONDA</a></b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>19/10/2023</b></span></p><p style="text-align: center;"><b style="font-family: courier; font-size: x-large; text-align: left;">Por PETER PÁL PELBART*</b></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b><i>As elites brancas desse país têm a maior dificuldade em reconhecer a “branquitude” sobre a qual repousam seus privilégios. O mesmo vale para os judeus</i></b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Sou judeu, húngaro, amante da filosofia, dos loucos, dos indígenas, simpatizante doas zapatistas, das feministas, dos movimentos sociais e suas ocupações, dos dissidentes de toda ordem, e ferrenhamente antifascista. Por sorte não vivo na Hungria nem em Israel, embora já tenha obtido – e renunciado – ao passaporte de ambos, países cuja escalada xenófoba e fundamentalista (cristã ou judaica) é para mim motivo de madrugadas de perturbação e insônia – assim como a recente virada política no Brasil é motivo de cotidiano alívio e regozijo.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Nada me parece mais abjeto do que o fascismo, em suas formas diversas, históricas ou atuais. No passado, dele foram vítimas judias e judeus, ciganas e ciganos, homossexuais, esquerdistas, loucas e loucos, artistas, cientistas, intelectuais, desviantes. Pensávamos, nós do campo da esquerda, que era um capítulo já sepultado de nossa história, e qual não foi nossa surpresa ao vê-lo reaparecer sob novas formas em pleno século XXI.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Houve um tempo em que ser judia ou judeu era, em parte, uma condição existencial minoritária. Ao lado das perseguições, pipocavam os sonhos revolucionários. Diante da violência seletiva, a salvação do mundo. Pertencer à comunidade significava ir além da comunidade, abarcar o mundo. Algum messianismo transparecia em utopias nada religiosas. Mesmo quando não era este o caso, uma imensa generosidade ética caracterizava essa constelação: Espinosa, Marx, Freud, Rosa Luxemburgo, Kafka, Benjamin, Hannah Arendt, Paul Celan, Gertrude Stein, Lévi-Strauss, e mais recentemente Judith Butler e tantos outros.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>É célebre a imagem do judeu errante. A conotação dessa figura é majoritariamente negativa. Para o antissemita, o judeu errante é o eterno estrangeiro, infiltrado, parasita, traidor, cujo objetivo é corromper a cultura e degenerar a raça. Sempre é suspeito de um complô, ora como agente do comunismo internacional, ora maquinando os destinos do mundo, já que é parte da plutocracia financeira.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Onipresente e insidioso, o judeu representa o perigo maior para a civilização ocidental, desde os Protocolos dos Sábios de Sião até Mein Kampf. No polo oposto está a imagem do judeu como um nômade, que não carece de uma terra, já que faz do deslocamento incessante sua própria morada. Por definição, ele vive nas margens do Império, no deserto, na dispersão, no exílio, exposto a todos os ventos e acontecimentos. Alheio ao Estado e seus poderes, é um trânsfuga, subverte os códigos, embaralha as pertinências, traça uma linha transversal ou de fuga. Daí a ideia de um “pensamento nômade”, como o designou Giles Deleuze, que transpõe fronteiras, que faz do movimento seu território existencial – Nietzsche ou Kafka seriam disso exemplos expressivos.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Nesse último sentido, uma definição possível de judeu seria: aquele capaz de devir-outra-coisa-que-não-judeu. Não é Zelig, de Woody Allen, que apenas imita. Nem o judeu não-judeu, de Isaac Deutscher, com sua vida dupla. Trata-se de algo mais sutil: certa potência de metamorfose, de reinvenção de si na vizinhança com a alteridade. No estupendo Nossa Música, de Jean-Luc Godard, uma jornalista israelense entrevista o poeta palestino Darwish, que, privado de sua terra, fez das palavras a sua pátria. E ela comenta: “você começa a soar como judeu!” O devir-judeu do palestino, o devir-palestino do judeu.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Mas voltemos ao Brasil. Sabemos que nossa história foi marcada pela presença judaica desde o seu início, com os cristãos novos e todo o jogo de esconde-esconde frente às perseguições da Inquisição. Curiosamente, a primeira sinagoga das Américas foi construída no Recife durante a ocupação holandesa (1630-1654), por iniciativa dos judeus sefaraditas de origem portuguesa refugiados nos Países Baixos. Quem fuçar um pouco acaba encontrando um tataravô descendente de algum criptojudeu.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Mas é no século XX que se forma uma grande comunidade judaica, com as levas maciças de imigrantes do Leste europeu fugidos dos pogroms primeiro, do nazismo depois. No geral encontraram aqui acolhida favorável. Afora o alinhamento passageiro do Estado Novo com os países do Eixo, e a consequente subordinação relativa a alguns ditames discriminatórios, como a restrição temporária à imigração judaica e a infame deportação de Olga Benário, não se tem registro de um antissemitismo sistemático por parte do Estado ou da população em geral – salvo aquele cultivado pelo integralismo – diferentemente do caso argentino.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>O fato é que a comunidade judaica gozou no Brasil, em geral, de oportunidades econômicas, sociais, acadêmicas, culturais extraordinárias – além da absoluta liberdade de culto, associativa, comunitária. Um judeu não pode se queixar de um país que lhe franqueou tanto. Mas a história prega peças. Tome-se o exemplo do bairro do Bom Retiro, em São Paulo. Já foi o centro da vida judaica brasileira, ou ao menos paulista: sinagogas, centros culturais, entidades assistenciais, comércio ambulante, centralidade da confecção, filhos na universidade, escolas com visão aberta (Scholem Aleichem), movimentos juvenis ligados a correntes diversas de pensamento, ora mais comunistas, ora mais sionistas, ora mais tradicionais. Além disso, era ativo o Teatro de Arte Israelita Brasileiro (Taib), a imprensa em ídish, o Instituto Cultural Israelita Brasileiro (Icib – atual Casa do Povo), sem falar da Ezra, da Ofidas, da Policlínica, da Cooperativa de Crédito do Bom Retiro, da Chevra Kadisha, e das entidades em outros bairros, como o Lar dos Velhos, a Federação Israelita, a Confederação Israelita do Brasil.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Com a ascensão social de seus membros, a maioria da comunidade se deslocou para Higienópolis, Jardins ou arredores. A nova geração, majoritariamente composta de profissionais liberais, médicos, engenheiros, professores, psicólogos, jornalistas, editores, ou pessoas ligadas aos ramos do comércio ou das finanças, quando não empresários ou banqueiros, deixou de viver a vida de shteitl que ainda vigorava no Bom Retiro. Ainda assim, foram preservadas as redes de apoio, como o Lar das Crianças, fundado pelos judeus alemães, ou a Unibes, desde muito dedicada à assistência a pessoas em estado de vulnerabilidade, ou os clubes (Hebraica, Macabi).</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>No entanto, afora alguns núcleos mais religiosos, com suas sinagogas por vezes escandalosamente ostensivas e protegidas por muralhas fortificadas ou rodeadas de seguranças, no geral os laços comunitários tenderam a se afrouxar. Em contrapartida se fortaleceu a identificação com o Estado judeu. Entende-se tal atitude vinda dos sobreviventes da Shoá espalhados pelo mundo no imediato pós-guerra, que ansiavam por uma referência protetora.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Mas com o paulatino aburguesamento da comunidade podemos arriscar a hipótese de que o Estado de Israel – e não mais uma terra prometida de paz e justiça – acabou ganhando prevalência na vida judaica. Em vez do horizonte espiritual, a adaptação à concretude geopolítica. Ora, como desde 1977, com a eleição de Menachem Beguin, a política israelense sofreu uma guinada direitista, a diáspora não poderia ficar indiferente a tal inflexão.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Quão longe estamos hoje do perfil que desenhávamos sobre o judeu errante ou nômade. A fundação do Estado de Israel como o Lar nacional dos judeus, ao lhes oferecer um território, também os reterritorializou subjetivamente. O israelense devia ser duro, forte, vencedor, e se descolar ao máximo da imagem do judeu diaspórico, frágil, vulnerável, apátrida. Não faltaram intelectuais israelenses para colocar em questão tal imagem arrogante: os escritores Amós Oz e David Grossman, a poeta Léa Goldberg, o cineasta Amós Gitai, o filósofo e biólogo religioso Yeshayau Leibovics (que, ao se referir à ocupação da Cisjordânia, cunhou a expressão intolerável para um israelense: o nazi-sionismo!), o ativista e jornalista Uri Avenry – são alguns de uma lista imensa.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Não obstante, a Guerra dos Seis Dias, a conquista de territórios palestinos, os mecanismos cada vez mais perversos na gestão da população submetida, a crescente veneração do Estado, a supremacia do Exército, a miragem de uma Terra Santa, e do direito bíblico do “povo eleito” a ela, assim como o alinhamento incondicional com os Estados Unidos desembocaram no que vemos hoje – a mais sinistra aliança entre a extrema direita nacionalista e colonialista e o fundamentalismo religioso.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>O pior, se arriscássemos uma reflexão mais ampla, é que o Estado de Israel reivindica o direito exclusivo de representar o judaísmo mundial e herdar o seu legado. Dita-lhe, assim, a forma nacional e a coloração política. É um sequestro da multiplicidade que antes compunha a memória histórica da diáspora.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Sabe-se que um importante conselheiro de marketing político americano, Arthur Finkelstein, convidado por Bibi Nethanyau para auxiliar em uma campanha especialmente difícil, após o assassinato de Rabin, teve uma leitura aguda do cenário israelense e uma sugestão diabólica. Seu diagnóstico era que a direita se identificava mais como “judia”, a esquerda mais como “israelense”. Para infletir a direção política do país era preciso contaminar o ambiente com um discurso “judaico” – estranho paradoxo para uma nação que quis desfazer-se de sua imagem diaspórica.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Foi o que aconteceu. Dispensável lembrar que este mesmo consultor, também judeu, foi quem sugeriu ao primeiro ministro Victor Orbán fazer do megainvestidor milionário judeu e húngaro, residente no Reino Unido, George Soros, fundador da Open Society, o inimigo público número um do país, ampliando a força da direita húngara e sua dimensão antissemita!</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Não é pequeno o preço que um país paga por 55 anos de dominação sobre milhões de palestinos. Falamos dos israelenses mortos em combate para perpetuar a ocupação, mas sobretudo da insensibilidade que acompanha a inversão histórica de lugares. O atual governo que se considera herdeiro das vítimas do nazismo não enxerga a que ponto exerce, hoje, o papel de carrasco.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Uma blindagem sensorial no discurso e na prática, na mídia e na gestão da população, fez com que a violência micropolítica e macropolítica se naturalizassem. Estado de exceção, diz Giorgio Agamben, necropolítica, diz Mbembe. A ameaça iraniana, que é real, só encobre e reforça a denegação da ocupação dos territórios – tema tabu, sempre relegado a segundo plano, embora ocupe os noticiários diariamente. É a lei do mais forte redesenhando a geopolítica e suas prioridades.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>E qual o efeito disso entre os judeus brasileiros? Foi o que vimos: a aproximação de parte da comunidade com o candidato à presidência que jamais escondeu suas simpatias para com regimes autoritários. Seu governo ressuscitou o que parecia superado: laivos de suprematismo branco, desprezo pelas populações originárias ou precarizadas, propaganda inspirada em Goebbels, a valorização da força militar ou miliciana, o belicismo assumido, o ataque sistemático às instituições e à cultura, o genocídio.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Em suma, uma agenda de extrema direita alinhada com o que de mais regressivo se possa imaginar. Ademais, a adesão irrestrita da extrema direita brasileira à política israelense era visível: a bandeira de Israel passou a fazer parte da campanha bolsonarista, e apareceu até na invasão golpista dos palácios na Praça dos Três Poderes no dia 8 de janeiro de 2023! Ou seja, para muitos judeus não havia contradição alguma entre posturas fascistas ou protonazistas e o alinhamento incondicional a Israel. Tudo se encaixava.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>O bolsonarismo conseguiu a adesão de parte dos judeus brasileiros não apesar de sua faceta fascista, porém justamente devido a ela. Por conseguinte, é preciso se perguntar o que ocorreu com parte dessa comunidade, do ponto de vista ético ou político, que de minoria perseguida ou refugiada passou a ocupar um estamento de classe média alta e aderiu a ideologias totalitárias.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>O riso e aplausos que o humor racista de Jair Bolsonaro extraiu do público durante palestra na Hebraica do Rio de Janeiro, durante sua campanha presidencial de 2018, foi disso apenas um dos indícios. A participação de um Weintraub no Ministério da Educação foi outro – eis onde fomos parar: um iletrado que cita com orgulho o célebre escritor judeu de nome Kafta.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>É difícil não colocar na balança esses aspectos quando se questiona qual deve ou pode ser o grau de pertinência, de participação, de implicação de um judeu ou uma judia no contexto brasileiro. É óbvia a repugnância que provocou em muita gente a cumplicidade ativa de parte da comunidade com uma pauta que décadas antes fora, para os judeus europeus, a causa de sua desgraça. Que o alvo agora sejam negros ou indígenas, gays ou pobres, encarcerados e indefesos de toda sorte, apenas testemunha a profunda mudança de inclinação e sensibilidade de parte da comunidade judaica, dada sua recomposição de classe, sua identificação com as elites de um país tão desigual, com o consequente conformismo diante do racismo atávico (estrutural) do qual, aliás, também ela, como parte da parcela branca da população, se locupletou.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>As elites brancas desse país têm a maior dificuldade em reconhecer a “branquitude” sobre a qual repousam seus privilégios. O mesmo vale para os judeus, por mais que se escudem no histórico de perseguições de que foram vítimas. A falta de empatia com descendentes de tragédias horrendas como a dos afrodescendentes ou dos povos indígenas levanta perguntas cáusticas sobre a dialética da dominação, a identificação com o agressor, a denegação, a dificuldade na elaboração do trauma, a repetição histórica.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Ora, como mudar isto? Não há, a meu ver, solução rápida, assim como não o há para o fascismo. A luta é a mesma, o desafio é o mesmo. Ainda que iniciativas específicas pudessem ser levadas a cabo nos espaços da comunidade, cada vez mais escassos, não creio que tenham qualquer eficácia caso se mantenham desvinculadas do entorno mais amplo.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>A Casa do Povo, mencionada acima, é um bom exemplo nessa direção, com sua linha de atuação ao mesmo tempo local e global, singular e universal, histórica e atual. Abrigo de perseguidos durante a ditadura militar, hoje convivem lado a lado o coral ídiche, festejos judaicos, ensaios e apresentações de grupos artísticos guaranis, bolivianos, transexuais, discussões sobre Junho de 2013, ensaios da Cia Teatral Ueinzz. É nessa confluência entre diferentes mundos que se vislumbra alguma saída.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Uma outra via que me ocorre, nessa mesma toada, é a dos livros. Jacó Guinsburg nos ensinou o que pode uma editora em um país como o Brasil. Ao lado de Scholem, Buber, Agnon e os maiores nomes da literatura judaica mundial, o mais arrojado catálogo do pensamento universal, de Platão a Nietzsche, das obras completas de Espinosa a Hannah Arendt, sem falar nos ensaios clássicos e modernos de estética, de teatro, de semiótica – a lista é infinita. O que deve o Brasil a esse projeto editorial ainda está por ser escrito.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>A pequena editora que fundamos há dez anos atrás vem no rastro de um tal espírito. Títulos como Crítica da razão negra (Mbembe), Corpos que importam (Butler), Metafísicas canibais (Viveiros de Castro), Cosmopolítica dos animais (J. Fausto), Manifesto contrassexual (Preciado), O reino e o jardim (Agamben), O enigma da revolta (Foucault) são uma pequena amostragem dos vários mundos convocados pela n-1 edições. Esparsas, livro de memórias de família de Georges Didi-Huberman sobre o Levante do Gueto de Varsóvia, a ser lançado na semana de celebração da efeméride na Casa do Povo, faz a ponte mais diretamente com o universo judaico.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Mas é preciso dizer uma última palavra sobre expoentes da cultura de origem judaica que se entregaram de corpo e alma ao contexto brasileiro. Clarice Lispector, Paulo Rónai, Maurício Tragtemberg, Mira Schendel, Vladimir Herzog, Jorge Mautner, Boris Schnaiderman, também aqui a lista é imensa.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Contudo, eu ressaltaria uma das figuras mais tocantes do ponto de vista do encontro com a alteridade. Claudia Andujar nasceu na Suíça e passou a infância na Transilvânia, na época sob dominação húngara. Com a invasão nazista, toda sua família paterna foi deportada para Auschwitz. Já adulta, veio parar no Brasil, onde exerceu o ofício de fotógrafa e se interessou especialmente pelos Yanomami.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Toda sua obra artística, que é a vida, foi dedicada à defesa dessa etnia. Em 1977 fundou a Comissão Pró-Yanomami (CCPY). Aliada ao xamã Davi Kopenawa e ao missionário Carlo Zacquini, empreendeu campanha internacional de grande envergadura em favor da demarcação, cujo resultado foi a homologação, em 1992, da Terra Indígena Yanomami. Recentemente, em meio à revelação do genocídio naquela área, que coincidiu com uma grande exposição de suas obras em Nova York, Claudia reiterou em rede de comunicação nacional a conexão entre as duas pontas de sua vida: tendo perdido a família no Holocausto, abraçou a causa yanomami como sua, evitando que também eles fossem exterminados. Haveria exemplo mais digno de encontro e entrelaçamento de mundos diferentes? Não há algo de profundamente judaico nessa ética da aliança e da solidariedade?</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Talvez é o que mais nos falte, no Brasil, entre as ditas minorias – que seja feito o que no universo indígena é incumbência do xamã – a negociação entre mundos. Um xamã se oferece como um diplomata “cosmopolítico”, entre vivos e mortos, animais e humanos, passado e presente. Guardadas todas as proporções, na imensa diversidade que compõe este país, talvez o mais importante seja favorecer a coexistência entre a pluralidade de mundos, sem que nenhum deles pretenda à exclusividade – diferentemente do que tentou o governo anterior, com seu projeto de refundação do Brasil em bases evangélicas e suprematistas.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Uma coexistência não significa cada um fechado no seu gueto, cultivando sua identidade essencialista, num raso multiculturalismo. É preciso que tais mundos possam afetar-se uns aos outros, contagiarem-se, sensibilizarem-se mutuamente. Por vezes, disso até podem nascer novos povos e outros modos de povoar o planeta.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Mas como estar à altura de um tal desafio? Não poderíamos sonhar com uma “internacional cosmopolítica”? Será tal aspiração uma alternativa ao messianismo judaico eurocêntrico, outrora tão pregnante e frutífero, porém cada vez mais esmaecido e inoperante?</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b><br /></b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b><i>*Peter Pál Pelbart é professor titular de filosofia na PUC-SP. Autor, entre outros livros, de O avesso do niilismo: cartografias do esgotamento (N-1 Edições). [https://amzn.to/406v2tU]</i></b></span></p><p><b style="font-family: courier;"><i><span style="font-size: large;">Publicado originalmente nos Cadernos Conib, agosto de 2023. </span></i></b></p>PAULO R. CEQUINELhttp://www.blogger.com/profile/06060183071961062324noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6574847180554831928.post-23337236150155404152023-10-17T09:41:00.000-03:002023-10-17T09:42:47.943-03:00 Ângela Carrato: Genocídio midiático dos palestinos<p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Copiei do indispensável <a href="https://www.viomundo.com.br/politica/angela-carrato.html">VIOMUNDO</a></b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>16/10/2023 - 17:48 </b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Arte: Carlos Latuff (@LatuffCartoons)</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Por Ângela Carrato*</b></span></p><p style="text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiBLezHkZzA4AXbhhIajdvdasGemIGY5BkyRgL1FjLt6uUyTY8dOaJy11fm0Fuqvu_ErBjYjS-i8c8JeYQNeO3V5gp8jbtznJPROhN_1qerublMSiBBHZLLBZ76HqWjb0Grjjo3zB6P3-1dRVuu5fAoN-NBr74xJ_lJ4JLc0yyQrZpVIHyKMYPBfeA_H3MX" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="600" data-original-width="600" height="282" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiBLezHkZzA4AXbhhIajdvdasGemIGY5BkyRgL1FjLt6uUyTY8dOaJy11fm0Fuqvu_ErBjYjS-i8c8JeYQNeO3V5gp8jbtznJPROhN_1qerublMSiBBHZLLBZ76HqWjb0Grjjo3zB6P3-1dRVuu5fAoN-NBr74xJ_lJ4JLc0yyQrZpVIHyKMYPBfeA_H3MX=w463-h282" width="463" /></a></div><br /><div style="text-align: left;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Os palestinos enfrentam simultaneamente dois genocídios.</b></span></div><p></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>O primeiro teve início em 1948, quando a ONU criou o estado de Israel e deixou para depois o estado palestino. Um depois que, até agora, transcorridos 75 anos, não aconteceu.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>O segundo, tão terrível quanto privar um povo de espaço para viver, é tentar transformá-lo em “inimigo”, “sanguinário”, “terrorista” e “perigo para a humanidade”, como tem sido feito pela mídia corporativa internacional e brasileira desde então, com o clímax sendo alcançado na última semana, após os ataques do Hamas a Israel.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Há milênios, Sêneca, o filósofo grego, já dizia que “na guerra, a primeira vítima é a verdade”.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Não há, no século XX e nas primeiras décadas do atual século, nenhuma guerra que tenha começado sem ser antecedida por provocações e mentiras da mídia.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>No caso em questão, o certo teria sido a criação de dois estados – Israel e Palestina.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Os vitoriosos na Segunda Guerra Mundial, no entanto, se empenharam em resolver só o problema dos judeus que viviam em diáspora pelo mundo e milhões deles acabavam de ser barbaramente perseguidos e mortos pelos nazistas.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Ao criar o estado de Israel, para resolver o genocídio que a própria Europa havia deixado acontecer com os judeus, não foi levado em conta que os palestinos eram os históricos e verdadeiros donos da região.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Os judeus apenas miticamente tinham relação com aquele território.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>A ONU autorizou a criação de Israel e milhares de judeus em todo o mundo começaram a se mudar para lá. Desde então, os palestinos passaram a ser perseguidos e expulsos de sua própria terra.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>A situação a que foram relegados deixa evidente o racismo por trás das ações dos vitoriosos na Segunda Guerra Mundial, a começar pelo próprio nome com que a região era designada: Oriente Médio.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Geograficamente, não existe Oriente Médio. Trata-se de invenção de países imperialistas como a Inglaterra, para justificar suas antigas colônias na região.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>O território que se estende desde o Leste do mar Mediterrâneo até o Golfo Pérsico é uma sub-região da Afro-Eurásia, sobretudo da Ásia, e retirá-lo desta condição foi uma bem sucedida operação semântica para legitimar o neoimperialismo.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Dito de outra forma, o “Ocidente” não estaria interferindo no Oriente (África e Ásia), mas atuando numa região intermediária.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Some-se a isso que por serem árabes e, não ocidentais brancos, com o agravante, aos olhos imperialistas, de praticarem a religião islâmica, os palestinos poderiam ser alvo de todas as atrocidades. E foram.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Há décadas que sofrem privações básicas, mas nada tão grave quanto negar-lhes até a própria condição humana. Como disse há seis dias o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, “estamos combatendo contra animais”.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Um absurdo que foi naturalizado pela maior parte da mídia internacional e nacional.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Tudo isso vem sendo ignorado por esta mesma mídia ao tratar o grupo Hamas, que em tradução livre significa Movimento de Resistência Islâmica, como terrorista pelo atentado a Israel, no sábado (7/10), como se os conflitos tivessem começado ali.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Toda violência merece repúdio, mas não se pode negar a um povo o direito de lutar pela sua libertação.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Essa é a razão pela qual a ONU não considera o Hamas um grupo terrorista, ao contrário do que tem sido repetido à exaustão pela mídia brasileira e internacional. Mídia que tem coberto apenas um lado deste conflito, negando aos palestinos o direito básico de serem ouvidos e exporem suas razões.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>A voz que se ouve na mídia Ocidental quando o assunto diz respeito a Israel e palestinos é a de Israel, que tem como aliados, desde sempre, Inglaterra e Estados Unidos.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Foi assim na chamada 1ª Guerra Árabe-Israelense (1948), na crise do canal de Suez (1956), na Guerra dos Seis Dias (1967), na 1ª Intifada (rebelião popular palestina), em 1987, e na 2ª Intifada (2000), além das seguidas ofensivas entre Israel e Hamas em 2008, 2009, 2012, 2014, 2018, 2019 e 2021.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Em todos estes conflitos, Israel contou com o apoio político e bélico dos Estados Unidos.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Apoio político ao negar, através da condição de um dos cinco membros do Conselho de Segurança da ONU com direito a veto, conter a fúria de Israel ou envidar efetivos esforços para a criação do estado palestino.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Apoio bélico ao contribuir decisivamente para Israel ter um dos mais bem armados exércitos do mundo, além de um serviço de espionagem, o Mossad, mais eficiente do que a CIA ou o NSA, seus congêneres estadunidenses.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Diante da disparidade de condições reinantes entre Israel e palestinos, não há nem mesmo como falar em guerra.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Como 2,1 milhões de palestinos, que não dispõem sequer de exército, confinados por Israel na faixa de Gaza, meros 365 quilômetros quadrados (equivalente a um quarto do território da cidade de São Paulo) conseguiriam enfrentar um dos exércitos mais bem equipados do planeta?</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Israel priva-os de tudo. Entradas e saídas de pessoas na Faixa de Gaza são controladas, o mesmo podendo ser dito de alimentos, medicamentos e combustíveis, muito antes do atentado do Hamas.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Se as tensões entre Israel e palestinos não são de agora, existem fatos recentes que estão na raiz do aumento explosivo da violência na região.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>O principal deles é a crescente impopularidade do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>No poder, mesmo que de forma intermitente, há mais de 20 anos, ele, um extremista de direita que enfrenta uma série de processos por corrupção, conseguiu que fosse aprovado pelo Congresso projeto que limita os poderes da Suprema Corte de lá.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>A medida vinha provocando críticas dos mais diversos setores e intensas manifestações contra ele.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Possivelmente visando fortalecer-se e conter as críticas, Netanyahu estaria, segundo palestinos, preparando uma espécie de ofensiva final contra a Faixa de Gaza.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>É a velha tática de criar o perigo externo para conseguir coesão interna. O Hamas teria ficado sabendo e se antecipou.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Se essa versão é verdadeira, não há como afirmar. Mas não deixa de ser curioso observar que mesmo contando com o Mossad, Israel não tenha conseguido prever o ataque do Hamas.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Vale lembrar que na última semana veio à tona, por setores da própria mídia israelense, que o governo do Egito avisou ao israelense, com três dias de antecedência, sobre esses ataques.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Por que Israel não agiu? Essa é a pergunta que os israelenses não se cansam de fazer e explica por que quatro entre cinco deles reprovam o governo de Netanyahu.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>É importante destacar que essa reprovação não ocorre por critérios ideólogos ou humanitários, mas pelo fato de que o governo os decepcionou no quesito que mais prezam: a segurança.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Nada disso aparece na mídia Ocidental e, menos ainda, na brasileira.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Aqui, os fatos foram substituídos por achismos, desinformação, preconceitos da pior espécie e alinhamento automático aos interesses do sionismo internacional.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Emissoras de televisão como a Globo, Globo News e CNN Brasil se transformaram em propagadoras de fake news.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Um dos exemplos mais escandalosos foi a divulgação da mentirosa decapitação de 40 bebês israelenses pelo Hamas.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>A mentira foi divulgada inicialmente por um canal de TV de Israel, ligado a Netanyahu. Em instantes, passou a ser reproduzida pelas agências de notícias internacionais, sem qualquer verificação.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Aliado incondicional de Israel, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, chegou a mencionar este suposto episódio em pronunciamento, ao dizer que teria visto imagens de bebês mortos e carbonizados.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Como a própria imprensa de Israel se incumbiu de desmascarar a farsa, Biden voltou atrás, mas o estrago estava feito.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>A mentira alastrou-se pelo mundo e no Brasil chegou até comunidades mais distantes, turbinada por igrejas neopentecostais, cujos pastores bolsonaristas fazem de Israel, sem qualquer justificativa concreta, uma espécie de referência única de terra e povo abençoados.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Não por acaso, os primeiros brasileiros resgatados em Israel, por determinação do presidente Lula, eram fieis da Igreja Batista da Lagoinha, cuja sede se localiza em Belo Horizonte (MG). Isso que explica que nenhum deles tenha mencionado o nome de Lula em seus agradecimentos.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>A ligação dessas igrejas com o bolsonarismo vem de longe. Basta lembrar que as únicas bandeiras presentes nas manifestações antidemocráticas no país junto com a brasileira nos últimos quatro anos foram as dos Estados Unidos e de Israel.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>O Brasil foi o primeiro país a retirar com segurança e rapidez seus nacionais de Israel. A Inglaterra, que se arvora em pátria da liberdade, está cobrando uma fortuna pela passagem de quem quiser voltar para casa.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Também na mídia impressa – em especial em jornais como O Globo, Folha de S. Paulo e Estado de S. Paulo -, a versão que interessa a Israel tem sido a única divulgada.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Para tornar a situação mais grave, até supostos blogs progressistas entraram na linha de frente da condenação aos palestinos e na tentativa de censurar jornalistas e publicações que buscam esclarecer a opinião pública sobre o que realmente acontece e está em jogo.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>É o caso do jornalista Breno Altman, diretor do portal e da pós-TV Opera Mundi. Judeu, Altman é um profundo conhecedor da situação palestina e tem se dedicado, há anos, a mostrar os horrores que Israel vem infringindo ao povo palestino.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Em represália às suas análises, foi informado que o YouTube desmonetizou parte do seu canal na web.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>A atitude das big techs em relação aos canais que se colocam em posição contrária ao genocídio do povo palestino mereceu nota de repúdio da Associação Brasileira de Imprensa (ABI).</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Por meio da Comissão de Defesa da Liberdade de Imprensa e Direitos Humanos, a entidade declarou seu apoio a Altman, que “foi vítima de tentativa de censura por parte da plataforma You Tube, e, lamentavelmente, até mesmo por outro jornalista, por suas posições em defesa do povo palestino”.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>A declaração da ABI remete ao posicionamento do jornalista Samuel Pancher, do site Metrópoles, que defendeu que Altman fosse censurado também nas redes sociais.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Ao contrário de ter cessado, tais ameaças ampliaram-se no último fim de semana.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Circula no Whatsapp, por exemplo, lista contendo relação de jornalistas considerados inimigos de Israel e o próprio Altman passou a ser alvo de ataques, com sionistas defendendo que seus dentes sejam quebrados e seus dedos cortados.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>O próprio governo brasileiro vem sendo vítima de ataques por parte de sionistas locais e internacionais ao exigirem que condene o Hamas como terrorista.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Ataques que levaram o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, reiterar que, sobre esse assunto, acompanha a classificação da ONU, na qual o grupo de resistência palestino nunca figurou como terrorista.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Na última quinta-feira, integrantes da oposição na Câmara dos Deputados (bolsonaristas e ligados às igrejas neopentecostais) protocolaram pedido para que o governo adotasse o termo ao se referir à organização.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>A solicitação foi assinada por mais de 60 deputados, o que indica como o lobby pró-Israel está articulado no país.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>A pressão interna e externa sobre o governo brasileiro visa, também, inibir as suas ações no plano internacional, uma vez que o Brasil está, ao longo deste mês, no comando do Conselho de Segurança da ONU.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>A presidência é rotativa. Além dos cinco membros permanentes, existem os 10 itinerantes.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Até agora aconteceram duas reuniões solicitadas pelo Brasil, na segunda e sexta-feira passadas.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Em ambas, os Estados Unidos nada fizeram para impedir que Israel cumpra o que prometeu: um ataque jamais visto contra a Faixa de Gaza sem poupar civis, mulheres ou crianças.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>O apoio a Israel começou com o Tio Sam esvaziando ambas as reuniões, ao enviar representantes de terceiro escalão para eventos de tamanha importância. Representantes de terceiro escalão não deliberam.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Mesmo convalescendo de uma cirurgia, o presidente Lula passou os últimos dias mobilizando os meios diplomáticos para estas reuniões e defendendo que seja feito o debate sobre questões humanitárias na Faixa de Gaza e a criação de um corredor ligando a região ao Egito, para facilitar a saída de pessoas e a entrada de alimentos, água e remédios para os palestinos.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>A proposta de Lula agradou ao secretário-geral da ONU, Antônio Guterres. Mas, como sempre, desagradou aos Estados Unidos e ao lobby sionista, de olho numa solução final contra os palestinos.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>A canalhice da mídia corporativa brasileira é tamanha, que não foram poucos os jornalistas a minimizar os esforços do presidente Lula, com uns chegando a rotulá-los como “ineficazes” ou “desnecessários”.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>É importante destacar que nos últimos dias, apesar de proibições a manifestações pró-Palestina por governos europeus e nos Estados Unidos, milhares de manifestantes foram às ruas em Nova York, Londres, Berlim, Amsterdã, Oslo e Paris.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Também a Arábia Saudita, através de seu governo, deixou claro para autoridades diplomáticas dos Estados Unidos, que se a Faixa de Gaza por atacada, todo o mundo árabe se unirá aos palestinos.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Incansável, Lula, junto com diplomatas brasileiros, passou o fim de semana articulando para a nova reunião do Conselho de Segurança da ONU, que acontecerá na noite desta segunda-feira. Em pauta deve estar o cessar-fogo imediato.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Por prudência, o Brasil não irá propor, neste momento, a criação do estado palestino, como defendem a Rússia, a China e a grande maioria do chamado Sul Global, evitando assim o veto dos Estados Unidos.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Se a resolução for aprovada, Israel ficará obrigado a imediatamente cessar fogo, sob pena de incorrer em crime de guerra.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Vale observar ainda que Israel e Estados Unidos podem estar utilizando o ataque do Hamas para desviar o foco do fracasso do “Ocidente” na Guerra na Ucrânia.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Você observou como a Ucrânia e Zelensky sumiram da mídia?</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Esse desaparecimento pode ter relação com a impossibilidade de os Estados Unidos e a OTAN derrotarem a Rússia.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Para não admitirem a derrota, nada melhor do que outro conflito para tirar a Ucrânia do foco. O próprio Zelensky está cobrando dos aliados e da mídia este abandono.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Ao posicionar-se ao lado de Israel e disseminar todo tipo de preconceito contra os palestinos, a mídia também se transforma em arma letal.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Uma arma que está chancelando a eliminação física de 2,1 milhões de pessoas, ao jogar ao lado das potências imperialistas em suas ameaças à segurança e à paz mundial.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Ao esconder os fatos, manipulá-los e distorcê-los, a mídia brasileira, também se torna responsável pelo que está acontecendo e pelo que vier acontecer com o povo palestino.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>O genocídio também é midiático.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: medium;"><b><i>*Ângela Carrato é jornalista e professora do Departamento de Comunicação Social da UFMG. Integra o Conselho Deliberativo da ABI, bem como as Comissões de Ética dos Meios de Comunicação e Relações Internacionais desta instituição.</i></b></span></p>PAULO R. CEQUINELhttp://www.blogger.com/profile/06060183071961062324noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6574847180554831928.post-52622750595356513732023-10-13T09:53:00.000-03:002023-10-13T09:55:15.332-03:00Uma breve história dos 75 anos de sofrimento de Gaza<p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Copiei do indispensável <a href="https://www.brasil247.com/mundo/uma-breve-historia-dos-75-anos-de-sofrimento-de-gaza">BRASIL 247</a></b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: courier;"><b>Enclave cercado habitado por mais de 2 milhões de palestinos está sob intenso ataque </b></span><b style="font-family: courier;">de Israel</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>12 de outubro de 2023, 21:11 h</b></span></p><p style="text-align: center;"><br /><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEh-Jhh43nVgR26w8CQeARkcfMf2iOz-2Gwfvkduk4kGZnKS3eSH5Y6Hs8Q807GgV_jFV0sJIEAdwX0bPDych-kI-vV6KhoaVa6rqOMDT3VyjOxYtyRIOiV3ZDRGEWxcIzLNmBvAngZ5vUmDAYuO6YOsgUPAiYRx5sUwIZ3zpnpYQ5DxVITdT4RWxl-MqXf4" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="600" data-original-width="1250" height="189" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEh-Jhh43nVgR26w8CQeARkcfMf2iOz-2Gwfvkduk4kGZnKS3eSH5Y6Hs8Q807GgV_jFV0sJIEAdwX0bPDych-kI-vV6KhoaVa6rqOMDT3VyjOxYtyRIOiV3ZDRGEWxcIzLNmBvAngZ5vUmDAYuO6YOsgUPAiYRx5sUwIZ3zpnpYQ5DxVITdT4RWxl-MqXf4=w437-h189" width="437" /></a></div><p></p><p style="text-align: center;"> <span style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: medium;"><b>Palestinos (Foto: Reuters )</b></span></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>(Reuters) - Gaza é uma faixa costeira de terra situada em antigas rotas comerciais e marítimas ao longo da costa do Mediterrâneo. Mantida pelo Império Otomano até 1917, passou do domínio militar britânico para o egípcio e para o israelense ao longo do século passado e é agora um enclave cercado habitado por mais de 2 milhões de palestinos.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Aqui estão alguns dos principais marcos de sua história recente.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b><i>1948: Fim do domínio britânico</i></b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Quando o domínio colonial britânico chegou ao fim na Palestina no final da década de 1940, a violência intensificou-se entre judeus e árabes, culminando na guerra entre o recém-criado Estado de Israel e os seus vizinhos árabes em Maio de 1948.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Dezenas de milhares de palestinianos refugiaram-se em Gaza depois de fugirem ou de serem expulsos das suas casas. O exército invasor egípcio conquistou uma estreita faixa costeira de 40 km de comprimento, que ia do Sinai até o sul de Ashkelon. O afluxo de refugiados fez com que a população de Gaza triplicasse para cerca de 200.000.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b><i>Décadas de 1950 e 1960: regime militar egípcio</i></b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>O Egito manteve a Faixa de Gaza durante duas décadas sob um governador militar, permitindo aos palestinianos trabalhar e estudar no Egipto. “Fedayeen” palestinos armados, muitos deles refugiados, organizaram ataques contra Israel, provocando represálias.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>As Nações Unidas criaram uma agência para os refugiados, a UNRWA, que presta actualmente serviços a 1,6 milhões de refugiados palestinianos registados em Gaza, bem como a palestinianos na Jordânia, no Líbano, na Síria e na Cisjordânia.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b><i>1967: Guerra e ocupação militar israelense</i></b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Israel capturou a Faixa de Gaza na guerra de 1967 no Médio Oriente. Um censo israelense naquele ano estimou a população de Gaza em 394 mil, dos quais pelo menos 60% eram refugiados.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Com a saída dos Egípcios, muitos trabalhadores de Gaza conseguiram empregos nas indústrias agrícola, de construção e de serviços dentro de Israel, aos quais podiam ter acesso fácil naquela altura. As tropas israelenses permaneceram para administrar o território e proteger os assentamentos que Israel construiu nas décadas seguintes. Estas tornaram-se uma fonte de crescente ressentimento palestino.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b><i>1987: Primeira revolta palestina. Hamas formado</i></b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Vinte anos após a guerra de 1967, os palestinos lançaram a sua primeira intifada, ou revolta. Tudo começou em Dezembro de 1987, após um acidente de trânsito em que um camião israelita colidiu com um veículo que transportava trabalhadores palestinianos no campo de refugiados de Jabalya, em Gaza, matando quatro pessoas. Seguiram-se protestos com lançamento de pedras, greves e paralisações.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Aproveitando o clima de raiva, a Irmandade Muçulmana, sediada no Egipto, criou um ramo armado palestiniano, o Hamas, com base de poder em Gaza. O Hamas, dedicado à destruição de Israel e à restauração do domínio islâmico no que considerava como a Palestina ocupada, tornou-se um rival do partido secular Fatah de Yasser Arafat, que liderava a Organização para a Libertação da Palestina.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b><i>1993: Os Acordos de Oslo e a semiautonomia palestina</i></b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Israel e os palestinos assinaram um acordo de paz histórico em 1993 que levou à criação da Autoridade Palestina. Ao abrigo do acordo provisório, os palestinianos receberam inicialmente controlo limitado em Gaza e em Jericó, na Cisjordânia. Arafat regressou a Gaza depois de décadas no exílio.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>O processo de Oslo deu à recém-criada Autoridade Palestiniana alguma autonomia e previu a criação de um Estado após cinco anos. Mas isso nunca aconteceu. Israel acusou os palestinos de renegarem os acordos de segurança, e os palestinos ficaram irritados com a contínua construção de assentamentos israelenses.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>O Hamas e a Jihad Islâmica realizaram bombardeamentos para tentar inviabilizar o processo de paz, levando Israel a impor mais restrições à circulação de palestinianos para fora de Gaza. O Hamas também se apercebeu das crescentes críticas palestinianas à corrupção, ao nepotismo e à má gestão económica por parte do círculo íntimo de Arafat.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b><i>2000: Segunda Intifada Palestina</i></b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Em 2000, as relações israelo-palestinianas atingiram um novo nível com a eclosão da segunda intifada palestiniana. Inaugurou um período de atentados suicidas e ataques a tiros por parte de palestinos, e ataques aéreos israelenses, demolições, zonas proibidas e toques de recolher.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Uma vítima foi o Aeroporto Internacional de Gaza, um símbolo das esperanças palestinianas frustradas de independência económica e a única ligação directa dos palestinianos ao mundo exterior que não era controlada por Israel ou pelo Egipto. Inaugurado em 1998, Israel considerou-o uma ameaça à segurança e destruiu a antena do radar e a pista alguns meses após os ataques de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Outra vítima foi a indústria pesqueira de Gaza, uma fonte de rendimento para dezenas de milhares de pessoas. A zona de pesca de Gaza foi reduzida por Israel, uma restrição que disse ser necessária para impedir o contrabando de armas.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b><i>2005: Israel evacua os seus assentamentos em Gaza</i></b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Em Agosto de 2005, Israel evacuou todas as suas tropas e colonos de Gaza, que estava então completamente isolada do mundo exterior por Israel.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Os palestinos demoliram os edifícios abandonados e a infraestrutura para sucata. A remoção dos colonatos levou a uma maior liberdade de circulação dentro de Gaza, e uma “economia de túnel” cresceu à medida que grupos armados, contrabandistas e empresários rapidamente cavaram dezenas de túneis no Egipto.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Mas a retirada também removeu fábricas, estufas e oficinas dos colonatos que empregavam alguns habitantes de Gaza.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b><i>2006: Isolamento sob o Hamas</i></b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Em 2006, o Hamas obteve uma vitória surpreendente nas eleições parlamentares palestinianas e depois assumiu o controlo total de Gaza, derrubando forças leais ao sucessor de Arafat, o Presidente Mahmoud Abbas.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Grande parte da comunidade internacional cortou a ajuda aos palestinianos nas áreas controladas pelo Hamas porque consideravam o Hamas uma organização terrorista.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Israel impediu a entrada de dezenas de milhares de trabalhadores palestinos no país, cortando uma importante fonte de rendimento. Os ataques aéreos israelitas paralisaram a única central eléctrica de Gaza, causando apagões generalizados. Citando preocupações de segurança, Israel e Egipto também impuseram restrições mais rigorosas à circulação de pessoas e mercadorias através das passagens de Gaza.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Os ambiciosos planos do Hamas para reorientar a economia de Gaza para o leste, longe de Israel, fracassaram antes mesmo de começarem.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Vendo o Hamas como uma ameaça, o líder egípcio Abdel Fattah al-Sisi, apoiado pelos militares, que assumiu o poder em 2014, fechou a fronteira com Gaza e explodiu a maior parte dos túneis. Mais uma vez isolada, a economia de Gaza inverteu-se.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b><i>Ciclo de conflito</i></b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>A economia de Gaza tem sofrido repetidamente no ciclo de conflito, ataque e retaliação entre Israel e grupos militantes palestinianos.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Antes de 2023, alguns dos piores combates ocorreram em 2014, quando o Hamas e outros grupos lançaram foguetes contra cidades centrais de Israel. Israel realizou ataques aéreos e bombardeios de artilharia que devastaram bairros de Gaza. Mais de 2.100 palestinos foram mortos, a maioria civis. Israel estimou o número de mortos em 67 soldados e seis civis.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b><i>2023: Ataque surpresa</i></b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Enquanto Israel era levado a acreditar que estava a conter um Hamas cansado da guerra, ao fornecer incentivos económicos aos trabalhadores de Gaza, os combatentes do grupo eram treinados e treinados em segredo.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Em 7 de Outubro, homens armados do Hamas lançaram um ataque surpresa contra Israel, devastando cidades, matando centenas de pessoas e levando dezenas de reféns de volta para Gaza. Israel vingou-se , atacando Gaza com ataques aéreos e arrasando distritos inteiros, num dos piores derramamentos de sangue nos 75 anos de conflito.</b></span></p>PAULO R. CEQUINELhttp://www.blogger.com/profile/06060183071961062324noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6574847180554831928.post-76989180501272040132023-10-11T09:35:00.001-03:002023-10-11T09:41:52.641-03:00 Tariq Ali: Levante na Palestina<p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Copiei do indispensável <a href="https://www.brasil247.com/blog/levante-na-palestina">BRASIL 247</a></b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Os palestinos têm o direito de resistir à agressão ininterrupta a que estão sujeitos. Não há equivalência moral, política ou militar nos dois lados</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>9 de outubro de 2023, 15:39 h</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>(Publicado no site A Terra é Redonda)</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Em dezembro de 1987, uma nova intifada irrompeu na Palestina, abalando Israel e as elites do mundo árabe. Algumas semanas depois, o grande poeta sírio Nizar Qabbani escreveu “A trilogia das crianças das pedras”, em que denunciava a geração mais velha de líderes palestinos – hoje representada pela corrupta e colaboracionista (Não-) Autoridade Palestina. Ela foi cantada e recitada em muitos cafés palestinos:</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b><br /></b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: medium;"><b><i>As crianças das pedras</i></b></span></p><p style="text-align: center;"><b style="font-family: courier;"><i><span style="font-size: medium;">disseminaram nossos papéis</span></i></b></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: medium;"><b><i>verteram tinta em nossas roupas</i></b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: medium;"><b><i>zombaram da banalidade de textos antigos…</i></b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: medium;"><b><i>Ó crianças de Gaza</i></b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: medium;"><b><i>Não se importem com nossas transmissões</i></b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: medium;"><b><i>Não nos ouçam</i></b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: medium;"><b><i>Somos povo de frio cálculo</i></b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: medium;"><b><i>De adição, de subtração</i></b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: medium;"><b><i>Travem suas guerras e nos deixem em paz</i></b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: medium;"><b><i>Estamos mortos e sem túmulos</i></b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: medium;"><b><i>Órfãos sem olhos.</i></b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: medium;"><b><i>Crianças de Gaza</i></b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: medium;"><b><i>Não se refiram a nossos escritos</i></b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: medium;"><b><i>Não sejam como nós.</i></b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: medium;"><b><i>Somos seus ídolos</i></b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: medium;"><b><i>Não nos adorem.</i></b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: medium;"><b><i>Ó povo louco de Gaza,</i></b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: medium;"><b><i>Mil saudações aos loucos</i></b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: medium;"><b><i>A era da razão política já se foi há muito tempo</i></b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: medium;"><b><i>Então nos ensine a loucura…</i></b></span></p><p style="text-align: right;"><br /></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Desde então, o povo palestino tem tentado todos os métodos para conseguir alguma forma de autodeterminação significativa. “Renunciem à violência”, disseram-lhes. E foi o que fizeram, com exceção da retaliação singular após uma atrocidade israelense. Entre os palestinos do país e da diáspora, houve apoio em massa ao Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS): um movimento pacífico por excelência, que começou a ganhar força em todo o mundo entre artistas, acadêmicos, sindicatos e, eventualmente, governos.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Os EUA e sua família da OTAN reagiram tentando criminalizar o BDS na Europa e na América do Norte, alegando, com a ajuda de grupos de lobby sionistas, que boicotar Israel era “antissemita”. Isso se mostrou bastante eficaz. Na Grã-Bretanha, o Partido Trabalhista de Keir Starmer proibiu qualquer menção ao “apartheid israelense” em sua próxima conferência nacional. A esquerda trabalhista, com medo de ser banida, ficou em silêncio sobre essa questão. Uma situação lamentável.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Enquanto isso, a maioria dos Estados árabes se juntou à Turquia e ao Egito para capitular diante de Washington. A Arábia Saudita está atualmente em negociações, mediadas pela Casa Branca, para reconhecer oficialmente Israel. O isolamento internacional do povo palestino parece destinado a aumentar. A resistência pacífica não levou a lugar algum.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Durante todo esse tempo, as Forças de Defesa de Israel atacaram e mataram palestinos à vontade, enquanto sucessivos governos israelenses trabalharam para sabotar qualquer esperança de criação de um Estado. Recentemente, alguns generais da reserva das Forças de Defesa de Israel e agentes do Mossad admitiram que o que está sendo feito na Palestina equivale a “crimes de guerra”. Mas eles só tiveram coragem de dizer isso depois de já terem se aposentado.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Enquanto ainda serviam, eles apoiaram totalmente os colonos fascistas nos territórios ocupados, permanecendo parados enquanto queimavam casas, destruíam plantações de oliveiras, despejavam cimento em poços, atacavam palestinos e os expulsavam de suas casas enquanto cantavam “Morte aos árabes”. O mesmo aconteceu com os líderes ocidentais, que permitiram que tudo isso acontecesse sem qualquer murmúrio. A era da razão política já se foi há muito tempo, como diria Nizar Qabbani.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Então, um dia, a liderança eleita em Gaza começa a revidar. Eles saem de sua prisão a céu aberto e atravessam a fronteira sul de Israel, atacando alvos militares e populações de colonos. De repente, os palestinos estão no topo das manchetes internacionais. Os jornalistas ocidentais estão chocados e horrorizados com o fato de eles estarem realmente resistindo. Mas por que não deveriam? Eles sabem melhor do que ninguém que o governo de extrema-direita de Israel retaliará violentamente, apoiado pelos EUA e pela União Europeia de boca fechada.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Mas, mesmo assim, não estão dispostos a ficar sentados enquanto Benyamin Netanyahu e os criminosos de seu gabinete expulsam ou matam gradualmente a maioria de seu povo. Eles sabem que os elementos fascistas do Estado israelense não hesitariam em sancionar o assassinato em massa de árabes. E eles sabem que é preciso resistir a isso por todos os meios necessários. No início deste ano, os palestinos assistiram às manifestações em Tel Aviv e entenderam que aqueles que marchavam para “defender os direitos civis” não se importavam com os direitos de seus vizinhos ocupados. Eles decidiram resolver o problema com suas próprias mãos.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Os palestinos têm o direito de resistir à agressão ininterrupta a que estão sujeitos? Com certeza. Não há equivalência moral, política ou militar no que diz respeito aos dois lados. Israel é um estado nuclear, armado até os dentes pelos EUA. Sua existência não está ameaçada. São os palestinos, suas terras, suas vidas, que estão. A civilização ocidental parece estar disposta a ficar parada enquanto eles são exterminados. Eles, por outro lado, estão se levantando contra os colonizadores.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: medium;"><b><i>*Tariq Ali é jornalista, historiador e escritor. Autor, entre outros livros, de Confronto de fundamentalismos (Record). [https://amzn.to/3Q8qwYg</i></b></span></p>PAULO R. CEQUINELhttp://www.blogger.com/profile/06060183071961062324noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6574847180554831928.post-69462257825764832292023-10-09T09:51:00.000-03:002023-10-09T09:53:35.393-03:00Palestina: Apartheid sionista e o colonialismo de Israel são as causas da conflito<p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Copiei do indispensával <a href="https://www.brasil247.com/blog/palestina-apartheid-sionista-e-o-colonialismo-de-israel-sao-as-causas-da-conflito">BRASIL 247</a></b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b><br /></b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>A ação militar do Hamas é uma resposta aos assassinatos, desmandos e humilhações de homens, mulheres e crianças nos territórios ocupados por Israel</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Neste fim de semana Israel foi sacudido por uma ofensiva militar do Hamas, surpreendente e inédita, que lançou mais de 2000 mísseis, impactando fortemente na população israelense que habita nas margens próximas aos territórios palestinos.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>A operação batizada de "Tempestade Al-Aqsa" conduzida pelo Hamas demonstrou ampla capacidade de combate, levando o conflito para diversas cidades e aldeias ocupadas por colonos israelenses. Trata-se de um ataque que revelou as fragilidades do Exército e dos serviços de inteligência de Israel.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>A reação de israelense foi declarar “estado de guerra”, com um ataque bombardeando o densamente povoado território da Faixa de Gaza, região sob controle do Hamas.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>A ação militar do Hamas é uma resposta aos assassinatos, desmandos e humilhações de homens, mulheres e crianças nos territórios ocupados por Israel, com as incursões constantes do Exército israelense.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>A questão de fundo da atual escalada do conflito, é o desrespeito aos acordos estabelecidos sobre a criação de um estado nacional palestino soberano, com fronteiras definidas e viabilidade econômica. Vale lembrar que os Acordos de Oslo – que completaram 30 anos de sua assinatura no mês de setembro – não só foram violados, como Israel intensificou o processo de ocupação de territórios na Cisjordânia.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Até mesmo a fórmula política do estabelecimento de “dois Estados” – israelense e palestino – hoje é praticamente inviável. Nos últimos anos, os sucessivos governos israelenses abandonaram qualquer perspectiva de negociação com os palestinos sobre temas como o fim da criação de novos assentamentos, o respeito aos acordos acerca da questão das fronteiras de 1967 e da reivindicação histórica da capital do futuro Estado Palestino ser sediada em Jerusalém Oriental.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>As milhares de vítimas – mortas, feridas e mutiladas – são o resultado direto da política terrorista do governo de Bibi Netanyahu, apoiado política e militarmente pelo imperialismo norte-americano. É o terrorismo do estado sionista, o principal responsável pela escalada do conflito. Os palestinos são as vítimas e reagem com as armas do oprimido.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>É uma questão de princípio reconhecer o direito de rebelião ao povo palestino. Em artigo publicado, neste sábado(7), na New Left Review, o escritor e ativista político Tariq Ali escreveu: “Israel é um Estado nuclear, armado até aos dentes pelos EUA. A sua existência não está ameaçada. São os palestinos, as suas terras, as suas vidas que são. A civilização ocidental parece disposta a ficar de braços cruzados enquanto são exterminados. Eles, por outro lado, levantam-se contra os colonizadores”.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>A ação militar do Hamas recolocou na agenda mundial a “Questão Palestina”, o que demanda dos organismos internacionais e das articulações multilaterais dos países árabes uma solução política para deter a escalada de genocídio praticado pelos sionistas e medidas imediatas no sentido de garantir a existência do estado nacional palestino.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Israel conta novamente com os Estados Unidos e as decadentes potências europeias para continuar a criminosa ofensiva contra os direitos nacionais do povo palestino. O conflito é mais um embate em curso que desgasta a política dos Estados Unidos na região, e isola mais ainda o Estado de Israel.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Portanto, cabe também a esquerda partidária e social no Brasil a urgente tarefa de organizar um efetivo e potente movimento de solidariedade aos palestinos — contra a guerra de extermínio e o apartheid sionista.</b></span></p><p><i><span style="font-family: courier;"><b>Jornalista e escri</b></span><span style="font-family: courier;"><b>tor. Atua também na impre</b></span><b style="font-family: courier;">nsa </b><b style="font-family: courier;">sindical. Militante do Partido dos Trabalhadores (PT), em Curitiba. Autor dos livros ‘Brasil Sem Máscara – o governo Bolsonaro e a destruição do país’ (Kotter, 2022) e de ‘Lava Jato, uma conspiração contra o Brasil’ (Kotter, 2021).</b></i></p><p><br /></p>PAULO R. CEQUINELhttp://www.blogger.com/profile/06060183071961062324noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6574847180554831928.post-52087309084979086222023-10-02T09:03:00.001-03:002023-10-02T09:05:09.756-03:00PMs de SP cantam em treino que vão usar gás para fazer ‘vagabundo’ desmaiar. Por Leonardo Sakamoto<p style="text-align: center;"> <span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Publicado por <a href="https://www.diariodocentrodomundo.com.br/pms-de-sp-cantam-em-treino-que-vao-usar-gas-para-fazer-vagabundo-desmaiar-por-leonardo-sakamoto/">Diário do Centro do Mundo</a> </b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Atualizado em 1 de outubro de 2023 às 9:00</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b><i><span style="color: red;">“Para dispersar a multidão, eu vou jogar gás lacrimogênio. No vagabundo, eu vou jogar. E vai faltar oxigênio. E o vagabundo vai desmaiar”</span></i>, diz o vídeo. Não há registro de quando ele foi gravado.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Questionada pela coluna, a Polícia Militar informou, em nota, que foi instaurado um procedimento disciplinar para apurar os fatos. Mas que “o coro entoado no vídeo não faz parte das canções e/ou hinos da instituição”.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>As imagens vêm a público após o Ministério da Justiça e da Segurança Pública demitir três policiais rodoviários federais que causaram a morte de Genivaldo de Jesus Santos por asfixia em maio do ano passado.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Nesse caso de tortura, que gerou comoção internacional, um homem negro de 38 anos foi parado por estar sem capacete em uma moto na BR-101 em Umbaúba (SE). Foi trancado no porta-malas de uma viatura e obrigado a inalar gás lacrimogênio de uma bomba acionada pelos agentes.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Sediada no bairro de Pirituba, na capital paulista, a Escola Superior de Soldados se apresenta como a maior instituição de formação de policiais do país, ministrando um curso de dois anos de duração para os que passaram no concurso. Ao UOL, a PM-SP afirmou que “percebe-se nas palavras [da cantoria] um total equívoco técnico, quanto ao citado gás” e, “portanto, não guarda relação com treinamento ou qualificação policial militar”.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Em seu site, a escola diz que incute responsabilidade no futuro profissional, pois ele será muitas vezes “a única autoridade pública visível para amparar as pessoas em situação de maior vulnerabilidade, sendo seu dever servir e proteger as pessoas, respeitando e difundindo na sociedade a supremacia dos direitos humanos”.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Tortura contra um civil</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Na avaliação da diretora-executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Samira Bueno, o comportamento exposto no vídeo é grave e revelador de práticas organizacionais enraizadas numa corporação que historicamente usou e abusou da força.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>“Infelizmente, essas músicas, esses ritos de socialização, são muito comuns na polícia. Depois do caso Genivaldo, contudo, causa no mínimo espanto que ninguém pensou que isso seria uma péssima ideia. No limite, eles estão cantando algo que trata de tortura contra um civil”, afirma.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>No posicionamento enviado ao UOL, a PM afirmou que nas Escolas de Formação da Polícia Militar, “além da disciplina de direitos humanos fazer parte extensamente da grade curricular, valores como o respeito à dignidade humana, à vida e à integridade física são reforçados diariamente”.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Para Samira Bueno, o grande desafio da formação policial é ir além da grade curricular. “De que adianta esse policial ter tido aula de direitos humanos e discutido racismo se, quando chega no pátio, na atividade em grupo, reproduzem cânticos que falam em torturar um suspeito com gás lacrimogênio até que ele pare de respirar?”</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>(Originalmente publicado em UOL)</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>___XXX___</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b><br /></b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="color: red; font-family: courier; font-size: x-large;"><b>Como diria meu primo Jaulo Boberto Tequinel, jurista desocupado e bocudo, do qual mantenho prudente distanciamento, <i>"as PMs, meninos e meninas, JAMAIS cometem excessos. Ao contrário, são criteriosa e diligentemente treinadas e condicionadas para serem intrinsicamente violentas"</i>.</b></span></p>PAULO R. CEQUINELhttp://www.blogger.com/profile/06060183071961062324noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6574847180554831928.post-56398112994655895432023-09-26T17:13:00.006-03:002023-09-26T17:18:59.219-03:00O jumentismo e as quatro linhas, por João Augusto<p></p><div style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Copiei do indispensável <a href="https://jornalggn.com.br/cultura/regional/o-jumentismo-e-as-quatro-linhas-por-joao-augusto/">JORNAL GGN</a></b></span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b><br /></b></span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgICi4FDBZYKmuI7X5XCwbmu65O8vqjiurAth1mGqdy8-TKHMcSNUZcgnsOtEXBHJzwSgvFyOR4pubZ0B7pUncmZ-tAdtXC4t3WLXTT1U1v0NOV0-5itOpRGUsiaBcqnRbI1CAk7VhvI-yObTPt1u7V32VtP9wU3GCYPxscqThWqHcSJlDAAp5h9kBRCPTe" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="563" data-original-width="1000" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgICi4FDBZYKmuI7X5XCwbmu65O8vqjiurAth1mGqdy8-TKHMcSNUZcgnsOtEXBHJzwSgvFyOR4pubZ0B7pUncmZ-tAdtXC4t3WLXTT1U1v0NOV0-5itOpRGUsiaBcqnRbI1CAk7VhvI-yObTPt1u7V32VtP9wU3GCYPxscqThWqHcSJlDAAp5h9kBRCPTe" width="320" /></a></div><br /></b><b style="font-size: large; text-align: left;">Os animais falavam, lá no tempo de Dom Corno, e a custo traduzi, um pouco pelos contornos, um jumentês bem autêntico, gutural e sem adornos.</b></span></div><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: medium;"><b>jornalggn@gmail.com</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: medium;"><b>Publicado em 26 de setembro de 2023, 12:59</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: medium;"><b>O jumentismo e as quatro linhas</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: medium;"><b>por João Augusto</b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: medium;"><b>(Salvador, 24 de setembro de 2023)</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b><br /></b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>01</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Agora trago a vocês,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>um cordel mei diferente,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>do tempo em que os animais</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>falavam feito a gente,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>e alguns até chegavam</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>ao posto de presidente.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>02</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Por exemplo, entre os jumentos,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>há uma rígida hierarquia:</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>quanto mais alto é o urro</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>então, mais se evidencia</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>a posição do asinino,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>seja no mato, ou coxia.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>03</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Diz a Jumentologia,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>que eles marcam bem as horas,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>com uma precisão tamanha,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>e sem nunca dar um fora,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>que mesmo ante o Rolex,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>sua fama mais vigora.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>04</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Sei que os animais falavam,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>lá no tempo de Dom Corno,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>e a custo traduzi,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>um pouco pelos contornos,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>um jumentês bem autêntico,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>gutural e sem adornos.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>05</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Parece voz de comando,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>a entonação jumental,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>e sua fonética brilhante</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>é feito a de um general,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>quando dá Bom Dia à tropa,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>junto a um mourão de curral.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>06</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>O imperador Calígula</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>do grande Império Romano,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>valorizava os muares,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>e torturava os humanos,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>tanto que pôs Incitatus,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>pra ajudá-lo em seus planos.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>07</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>O cavalo Incitatus,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>senador prestigiado,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>em Roma, teve um mandato</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>que até hoje é imitado</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>por senador que, ao manjá-lo,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>o acharia desmarcado.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>08</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>O senador da SWAT</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>É dele que aqui lhes falo -,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>já sabia que em Roma</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>houve um senador cavalo,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>e que o imperador, convicto,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>vivia sempre a manjá-lo.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>09</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>No tocante a este momento</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>vivido pela Nação,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>muitos jumentos golpistas</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>tentaram avançar a mão,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>fazendo todo o possível</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>pra melar uma eleição.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>10</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>A eleição de presidente.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>em que o jumento perdeu,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>deu-se no ano passado,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>quando ele corrompeu</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>as finanças do país</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>mas, reeleger-se, não deu.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>11</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Mais de 200 bilhões</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>foi o gasto irregular,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>até aqui descoberto,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>pra ele tentar ganhar,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>só que o Nordeste, unido,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>o impediu de levar.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>12</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Terminada a eleição</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>ele fingiu-se de morto,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>pra articular, escondido,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>um plano bem tosco e torto,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>que era anular a eleição,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>ao provocar seu aborto.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>13</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>O jumentismo golpista</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>botou as Forças Armadas</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>pra fazer um jogo sujo</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>pro qual não são preparadas,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>e a história das quatro linhas,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>a isso é que está ligada.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>14</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>A expressão quatro linhas,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>refere-se ao campo usado</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>pra se jogar futebol:</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>quatro ângulos, quatro lados,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>tudo reto e, dentro delas,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>nada pode estar errado.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>15</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Na boca de um político,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>isto se estende à Justiça;</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>mas o que disse o jumento</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>em sua lógica movediça,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>era que o golpe tentado</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>tinha estrutura maciça.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>16</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Pra isso dizia estar</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>dentro das tais quatro linhas</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>mas, por ser ignorante,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>de postura comezinha,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>sabia-se ser fake news,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>como todas de sua linha.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>17</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Tic, tac, tic, tac,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>o Rolex vai batendo,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>e o Ajudante de Ordens,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>desordem vai promovendo:</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>sua delação premiada,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>muito já está prometendo.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>18</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Mas, também, as quatro linhas</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>podem ter outro conceito,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>a partir da delação</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>que Mauro Cid tem feito:</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>neste caso representam</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>um cruzamento perfeito.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>19</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>As grades lá da Papuda,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>(e da Colméia, também) ,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>têm perfeito cruzamento</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>de ferros que formam bem</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>retângulos intransponíveis,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>que lá os presos detêm.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>20</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>De modo que as quatro linhas</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>com que já pode sonhar,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>vão botar o Mito preso,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>de onde irá enxergar</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>o sol quadrado, que a Pátria,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>logo vai lhe ofertar.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>21</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Deus, Pátria, Família</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>e, por fim, a Liberdade</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>são as quatro linhas dele,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>que expõem sua falsidade,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>porque a todas desonra,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>esta é a grande verdade.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>22</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Não há qualquer requisito</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>em que ele se destaque,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>tudo que diz é ruim,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>tudo que faz é ataque,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>acha-se o centro do mundo,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>mas sempre dá piripaque.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>23</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Como diria minha mãe,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>ele é cheio de bramura:</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>tem aparência de macho,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>mas é covarde sem cura,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>que corre pro hospital,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>pra fugir, se a coisa é dura.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>24</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Não tem princípios, é certo</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Mas é firme nos seus fins,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>pois entrou na vida pública</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>só pra amealhar dindins,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>q que faz com as rachadinhas,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>e corrupções afins.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>25</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Quem peca é só o inimigo,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Deus adora o que ele faz</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>e, se ele abandoná-lo,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>se alia com satanás;</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>em sua filosopeia,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>as mentiras são normais.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>26</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Assim, conquista seu gado,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>que come qualquer capim,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>se um pastor de boa lábia</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>disser que o não é sim,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>e tem um padre Genésio,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>seu fiel até o fim.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>27</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Pra corromper o Centrão</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>não teve nenhum trabalho:</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>botou Ciro no governo,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>e a Lira deu cascalho,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>molhando a mão da imprensa,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>para não achincalhá-lo.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>28</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>A confusão que gerou</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>no curso da pandemia,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>provocou um holocausto</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>que punição não teria,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>só porque o Albert Einstein,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>era onde se trataria.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>29</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Agora está provado</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>que o Oito de Janeiro,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>foi inspirado no jegue</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>corrupto e bem matreiro,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>que dá nó em pingo d’água,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>só que Xandão dá primeiro.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>30</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Sabe-se que as Forças Armadas</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>conheciam as intenções</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>deste farsante envolvente</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>que empulhou multidões</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>e, por um triz, não botou</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>nossa Pátria em convulsões.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>31</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Ele que é doido por joias,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>ele que mata por ouro,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>vai ser preso, e eu desejo</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>que habite junto com Moro,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>mesma cela na Papuda,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>com muriçoca e besouro!</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>32</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Aqui termino, minha gente</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>mais um cordel atual,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>que acompanha a conjuntura</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>quase que em tempo real,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>divulgue, se gostar dele,</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>edicetra e coisa e tal.</b></span></p><p><br /></p>PAULO R. CEQUINELhttp://www.blogger.com/profile/06060183071961062324noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6574847180554831928.post-73719711987774077832023-07-26T19:15:00.001-03:002023-07-26T19:26:57.492-03:00Poema para Renato Freitas<p><span style="font-size: large;"><b><span style="font-family: courier;">branco, n</span><span style="font-family: courier;">ão moro em periferias</span></b></span></p><p><span style="font-family: courier;"><span style="font-size: large;"><b>nas madrugadas ou mesmo durante o dia</b></span></span></p><p><span style="font-size: large;"><b><span style="font-family: courier;">e p</span><span style="font-family: courier;">rovavelmente não serei morto pela meganha </span></b></span></p><p><span style="font-family: courier;"><span style="font-size: large;"><b>ou seja sou branco mais ou menos salvo</b></span></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>da fúria da meganha</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>e da fúria da direita da Alep</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Renato e seu belo cabelo afro</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>afro de orgulho de ser negro</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>é negro na mira e é negro que pode ser </b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>eliminado nas quebradas</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>ou eliminado pela meganha/direita da Alep</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>ou pela meganha/direita da Câmara de Curitiba</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>isto é, eliminado pela meganha da política</b></span></p><p><span style="font-family: courier;"><span style="font-size: large;"><b>mas é negro de cabelo afro</b></span></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>que não pode ser deputado estadual</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>para dizer o que precisa sempre ser dito</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>para dizer o que ele tem proclamado</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>branco classe média que sou</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>declaro ter dado meu voto para Renato</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>por meus filhos e netos</b></span></p>PAULO R. CEQUINELhttp://www.blogger.com/profile/06060183071961062324noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6574847180554831928.post-10131769006473139592023-07-10T09:44:00.000-03:002023-07-10T09:45:35.109-03:00Eduardo Bolsonaro: filho de escroto, escrotinho é<p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Com informações do indispensável <a href="https://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/eduardo-bolsonaro-e-escrachado-na-web-apos-dizer-que-professores-sao-piores-que-traficantes-estupido/">DCM</a></b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) foi fortemente criticado nas redes sociais após afirmar, durante um evento pró-armas realizado próximo ao Congresso Nacional, em Brasília, no último domingo (9), que professores são piores do que traficantes.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>“<i><span style="color: red;">Não há diferença entre um professor doutrinador e um traficante de drogas, que tenta sequestrar e levar nossos filhos para o mundo do crime. Talvez até o professor doutrinador seja ainda pior, pois ele causará discórdia dentro de sua própria casa</span></i>”, disse o parlamentar.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Após a declaração, no evento batizado pelos bolsonaristas de “Marcha da Família pela Liberdade”, Eduardo foi escrachado na web. Para parlamentares progressistas, a declaração do filho “03” de Jair Bolsonaro (PL) resume o projeto de sociedade da extrema direita, o de “atacar educadores e defender criminosos”.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>XXX---XXX</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>O Ornitorrinco Boquirroto, ao saudar os devotos presentes nesta Grandiosa Quermesse em Louvor da Virgencita Botinuda e Armada, deseja declarar que: </b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>1.Filho de escroto, escrotinho é.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>2.Filho de pulha, pulhazinho é.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>3.Filho de canalha, canalhazinho é. </b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b><br /></b></span></p>PAULO R. CEQUINELhttp://www.blogger.com/profile/06060183071961062324noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6574847180554831928.post-69776297023793482232023-06-17T20:36:00.000-03:002023-06-17T20:37:05.795-03:00Traficante<span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Levo palavras nos bolsos<br />Umas letras na carteira<br />Trafico algumas ideias<br />Essas coisas que faço<br />Podem ser perigosas<br />A meganha costuma odiar</b></span><div><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>E eles não cometem excessos</b></span></div><div><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Ao contrário</b></span></div><div><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>São treinados para matar</b></span></div><div><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b><br /></b></span></div><div><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Não moro em perifas precárias</b></span></div><div><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Estou um pouco mais longe</b></span></div><div><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>E posso fazer minhas traficâncias de ideias</b></span></div><div><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Aqui nos espaços virtuais</b></span></div><div><b style="font-family: courier; font-size: x-large;">Grande merda, cequinel</b></div>PAULO R. CEQUINELhttp://www.blogger.com/profile/06060183071961062324noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6574847180554831928.post-1377711792910818252023-06-14T19:03:00.000-03:002023-06-14T19:05:35.602-03:00Esteja avisado, deltan dallagnol: sou proprietário e dono dos domínios Igreja do Evangelho Sextavado e, mais ainda, da Igreja do Evangelho da Lava Jato da Purificação<p><span style="font-family: courier; font-size: x-large;"><b>E não é que o pulha do deltan dallagnol, depois de ligação para o inexistente patifão esfumaçado que vive nas nuvens e nos cérebros desidratados dos crentes de diversas extrações, recebeu mais de 150 mil em depósitos, via PIX, de agentes de deus? </b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: x-large;"><b>É questão de tempo, meninos e meninas, o canalha vai abrir uma igreja milagrenta, e ficará mais rico do que já é, e até mesmo muito mais perigoso do que já é. </b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: x-large;"><b>Entretanto, devo adverti-lo, pulhazinho neopentecostal, e o faço por esta modesta postagem em meu blog de alcance municipal (e isso em dias sem chuva): sou proprietário e dono dos domínios Igreja do Evangelho Sextavado e, mais ainda, da Igreja do Evangelho da Lava Jato da Purificação.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: x-large;"><b>Fuck you, canalhas deltan dallagnol e sergio moro.</b></span></p>PAULO R. CEQUINELhttp://www.blogger.com/profile/06060183071961062324noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6574847180554831928.post-10407420988738513072023-06-11T18:57:00.000-03:002023-06-11T18:58:19.479-03:00Adivinha quem tomou no power point?<p style="text-align: center;"><span style="font-family: courier; font-size: medium;"><b>FAMÍLIA PASSOS, TALQUEI?</b></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/OFp4cMFswv4" width="455" youtube-src-id="OFp4cMFswv4"></iframe></div><br /><p style="text-align: center;"><br /></p>PAULO R. CEQUINELhttp://www.blogger.com/profile/06060183071961062324noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6574847180554831928.post-21426938155411296922023-06-10T09:52:00.003-03:002023-06-10T09:54:19.121-03:00Jeferson Miola: Por trás da força-tarefa se escondia uma gangue judicial que tinha sede, sucursal e ramificações em altas esferas<p style="text-align: center;"> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjrQ_VZzhFi6sVTEIdqSX13HgDu9dySvuCtRWqhyGJUoeW01qovvjX-_J-XrsgMOwLG45PweQWQmh4WL4Hs6r4aVlZCdyBTq8wrMobyT0GRTBSVh2T-IHp7mZ58lQtARQG7qyafWPF1QVNK7whtaBMQ6lSmoQsftSZP1w6eCecSWADV7sh3skZlw5b2oA" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="600" data-original-width="840" height="283" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjrQ_VZzhFi6sVTEIdqSX13HgDu9dySvuCtRWqhyGJUoeW01qovvjX-_J-XrsgMOwLG45PweQWQmh4WL4Hs6r4aVlZCdyBTq8wrMobyT0GRTBSVh2T-IHp7mZ58lQtARQG7qyafWPF1QVNK7whtaBMQ6lSmoQsftSZP1w6eCecSWADV7sh3skZlw5b2oA=w484-h283" width="484" /></a></div><br /><p></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: arial; font-size: x-small;"><b>Reprodução de ilustração de Renato Aroeira (@arocartum)</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Por trás da força-tarefa se escondia uma gangue judicial</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Por Jeferson Miola, <a href="https://jefersonmiola.wordpress.com/2023/06/08/por-tras-da-forca-tarefa-se-escondia-uma-gangue-judicial/">em seu blog</a></b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Por trás da formalidade da força-tarefa da Lava Jato se escondia uma verdadeira gangue judicial. Uma gangue que se organizava e atuava em moldes mafiosos.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Uma sociedade secreta, integrada por elementos da elite que tinham identidades intestinas entre si.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Ali coexistiam laços familiares, societários, de consogros, de amizade e, sobretudo, de compartilhamento de uma cosmovisão fascista, ultradireitista e antipetista de mundo.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Nada a ver com um estamento jurídico estatal.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Assim como na época do embolorado anticomunismo da Guerra Fria, a retórica falsa-moralista de combate à corrupção escamoteava, para os desavisados, os reais propósitos político-ideológicos e de benefícios materiais da “Operação”.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>A força-tarefa – ou organização criminosa, como Gilmar Mendes batizou a Lava Jato – tinha sede na “República de Curitiba”.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>E de lá fazia um grande marketing nacional.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>E, também, um marketing internacional. Tanto que, ironicamente, acabou sendo mundialmente considerada como o maior escândalo de corrupção judicial da história.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Um outdoor ufanista instalado por um colega/comparsa de Deltan Dallagnol recepcionava os incautos que desembarcavam no aeroporto da capital paranaense com uma mensagem alvissareira dos embusteiros: “Bem-vindo à República de Curitiba. Terra da Operação Lava Jato, a investigação que mudou o país. Aqui a lei se cumpre”.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Em Porto Alegre, no TRF4, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região, operava a sucursal da gangue, onde desembargadores amigos e compadres agiam em conluio e em azeitada sincronicidade com a matriz na condenação ilegal e criminosa do Lula.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>A gangue tinha, ainda, ramificações orgânicas em tribunais superiores e nas altas esferas do Ministério Público e da Polícia Federal.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Claro que esta engrenagem criminosa só pôde funcionar como funcionou e só conseguiu produzir o desastre e a barbárie que produziu porque teve apoio material, econômico e propagandístico das classes dominantes, da mídia hegemônica, empresários, militares, políticos e etc – o que inclui os Departamentos de Estado e de Justiça dos EUA.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Está claríssimo, portanto, que a gangue não agiu sozinha e não foi tão longe só com pernas próprias.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Por isso o julgamento da gangue da Lava Jato deverá ser, também, o julgamento dos cúmplices dessa farsa terrível que jogou o Brasil no precipício.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Os meios de comunicação, por exemplo, poderão pagar sua dívida pelo crime cometido contra a democracia fazendo uma sincera autocrítica.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>Essa autocrítica midiática, para ser sincera, deverá se materializar na forma de um compromisso com a reconstrução da verdade factual com as idênticas carga e intensidade simbólica dedicadas ao bombardeio fracassado, feito para causar a derrota semiótica do Lula, do PT e da esquerda.</b></span></p><p><span style="font-family: courier; font-size: large;"><b>No banco dos réus, portanto, deverá haver espaço de tamanho suficiente o bastante para acomodar, lado a lado, as empresas de comunicação, políticos, empresários e militares com os notáveis da gangue – Moro, Dallagnol, Gabriela Hardt, Malucelli, Delegada Érika, Carlos Fernando, Zucolotto, Pozzobon, Januário e quejandos.</b></span></p>PAULO R. CEQUINELhttp://www.blogger.com/profile/06060183071961062324noreply@blogger.com0