O Serviço de Alto Falantes Ornitorrinco cumprimenta os devotos da estrelinha que acreditam em Santa Gleisi do Pragmatismo Gosmento e em São Paulo Bernardo das Eleições de 2014 e, ao lembrar que Olívio Dutra é foda, pergunta aos Altos Ofinoses do Petismo de Resultados Meramente Eleitorais: mas que merda é esta?
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Olívio Dutra: “PT está virando partido de barganha como os outros”
Se a direção nacional e gaúcha do PT tem uma avaliação de que as
eleições municipais de 2012 foram apenas positivas pelo aumento do
número de prefeituras em relação ao último pleito, um quadro de força
política relevante do partido discorda. O ex-governador do Rio Grande do
Sul, Olívio Dutra disse que o processo eleitoral deve servir como lição
sobre os rumos da identidade do PT.
“O PT tem mais se modificado do que
modificado a sociedade. Este é um grande problema nosso. Estamos ficando
iguais aos partidos tradicionais. Nós não nascemos para nos
confirmarmos na institucionalidade e viver da barganha política”,
critica. Para Olívio, a sigla que nasceu da luta dos trabalhadores e
acumula tradição em formação política e diálogo com os movimentos
sociais está se afastando de sua origem. “Não
podemos ser o partido da conciliação de interesses. Temos que ser o
partido da transformação social. Evidente que não sozinho, mas com
alguns em que possamos apresentar projetos de campos populares
democráticos”, diz.
A política de colaboração de classes adotada pela direção do Partido dos
Trabalhadores a partir da eleição do Lula, em 2002, conduz o PT, na
visão de Olívio Dutra ao distanciamento dos ideias petistas que
constituíram o partido. “A esquerda do
PT, PSTU e PCO devem ao país. Temos que nos unir e não ficar disputando
dentro do próprio PT. As correntes internas que antes discutiam ideias
agora discutem como se fortalecer e buscar cargos e eleições de seus
quadros. Isso é preocupante”, afirma.
Ainda que as considerações do ex-ministro de Lula apontem para um
cenário crítico internamente, ele acredita que o PT ainda tem raízes de
sustentação que o permitem fazer uma boa reflexão sobre esta
transformação política. “Aprendemos
mais com as vitórias do que as derrotas. Representamos uma enorme
transformação para o povo brasileiro, mas há que se perguntar se
conseguimos mudar substancialmente as estruturas do estado que promovem
as desigualdades e injustiças no nosso país. Elas estão intactas, apesar
de termos tido a oportunidade de estar no governo. O PT tem que ser
parte de uma luta social e cultural agora, e não se dispor a ficar na
luta por espaços e no afastamento dos movimentos sociais”, salienta.
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