SOBRE O BLOGUEIRO

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Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

segunda-feira, 18 de novembro de 2019

Abraços apertados

Recebi hoje abraços apertados de Francisco e de Miguel, meus netos mais novos, de seis e três anos.
É que fui pedir desculpas por ter sido, ontem, muito duro com eles, porque foram, os dois, muito malcriados na hora do almoço.
Chico me abraçou muito e disse que "sempre me abraçará".
Miguel me abraçou muito e me garantiu que não mais irá "empurrar o prato, que isso é coisa muito feia".
Amo os dois, muito.
Desculpem o avô.

quinta-feira, 14 de novembro de 2019

domingo, 10 de novembro de 2019

Poema para um preso, qualquer um

Mãos negras seguram as grades.
Há um rosto, e olhos, boca, nariz, cabelos?
As mãos negras pertencem a um rosto?
O rosto não tem nome, todavia.
Se há um rosto, nome algum haverá.
Periferia de becos escuros.
De pessoas sem nome.
Elementos suspeitos, diz a polícia.
Deles não quero saber.
Que apodreçam e morram
Entre baratas e ratos.
Eu sou cidadão de bem.