SOBRE O BLOGUEIRO

Minha foto
Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2022

Anotações sobre estufas, teoria e prática, vida

Nas estufas, pássaros pipilam e fazem seus cocozinhos no canto adequado.

Sinos bimbalham nas estufas e são lindos os sons dos sinos.

E vicejam as teorias floridas e as consignas descoladas.

Tudo sob controle: temperatura e umidade, insolação e aeração, em níveis sempre adequados.

Não há erros nas estufas, teorias e consignas estão sempre cheirosas, limpas e apresentáveis, e como são revolucionárias!

Logo ali adiante, nas quebradas, cimento sujo, esgoto a céu aberto, telhas quebradas, o vento uivando, o pó entrando.

As teorias floridas e as consignas descoladas, antes tão cheirosas, empacam seus costados na aridez da realidade, na sordidez da realidade, na fedorenta realidade.

Passam fome as teorias floridas e as consignas descoladas, a água é turva e a comida é meio rala e, no mais da vezes, morrem de espanto.

Há quem aprenda com a sujeira dos erros, com o fedor dos recuos, com a aspereza da vida, e permita que as teorias perfeitas e as consignas sedutoras sejam, afinal, contaminadas pela vida.

Teorias devem ver-se assim, ou deveriam ver-se assim e há quem permita que teorias perfeitas sejam lambuzadas pela porra da vida.

Mas há quem insista em viver debaixo de estufas.

Eis-me aqui admitindo meus erros, eis-me aqui vivo, cabeça erguida, eis-me aqui encarando, olho no olho, meus filhos e netos.

Não é muita coisa minha modesta militância, mas é o que tenho, e os que vivem nas estufas terão sempre acolhida aqui em casa, mesmo que não me queiram nas suas.

terça-feira, 4 de janeiro de 2022

As tripas do genocida escroto entupiram de novo!!!

Eis que o primeiro dia útil do ano trouxe-nos alvíssaras: o genocida escroto fora internado no início da madrugada, às pressas, com suspeita de obstrução intestinal.

Sendo um copioso e notório produtor de merda, jair escória bolsonaro tem esta sina, a de ver entupidas suas tripas, periodicamente, conforme escrevi em 14/julho/21 (veja aqui).

Ao contrário de muitos, espero que o canalha fascista não morra regurgitando a merda que produz, mas que viva para pagar por seus crimes, naturalmente na cadeia, numa daquelas celas com privada nauseabunda no chão.

Fuck you, pulha fascista!
XXX---XXX

Atualização: O Ornitorrinco soube hoje, 05/01, que o médico do pulha disse que "foi um camarão mal mastigado" o responsável pelo obstrução das tripas.
Porra nenhuma doctor, puerra ninguna: o que de facto obstruiu e entupirá forever as tripas do escrotão é o lula.
Fuck you, genocida!!!

sábado, 1 de janeiro de 2022

A direita brasileira é, antes de tudo, burra

Copiei do indispensável Tijolaço

que visito todos os dias


A escolha ainda é difícil para a direita?

Fernando Brito, 01/01/2022

A direita brasileira é, antes de tudo, burra.

Erra e repete erros, até o ponto que que se expõe a ser atropelada e esmagada pelos fatos.

O Estadão, aquele que achava “uma escolha muito difícil” da decisão sobre escolher a mediocridade fascistoide de Bolsonaro e alguém que não tinha (e não tem) o menor sinal de radicalismo esquerdista como Fernando Haddad, agora vem, nos seus editoriais, alertar que “eleitor será instado a escolher os rumos do País” numa opção entre “o bolsonarismo [que] não foi solução para o lulopetismo” e o “lulopetismo [que] não é solução para o bolsonarismo”.

Será que, a esta altura, os ilustrados representantes da direita paulistana ainda não aprenderam que seu “murismo” – ou “morismo”? – é a raiz mais profunda de sua perda de credibilidade?

Não tem a coragem de dizer que, proclamando-se antibolsonaro, se tiverem de optar , o preferem?

Acham que tentar igualar figuras tão distintas quando o ex e o atual presidente – “um dos aspectos mais perversos da similaridade entre Lula e Bolsonaro é o modo como tratam as classes mais pobres” – convence alguém que está vendo, todos os dias, que sai de casa, desfilar uma multidão de miseráveis e abandonado? Alguém que lê, em suas próprias páginas, que se formam filas por restos e ossos, retrato explícito de nossa volta ao árido mapa da fome?

Pensam que o povo é burro feito eles, a ponto de não saber o que é realidade e o que é propaganda?

Não conseguem entender que pessoas lúcidas, mesmo conservadoras, já fizeram a “escolha difícil” e preferem Lula, apesar das críticas que lhe possam ter, como o personagem que pode dar fim, ou quase isso, à barbárie bolsonarista?

Não é pouco Geraldo Alckmin admitir-se candidato a vice-presidente em nome disso, mas a eles a conta é assim: o ex-governador “vai perder votos”.
 
Será? Votos não se perdem ou ganham em contas de papel de pão, mas com coerência.

Mas o Estadão, que publicou receitas de bolo para protestar contra a censura, já não tem a coragem de dizer que, numa eleição onde sete em cada dez brasileiros estão fazendo a decisão que importa de verdade, prefere ficar no Moro, digo, no muro, como se a eleição fosse uma brincadeira de uni-duni-trê e não uma escolha muito fácil entre democracia e barbárie.
XXX---XXX

O Ornitorrinco Metido a Besta, ontem, começou a escrever singela postagem sobre as recentes declarações do joão amoedo (veja o cartoon acima), que inventou uma bosta de um partido, o tal do novo (sic!!!) para chamar de seu, mas como é próprio para quem tem cacholinha tão desapetrechada, não conseguiu dar conta do tema.
Eis que hoje leio no Tijolaço, do Fernando Brito, quase tudo o que eu pretendia escrever, de modo que compartilho com meus quase 7 leitores diários.