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Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Doze conceitos religiosos que têm sido a causa de desgraça

O Ornitorrinco ateu, gayzista, abortista, comunista, petista, herege e lindamente malemolente, só de sacanagem, prossegue sua faina interminável para desmascarar as religiões todas. 
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Copiei de Paulopes


Alguns dogmas são fontes de crueldade, guerra e morte

A americana Valerie Tarico, psicóloga e estudiosa de sistemas de crença, escreveu que, como qualquer outro empreendimento da imaginação e criatividade, as religiões produzem ideia ou conceitos cuja aplicação podem ter como resultado sofrimento e morte. 

Ela observou que, na tecnologia, um exemplo disso é a bomba atômica, que matou milhares de pessoas e continua colocando em risco a existência da própria humanidade. 

Na área de religião, Tarico enumerou doze “conceitos dúbios” que têm promovido guerras, crueldade e morte, em vez da concórdia e paz.

Esses conceitos são:

1. Povo escolhido

Na Bíblia hebraica há o conceito de “povo escolhido”, referindo-se a tribos da antiguidade que obtiveram de Deus a promessa de uma determinada região para se fixarem — a “Terra Prometida”.

O problema é que seguidores de diferentes crenças abraâmicas se acham o “povo escolhido”, havendo entre eles ao longo da história guerras sangrentas, além da costumeira agressão retórica. 

O Novo Testamento identifica os cristãos como escolhidos. E entre os cristãos, católicos e calvinistas disputam a primazia de terem uma atenção especial de Deus. 

O que há, assim, é uma feroz competição entre as crenças religiosas, cada uma delas se considerando a “verdadeira”, a do “povo escolhido”.

Na essência, as religiões continuam sendo tribais, que lutam não só para garantir o seu espaço como também para expandi-lo. Prometem aos seus seguidores recompensa após a morte e, como gangues, adotam símbolos, sinais de mão, vestuário e jargões para destacar seus seguidores em relação aos fiéis das religiões deturpadas ou falsas. 

O conceito de “povo escolhido” estabelece a desigualdade entre as pessoas e é a origem de rios de sangue que percorrem a história, rumando para o futuro.

2. Hereges 

As religiões criaram o conceito de herege para designar aqueles que as questionam. Assim, a rigor, para os religiosos o exercício do pensamento e da reflexão é uma heresia, se aplicado aos dogmas nos quais acreditam. 

O herege pode ser um ateu, que não acredita em divindade alguma, ou um crente de outra religião. 

Na Idade Média, por exemplo, a Igreja Católica mandou para a fogueira da Inquisição muitos judeus, seguidores de uma religião, aliás, que deu origem ao catolicismo. 

Os judeus também têm seus hereges, ou seja, todos aqueles que não seguem sua religião. Na Torá, os escravos hereges, os não hebreus, não recebem a mesma proteção dispensada às pessoas das tribos que se tornaram escravas dos romanos.

Para o livro sagrado dos judeus, aqueles que não acreditam em Deus são corruptos, autores de atos abomináveis. “Não há nenhum [entre eles] que faça o bem”, diz um salmo.

Aqueles que não acreditam em um deus são corruptos, fazedores de atos abomináveis. "Não há nenhum [entre eles] que faça o bem", diz o salmista.

O islamismo cunhou a palavra “dhimmitude” para se referir aos não muçulmanos. No significado histórico da palavra, significa alguém que deve ser desprezado (ou subjulgado, conforme o caso) por ter religião diferente. 

Em última análise, os hereges, por representar uma ameaça, precisam ser neutralizados pela conversão, pela conquista, pelo isolamento, pela dominação pelo assassinato em massa.

3. Guerra Santa

Se a guerra pode ser santa, então vale tudo, mesmo em relação a devotos do mesmo credo.

Por exemplo: a Igreja Católica Romana promoveu na Idade Média uma campanha de extermínio contra cristãos cátaros, tidos como heréticos. Os “verdadeiros” cristãos, organizados em cruzadas, atacaram os cátaros para ficar com as terras e posses deles, de acordo com orientação do Vaticano. 

Outro exemplo: muçulmanos sunitas e xiitas matam uns e outros em uma batalha em nome de Deus, na disputa da “terra prometida”.

Ninguém escapa da “santidade” dessa carnificina: mulheres, crianças e idosos. Uns e outros tomam as mulheres virgens como escravas sexuais, sem perder a posse de superioridade moral. 

4. Blasfêmia

A blasfêmia é a noção de que algumas ideias são invioláveis e inatacáveis. Assim, elas não podem ser criticadas, satirizadas ou mesmo colocadas em debate. Em alguns países, quem ousar contestá-las, mesmo que seja um descrente, pode arcar com sérias consequências, como ser preso ou condenado à morte. 

O descrente, só pelo fato de existir, já é uma blasfêmia. O ateu que não se mantiver calado corre o risco de ser condenado à morte em pelo menos 13 países: Afeganistão, Irã, Malásia, Maldivas, Mauritânia, Nigéria, Paquistão, Qatar, Arábia Saudita, Somália, Sudão, Emirados Árabes Unidos e Iêmen. Todos de cultura islâmica. 

A Bíblia decreta a morte ao blasfemo em Levítico 24:16: "E aquele que blasfemar o nome do Senhor, certamente morrerá; toda a congregação certamente o apedrejará; assim o estrangeiro como o natural, blasfemando o nome do Senhor, será morto". 

A diferença, em relação aos islâmicos, é que os cristãos de hoje em dia não levam a Bíblia muito a sério, com exceção dos fundamentalistas. 

5. Glorificação do sofrimento

A premissa central do cristianismo é que a tortura e o sofrimento em geral, cultivados e mantidos até determinado momento, servirão para reparar um dano causado por um comportamento pecaminoso. Não é à toa que o símbolo do cristianismo é a cruz, um instrumento de tortura usado pelos romanos. 

Os muçulmanos xiitas se acoitam com chicotes e correntes durante a Ashura [dia do martírio]. É um tipo de sofrimento santificado. 

Cristãos e muçulmanos praticam o jejum porque as religiões ensinam que o sofrimento os aproximam da divindade. 

Os livros sagrados das duas religiões são de uma época em que havia pouca coisa que controlava a dor. Uma aspirina naquele tempo seria um milagre. Assim, o que os sacerdotes tentavam conformar os doentes, dando um significado religioso às suas dores. 

Até hoje o sofrimento é glorificado, e foi o que fez muito bem a Madre Teresa, por exemplo.

6. Mutilação genital

Os homens primitivos usam a escarificação e outras modificações corporais para indicar uma filiação tribal. Mas para nossos antepassados a mutilação genital tinha um significado adicional. 

No judaísmo, por exemplo, a circuncisão infantil serve também como um atestado de conversão e da aliança feita com Deus.

No islamismo, a circuncisão masculina faz parte de um rito de passagem para a idade adulta. 

Em algumas culturas muçulmanas, o clitóris, após decepado, é queimado, sacramentando diante da divindade a submissão das mulheres. Além de causar trauma psicológico, o procedimento doloroso reduz a excitação sexual. 

Estima-se que 2 milhões de meninas são submetidas a esse tipo de mutilação, com consequências como hemorragia, infecção, dor ao urinar e morte.

Cerca de metade dessas meninas são mutiladas antes dos cinco anos.

7. Sacrifício de animais

O sacrifício de animais também é um dos piores conceitos das crenças. A matança já foi mais intensa, mas ainda assim milhares de animais continuam sendo sacrificados para agradar divindades. 

Destacam-se parte dos hindus, durante o Festival de Gadhimai), e muçulmanos, no Eid al Adha, que é o segundo mais importante ritual do islamismo.

Textos sagrados dos hindus, incluindo a Gita, proíbe esse tipo de ritual, mas a matança prossegue em algumas regiões. 

No Nepal, na fronteira com a Índia, os devotos matam búfalos, cabras, ovelhas, pombas, galinhas e os bichos que estiverem por perto. 

8. Inferno

Cristãos e muçulmanos pregam que o inferno é tão real como, para eles, o paraíso. Aliás, a existência do inferno e seu demônios legitimam a ideia de que há um céu para onde vão os bons e justos. E o inferno é uma obra de Deus, que fez tudo, não do Satanás.

A mensagem da Bíblia de que os pecadores (os não arrependidos) serão enviados por Deus para o inferno, de modo que ali sofram eternamente, é o que existe de mais cruel em todas as crenças religiosas. Em uma passagem bíblia, o próprio Jesus é que afirma isso.

Cristãos fundamentalistas acreditam tanto na ideia de inferno a ponto de alguns deles ouvirem os gritos dos pecadores a partir do fogo do centro da Terra.

Nos Estados Unidos, um pastor transmitiu em seu programa de rádio uma gravação do o eco do sofrimento dos infelizes. E há quem acredite.

9. Karma 

Como a ideia do paraíso, o karma é um incentivo para a pessoa ter um bom comportamento, de modo a obter mais recompensas, e a principal delas é a reencarnação após a morte.

O karma de cada um é determinado pelo que fez em vidas passadas, e o resultado disso é que a pessoa assume uma pesada passividade diante do mal e do sofrimento dela e dos outros. 

Pela lógica do karma — do que vai e volta—, a fome de uma criança significa o pagamento de uma dívida que ela cometera em uma vida anterior. Assim, como tudo que é já tinha de ser, o jeito é se conformar.

O conceito do karma é usado pelo hinduísmo e budismo.

10. Vida eterna

A invenção da vida eterna é uma desgraça porque diminui e degrada a importância da vida terrena. 

Por conta deste outro mundo melhor e perfeito, desse paraíso, o crente deixa de viver a plenitude de sua existência, a única e verdadeira, fechando os olhos, inclusive, para beleza que está debaixo de seu nariz. 

O crente não percebe que viver na eternidade ouvindo um coro angelical ou ter relações sexuais com virgens se tornaria uma repetição infernal.

11. Mulher como propriedade do homem

O conceito de que a mulher deve ser submissa ao homem está na origem de todas as religiões. Está subjacente a isso a ideia de que a mulher foi criada somente para a procriação, mesmo nos atuais dias, com o planeta superpovoado e recursos, como a água, se escasseando. 

Nos países desenvolvidos, a mulher já deixou de ser encarada como propriedade do homem, mas em outras regiões não. Em países islâmicos, a opressão à mulher é total, como milhares de anos atrás.

12. Idolatria dos livros sagrados 

Os textos sagrados do judaísmo, cristianismo e islamismo proíbem a adoração de ídolos, mas eles próprios acabaram objeto de idolatria. E como esses livros são tidos como perfeitos, divinos, os crentes fundamentalistas se consideram legitimados para praticar barbaridades contra a humanidade.

Com informação de Valerie Tarico e outras fontes.

Um comentário:

Maihyra disse...

Adorei este post! Saudades de ti sr. Cequinel! Um grande abraco!