Copiei da Língua de Trapo
(Por Rodrigo Dias)
Se Deus não existisse, o universo seria um lugar perigoso para a espécie humana.
Asteroides, meteoros, cometas e outros agentes homicidas estariam por aí vagabundeando pelo espaço, brincando de tiro ao alvo com os planetas aterrorizados ante a ameaça de destruição. A qualquer momento, um deles poderia abalroar a Terra e fazer do pequeno planeta em que vivemos o cemitério flutuante de nossas presunções.
O Sol, esta bola de fogo coruscante que nos fornece luz e calor, proporcionando assim as condições necessárias para o surgimento da vida em nosso lar, poderia um dia, sabe-se lá por qual capricho, transformar-se numa imensa anã vermelha e explodir, calcinando todos os insignificantes globos que se encontram em sua imediação, a Terra inclusive.
Buracos negros famintos, com seus prodigiosos estômagos semelhantes a sacos sem fundo, estariam flanando por aí à procura de apetitosas iguarias, podendo a qualquer momento um deles avizinhar-se do nosso planeta e devorá-lo numa só mordida. Dados os seus hábitos dietéticos, não precisariam esses glutões soltar um único arroto.
Terremotos, tsunamis, furacões, tufões, enchentes e outros cataclismos naturais, desastres que fariam rolar de rir a um demônio, arrasariam cidades inteiras, despachando para o além milhares de inocentes, outros tantos deixando mutilados, desabrigados, despossuídos.
Ainda bem que não é assim. Se fosse, periclitante seria a nossa situação no universo, incerto o nosso futuro, duvidosa a nossa posteridade.
Se Deus não existisse, a Terra seria o parque de diversões da Injustiça, da Maldade e do Desespero.
O mundo estaria dividido entre os que têm e os que não têm, não restando a estes últimos nem mesmo o alívio de um falsa esperança. Enquanto os filhos da plutocracia ostentassem sua riqueza, aos rebentos da miséria faltaria até a côdea do pão cotidiano.
Guerras sanguinárias mandariam para o túmulo nossos jovens mais saudáveis e promissores, além de destruir países inteiros e riscar da existência povos e culturas.
Acidentes aéreos, terrestres e marítimos produziriam uma carrada de mortos e aleijados, enquanto doenças incapacitantes fariam da vida de muitos um fardo, e da expectativa da morte o seu único consolo.
Nem mesmo a infância estaria protegida. Meninas seriam violadas pelos pais, meninos por velhos pervertidos.
Ainda bem que não é assim. Se fosse, estaríamos fodidos.
(Por Rodrigo Dias)
Se Deus não existisse, o universo seria um lugar perigoso para a espécie humana.
Asteroides, meteoros, cometas e outros agentes homicidas estariam por aí vagabundeando pelo espaço, brincando de tiro ao alvo com os planetas aterrorizados ante a ameaça de destruição. A qualquer momento, um deles poderia abalroar a Terra e fazer do pequeno planeta em que vivemos o cemitério flutuante de nossas presunções.
O Sol, esta bola de fogo coruscante que nos fornece luz e calor, proporcionando assim as condições necessárias para o surgimento da vida em nosso lar, poderia um dia, sabe-se lá por qual capricho, transformar-se numa imensa anã vermelha e explodir, calcinando todos os insignificantes globos que se encontram em sua imediação, a Terra inclusive.
Buracos negros famintos, com seus prodigiosos estômagos semelhantes a sacos sem fundo, estariam flanando por aí à procura de apetitosas iguarias, podendo a qualquer momento um deles avizinhar-se do nosso planeta e devorá-lo numa só mordida. Dados os seus hábitos dietéticos, não precisariam esses glutões soltar um único arroto.
Terremotos, tsunamis, furacões, tufões, enchentes e outros cataclismos naturais, desastres que fariam rolar de rir a um demônio, arrasariam cidades inteiras, despachando para o além milhares de inocentes, outros tantos deixando mutilados, desabrigados, despossuídos.
Ainda bem que não é assim. Se fosse, periclitante seria a nossa situação no universo, incerto o nosso futuro, duvidosa a nossa posteridade.
Se Deus não existisse, a Terra seria o parque de diversões da Injustiça, da Maldade e do Desespero.
O mundo estaria dividido entre os que têm e os que não têm, não restando a estes últimos nem mesmo o alívio de um falsa esperança. Enquanto os filhos da plutocracia ostentassem sua riqueza, aos rebentos da miséria faltaria até a côdea do pão cotidiano.
Guerras sanguinárias mandariam para o túmulo nossos jovens mais saudáveis e promissores, além de destruir países inteiros e riscar da existência povos e culturas.
Acidentes aéreos, terrestres e marítimos produziriam uma carrada de mortos e aleijados, enquanto doenças incapacitantes fariam da vida de muitos um fardo, e da expectativa da morte o seu único consolo.
Nem mesmo a infância estaria protegida. Meninas seriam violadas pelos pais, meninos por velhos pervertidos.
Ainda bem que não é assim. Se fosse, estaríamos fodidos.
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