SOBRE O BLOGUEIRO

Minha foto
Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

sábado, 7 de novembro de 2015

Para petroleiros e petroleiras covardes que furam a greve nacional da categoria: tenho nojo de vocês

Os petroleiros estão em greve nacional
Mas eu furo greve
Eu não faço greve
Eu sou um cagão sem vergonha na cara

Se minha bundona peluda e flácida de fura greve ficar exposta
Preciso justificar o fato de ser um fura greve de merda
Construo catedrais apodrecidas com minhas justificativas
E digo tremendo de medo
Me borrando de medo
A merda quente e fedida escorrendo pelas pernas
Eu tenho filhos

Eu sou gerente
Eu sou supervisor
E não ando com esta gente
O sindicato é do pt
A greve é política

A democracia precisa ser respeitada
E a putaquemepariu minha doce mãezinha 
Eu preciso chegar em casa no fim do dia
E ser capaz de olhar-me no espelho
Mas não sou capaz de olhar-me no espelho
Baixo os olhos e não me encaro
E nem mesmo olho minha mulher e meus filhos
Sou fura greve
Não faço greve
Sou incapaz de assumir minha decisão
Tenho que acusar os outros
Mas se a greve resultar em ganhos para todos 
Aceito as conquistas que os outros buscaram
E aceito sem nenhuma vergonha na cara
As conquistas obtidas por aqueles que ousaram fazer a greve
Faço de conta que não houve punição alguma

Porque sou um bosta
Eu furo greves
Sou um jaguara sarnento
Não sou capaz de encarar meus filhos
Mas para redimir-me
Farei dos meus filhos
Um bando de fura greves como eu
Fura greves serão meus filhos e filhas
Que espalharão os genes fedidos dos traidores
Serão iguais a mim

Nenhum comentário: