Copiei do Roberto Elias Salomão
Ainda não dá para ver o fim dessa história de impeachment. Fazer previsões seria ocioso e até perigoso. Mas já é possível apontar elementos que marcam esse período de 17 meses (é, desde novembro de 2014) como um dos mais torpes e ridículos da história. As instituições, o poder econômico, a mídia e seus titulares deixaram cair a máscara de uma forma antes inimaginável. Sem esquecer nem por um minuto a gravidade da situação, lembro alguns episódios grotescos, que não devem nos dar vergonha do Brasil, mas sim acentuar a necessidade de uma grande vassourada (não a do Jânio, muito menos a do Moro) no país.
1. O juiz Cunha - o comandante do processo de impeachment na Câmara é, por certo, um cidadão impoluto, possuidor das mais estimáveis qualidades morais... Tem tanta autoridade para julgar possíveis irregularidades de Dilma como teria Paulo Maluf de examinar a prestação de contas do governo.
2. O bufão Temer - qualquer que seja o desfecho deste processo, o vice-presidente Michel Temer sairá marcado como um traíra. É isso que dá trazer um cavalo de Troia para dentro da muralha.
3. O justiceiro Moro - comandou uma fraude, desde o início. Pode ser um herói aos olhos de muita gente desavisada, mas não para a Fiesp, Globo, Cunha ou Aécio, que o tem simplesmente como um serviçal. A ausência de controle gera a incúria, como intimar o capoteiro, e a recuos como o pedido de desculpas ao STF, o que não o livrou, porém, de ser massacrado no Supremo.
4. O playboy Aécio - iniciador do processo de desestabilização do governo Dilma, minutos depois de sua derrota nas urnas, dissoluto, descontrolado e chegado a aditivos, não merece a confiança nem do povo que foi às ruas pedir o impeachment. Junto com Alckmin, foi escorraçado da Paulista pelos manifestantes.
5. A República de Curitiba - até o prefeito de Curitiba disse se orgulhar dessa criação que é uma das mais hediondas do período. Tem um precedente: a República do Galeão, que tinha como fim encurralar o governo de Getúlio Vargas e o levou ao suicídio. Num caso como no outro, o significado é o mesmo: golpe.
6. A massa de manobra - nas manifestações pelo impeachment, houve de tudo, desde pilantras assumidos, protofascistas, aproveitadores até gente protestando sinceramente contra a corrupção. Mas o traço que os unia era a ignorância do fato de que, caso Dilma caia, serão postos de lado, sem sequer um agradecimento.
7. O vexame da OAB - A Ordem protocolou pedido de impeachment, o que já é uma vergonha. Mas ainda teve de aguentar a humilhação por parte de Cunha, que qualificou o pedido como “atrasado”. Atrasado, de fato, mas não o suficiente para manchar, mais uma vez, a história da entidade.
8. O mico do pato - a Fiesp, digna representante da classe “produtiva”, que tanto esbraveja contra os desmandos do governo e paga filé para os manifestantes, usou indevidamente o pato de um artista holandês. Não pagou o pato, pagou o mico.
9. O mundo e o golpe - na véspera do 52º aniversário do golpe militar (que foi em 1º de abril), em mais de 30 cidades fora do Brasil houve protestos contra o novo golpe. O significado político é enorme, bem como o supremo ridículo dessa elite golpista aos olhos do mundo.
Ainda não dá para ver o fim dessa história de impeachment. Fazer previsões seria ocioso e até perigoso. Mas já é possível apontar elementos que marcam esse período de 17 meses (é, desde novembro de 2014) como um dos mais torpes e ridículos da história. As instituições, o poder econômico, a mídia e seus titulares deixaram cair a máscara de uma forma antes inimaginável. Sem esquecer nem por um minuto a gravidade da situação, lembro alguns episódios grotescos, que não devem nos dar vergonha do Brasil, mas sim acentuar a necessidade de uma grande vassourada (não a do Jânio, muito menos a do Moro) no país.
1. O juiz Cunha - o comandante do processo de impeachment na Câmara é, por certo, um cidadão impoluto, possuidor das mais estimáveis qualidades morais... Tem tanta autoridade para julgar possíveis irregularidades de Dilma como teria Paulo Maluf de examinar a prestação de contas do governo.
2. O bufão Temer - qualquer que seja o desfecho deste processo, o vice-presidente Michel Temer sairá marcado como um traíra. É isso que dá trazer um cavalo de Troia para dentro da muralha.
3. O justiceiro Moro - comandou uma fraude, desde o início. Pode ser um herói aos olhos de muita gente desavisada, mas não para a Fiesp, Globo, Cunha ou Aécio, que o tem simplesmente como um serviçal. A ausência de controle gera a incúria, como intimar o capoteiro, e a recuos como o pedido de desculpas ao STF, o que não o livrou, porém, de ser massacrado no Supremo.
4. O playboy Aécio - iniciador do processo de desestabilização do governo Dilma, minutos depois de sua derrota nas urnas, dissoluto, descontrolado e chegado a aditivos, não merece a confiança nem do povo que foi às ruas pedir o impeachment. Junto com Alckmin, foi escorraçado da Paulista pelos manifestantes.
5. A República de Curitiba - até o prefeito de Curitiba disse se orgulhar dessa criação que é uma das mais hediondas do período. Tem um precedente: a República do Galeão, que tinha como fim encurralar o governo de Getúlio Vargas e o levou ao suicídio. Num caso como no outro, o significado é o mesmo: golpe.
6. A massa de manobra - nas manifestações pelo impeachment, houve de tudo, desde pilantras assumidos, protofascistas, aproveitadores até gente protestando sinceramente contra a corrupção. Mas o traço que os unia era a ignorância do fato de que, caso Dilma caia, serão postos de lado, sem sequer um agradecimento.
7. O vexame da OAB - A Ordem protocolou pedido de impeachment, o que já é uma vergonha. Mas ainda teve de aguentar a humilhação por parte de Cunha, que qualificou o pedido como “atrasado”. Atrasado, de fato, mas não o suficiente para manchar, mais uma vez, a história da entidade.
8. O mico do pato - a Fiesp, digna representante da classe “produtiva”, que tanto esbraveja contra os desmandos do governo e paga filé para os manifestantes, usou indevidamente o pato de um artista holandês. Não pagou o pato, pagou o mico.
9. O mundo e o golpe - na véspera do 52º aniversário do golpe militar (que foi em 1º de abril), em mais de 30 cidades fora do Brasil houve protestos contra o novo golpe. O significado político é enorme, bem como o supremo ridículo dessa elite golpista aos olhos do mundo.
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