dos poemas que me ocorrem
metade me abandona
metade me acolhe
da metade que abraça
metade não me entende
metade me provoca
da metade que atiça
metade não fala sério
metade me convoca
da metade chamadeira
metade eu não entendo
metade me alumia
da metade que alumbra
metade é lusco-fusco
metade é vagalume
da metade que avoa luz
metade é muito longe
metade me ofusca azul
da metade que me cega
metade me faz tropeçar
metade me faz saber
que sou poeta enganador
que de metades suprimidas
não faz poemas e rimas
apenas lança malabares nos semáforos
pendura confeitos nos retrovisores
quando muito e se tanto
poeta de rimas incompletas
avoando sem rumo em poemas pelo meio
Um comentário:
Belo poema, parabéns!
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