Como eu disse ontem, 09/03, no ato de protesto aqui em Curitiba, eu não tenho paciência, finesse e muito menos tolerância com quem afirma que meus filhos gays são abomináveis ou que sejam doentes precisando de cura, de modo que não vou perfumar ou florear termos e palavras.
Sob a assustadora consigna "Rumo ao Governo dos Justos" Marco Feliciano, pastor e deputadão federal, asqueiroso fanático religioso, trambiqueiro da fé, notório racista e raivoso LGBTT-fóbico está determinado a acender novamente as fogueiras da inquisição.
Publica nas redes sociais um indigente panfleto de ódio e afirma que "estamos vivenciando a maior de todas as batalhas contra a família brasileira" e, de forma calhordamente mentirosa, grita que o movimento LGBTT planeja "dividir e destruir nossas igrejas e famílias, usando a política e a discriminação como arma", e convoca lideranças evangélicas e católicas para reunião amanhã, 11/03.
Trata-se de um completo e acanalhado mentiroso e manipulador, um calhorda da pior extração.
Nosso inconformismo com sua eleição para a presidência da Comissão de Direitos Humanos e de Minorias da Câmara dos Deputados não se deve ao fato de ser pastor evangélico, e ela sabe disso muito bem.
As diferentes frações do movimento LGBTT e, por muito importante, movimentos relacionados à luta das mulheres e dos negros, dos povos quilombolas e das religiões de matriz africana, não aceitam que este pulha comande a comissão por seus reiterados e públicos pronunciamentos que demonstram, com clareza solar, todo o seu racismo e sua LGBTT-fobia.
De 1º de janeiro de 2012 até 08/03/2013, o Grupo Gay da Bahia registrou 494 assassinatos de homens e mulheres LGBTTs e, quando levantamos a cabeça e denunciamos um dos mandantes intangíveis da matança em curso, o trambiqueiro da fé nos acusa de pretendermos "destruir as famílias".
Resta evidente que este fundamentalista trambiqueiro e sorridentemente sestroso considera que as 494 famílias LGBTTs atingidas pela tragédia e pela dor infinita de dar sepultura a filhos e filhas, irmãos e irmãs, pais e mães, não são dignas de respeito e de proteção, até porque o jaguara que vomita ódio considera que famílias LGBTTs não são formadas por pessoas dignas ou mesmo, por certo, nem humanos devemos ser.
Vou repetir o que tenho afirmado desde sempre, por mim, por meus filhos e por meus netos: LGBTT-fobia de origem religiosa eu trato e tratarei a pontapés, ainda que metafóricos.
Por enquanto.
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Copiei a imagem de Zaion Brasil
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