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Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

domingo, 10 de novembro de 2019

Poema para um preso, qualquer um

Mãos negras seguram as grades.
Há um rosto, e olhos, boca, nariz, cabelos?
As mãos negras pertencem a um rosto?
O rosto não tem nome, todavia.
Se há um rosto, nome algum haverá.
Periferia de becos escuros.
De pessoas sem nome.
Elementos suspeitos, diz a polícia.
Deles não quero saber.
Que apodreçam e morram
Entre baratas e ratos.
Eu sou cidadão de bem.


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