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Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

terça-feira, 18 de agosto de 2020

Este país morreu: Professora Marlise Matos aponta 14 atrocidades contra menininha de 10 anos

Copiei do Viomundo

Atrocidade 1: violar sexualmente uma menininha de 6 anos!

Atrocidade 2: continuar violentando sexualmente uma menininha dos 6 aos 10 anos;

Atrocidade 3: engravidar uma menina de 10 anos;

Atrocidade 4: ter que esperar a Justiça brasileira autorizar o aborto LEGAL previsto em Lei – Código Penal brasileiro – desde 1940!

Atrocidade 5: ter que passar pela revitimização, narrando essa história triste, grotesca, violenta, macabra por TODAS as instituições por onde essa menina de 10 anos passou (o que deveria circular – EM ABSOLUTO SIGILO – era o seu Protocolo).

Atrocidade 6: uma “ministra” de Estado pensar em encaminhar sua equipe ao domicílio dessa criança para, quem sabe, convencê-la a não abortar.

Atrocidade 7: um hospital UNIVERSITÁRIO – o Hospital de referência em abortamento legal em Vitoria, no ES – negar atendimento à menina de 10 anos.

Atrocidade 8: a menina e sua avó serem obrigadas a viajar mais de 2 mil km para realizar o procedimento em segurança, num Hospital do Recife/PE.

Atrocidade 9: elas precisarem entrar no hospital escondidas no porta malas de um carro, porque fundamentalistas as aguardavam na Portaria.

Atrocidade 10: fundamentalistas religiosos com apoio de fundamentalistas parlamentares gritarem “assassina” para uma menina estuprada, desde os 6 até os 10 anos de idade.

Atrocidade 11: uma cretina, fundamentalista e criminosa, publicizar o nome e o endereço da criança no Tweeter.

Atrocidade 12: os fundamentalistas ficam “orando” na portaria do hospital e “pedindo” que o procedimento não se realize.

Atrocidade 13: o estuprador seguir livre.

Atrocidade 14: Acordamos no dia seguinte de todas essas 13 atrocidades anteriores e seguirmos as nossas vidas NORMALMENTE.

OBRIGADA AOS MOVIMENTOS FEMINISTAS DO RECIFE, as ÚNICAS a se manifestarem pela DOR E PELO SOFRIMENTO INFINITOS dessa menina triste de 10 anos.

Esse país MORREU.

*Marlise Matos é professora e coordenadora do NEPEM – Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Mulher — da UFMG


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Devo dizer mais uma vez, e digo, que tenho nojo infinito, transbordante e definitivo das religiões todas, sem nenhuma exceção, embora reconheça que há mulheres católicas e evangélicas, e homens também, que se insurgem contra isso tudo.
Religiões, simples assim, meninos e meninas, emporcalham o mundo.
Paulo Roberto Cequinel 

Um comentário:

A Marreta do Azarão disse...

De fato. Existem pessoas boas dentro das religiões, mas nenhuma religião é boa!