Eu visito o Diário Ateísta todos os dias
Orar é pedir uma benesse ao seu deus, é pedir um favor, é pedir algo feliz, que contrarie uma infelicidade vigente.
Mas, então, o tal deus não sabe o que se passa, não vê a desventura,
não difunde a ventura?! Pelos vistos, tem que se pedir. É como um médico
ou outra qualquer pessoa ver um acidentado, em premência de socorro, e
esperar que a vítima peça ajuda.
Enfim, quem vira as costas a uma vítima cai na alçada do código civil
de qualquer país. Mas tem que se impetrar a deus por ajuda. As secas, as
chuvas torrenciais, os acidentes de viação e aviação, os terramotos e
maremotos são consequência da estrutura da matéria biológica, geológica e
climatológica, matérias essas criadas por deus, segundo os crédulos.
Logicamente, é deus o responsável por tudo, pois tudo antevê há
biliões de séculos. Pelo que, pedir a deus qualquer coisa é sumamente
ridículo e estúpido! Imaginemos a cena burlesca do pedido: – Meus Deus,
estamos a passar uma seca enorme, já chega, manda-nos uma chuva! Ou, Meu
Deus, manda-nos uma seca, porque já estamos há muito tempo com
chuva! Ou, Deus meu, rei dos reis, salvador da Humanidade, faz-me
regenerar a minha perna (ou o meu braço), que foi amputada! Ora, será
que deus não sabe o que a pessoa precisa?! Então, para que é preciso
pedir?! Pedir a deus é a mesma coisa que lhe pedir que modifique as
condições que ele criou. Mas, então, se ele é deus, faz algum sentido
pedir-lhe que modifique coisas?! É a mesma coisa que esperar de deus uma
resposta do género: – Ah, está bem, eu não tinha reparado. Já vos mando
uma chuvada (ou uma seca). Ou, - Ah, certo, não tinha reparado, já te vou
regenerar a perna (ou o braço) amputada. Donde se infere que a oração
não serve para nada e é tratar deus como um ignorante, que não sabe o
que faz e precisa de pedidos para conhecer o que se passa e que
contrariem o que ele provocou. Bem digo eu, que a religião é a coisa
mais estúpida do mundo e arredores!

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