SOBRE O BLOGUEIRO

Minha foto
Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Por que eu teria dado voz de prisão a Levy Fidelix no debate da Record

O Serviço de Alto Falantes Ornitorrinco, por importante, informa que o couro deste jaguara homofóbico está negociado, e a preço vil. Pelo que sei PSOL, PT, OAB, Secretaria Estadual da Diversidade (SP) adotaram medidas legais contra este filho da puta.
---xxx---

Copiei de O Charuto
29 de Setembro de 2014, por Tania Mandarino


A todos que estão questionando sob quais fundamentos legais eu, no lugar da Luciana Genro, teria dado voz de prisão ao Levy Fidelix no debate de hoje, na Record, explico que, primeiramente o candidato violou o Princípio Constitucional da Dignidade da Pessoa Humana, valor universal e princípio fundamental segundo o qual, já ensinou o jurista Dalmo Dallari, não importam as diferenças, todas as pessoas são detentoras de igual dignidade, pois, embora diferentes em sua individualidade, apresentam, por sua humana condição, as mesmas necessidades e faculdades vitais.

A condição humana nos torna a todos, credores de igual consideração e respeito por parte de nossos semelhantes.

Direito fundamental, a Dignidade da Pessoa Humana está assegurada no inciso III do artigo 1º da Constituição Federal e é valor fundante da República!

Levy Fidelix o violou hoje, em rede nacional.

Segundo o artigo 301 do Código Penal brasileiro, qualquer cidadão tem o poder de anunciar a prisão de uma pessoa que cometa flagrante delito. Não é necessária a presença da autoridade no momento do flagrante, basta o simples anúncio.

o Art. 3º da Constituição Federal define que o objetivo da República Federal do Brasil também consiste em "IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação." O artigo 5º, inciso XLI diz que "a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais",

Liberdade de pensamento e de expressão está umbilicalmente ligada ao conceito de respeito pessoal e coletivo de modo que ofensas pessoais ou promoção de estereótipos negativos que atingem grupos não cabem no conceito de liberdade de expressão, e são crimes passíveis de punições cíveis e penais.

Ainda que a homofobia não seja criminalizada no Brasil, a Declaração Universal dos Direitos Humanos assevera:

Artigo I: Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão e consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade.

Artigo II: Toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição.

Feitas as devidas considerações, reitero: se estivesse no lugar da Luciana Genro naquele debate de hoje na Record, eu teria dito ao sr. Levy Fidelix: "O sr. está preso, em nome da Lei!".

(por Tânia Mandarino)

domingo, 28 de setembro de 2014

Melancólico fim da revista “Veja”, de Mino a Barbosa

Copiei do Balaio do Kotscho

Publicado em 27/09/14 às 17h31

Uma das histórias mais tristes e patéticas da história da imprensa brasileira está sendo protagonizada neste momento pela revista semanal "Veja", carro-chefe da  Editora Abril, que já foi uma das maiores publicações semanais do mundo.

Criada e comandada nos primeiros dos seus 47 anos de vida, pelo grande jornalista Mino Carta, hoje ela agoniza nas mãos de dois herdeiros de Victor Civita, que não são do ramo, e de um banqueiro incompetente, que vão acabar quebrando a "Veja" e a Editora Abril inteira do alto de sua onipotência, que é do tamanho de sua incompetência.

Para se ter uma ideia da política editorial que levou a esta derrocada, vou contar uma história que ouvi de Eduardo Campos, em 2012, quando ele foi convidado por Roberto Civita, então dono da Abril, para conhecer a editora.

Os dois nunca tinham se visto. Ao entrar no monumental gabinete de Civita no prédio idem da Marginal Pinheiros, Eduardo ficou perplexo com o que ouviu dele. "Você está vendo estas capas aqui? Esta é a única oposição de verdade que ainda existe ao PT no Brasil. O resto é bobagem. Só nós podemos acabar com esta gente e vamos até o fim".

É bem provável que a Abril acabe antes de se realizar a profecia de Roberto Civita. O certo é que a editora, que já foi a maior e mais importante do país, conseguiu produzir uma "Veja" muito pior e mais irresponsável depois da morte dele, o que parecia impossível.

A edição 2.393 da revista, que foi às bancas neste sábado, é uma prova do que estou dizendo. Sem coragem de dedicar a capa inteira à "bala de prata" que vinham preparando para acabar com a candidatura de Dilma Rousseff, a uma semana das eleições presidenciais, os herdeiros Civita, que não têm nome nem história próprios, e o banqueiro Barbosa, deram no alto apenas uma chamada: " EXCLUSIVO - O NÚCLEO ATÔMICO DA DELAÇÃO _ Paulo Roberto Costa diz à Polícia Federal que em 2010 a campanha de Dilma Rousseff pediu dinheiro ao esquema de corrupção da Petrobras". Parece coisa de boletim de grêmio estudantil.

O pedido teria sido feito pelo ex-ministro Antonio Palocci, um dos coordenadores da campanha da então candidata Dilma Rousseff, ao ex-diretor da Petrobras, para negociar uma ajuda de R$ 2 milhões junto a um doleiro que intermediaria negócios de empreiteiras fornecedoras da empresa.

A reportagem não informa se há provas deste pedido e se a verba foi ou não entregue à campanha de Dilma, mas isso não tem a menor importância para a revista, como se o ex-todo poderoso ministro de Lula e de Dilma precisasse de intermediários para pedir contribuições de grandes empresas. Faz tempo que o negócio da "Veja" não é informar, mas apenas jogar suspeitas contra os líderes e os governos do PT, os grandes inimigos da família.

E se os leitores quiserem saber a causa desta bronca, posso contar, porque fui testemunha: no início do primeiro governo Lula, o presidente resolveu redistribuir verbas de publicidade, antes apenas reservadas a meia dúzia de famílias da grande mídia, e a compra de livros didáticos comprados pelo governo federal para destinar a esc0las públicas.

Ambas as medidas abalaram os cofres da Editora Abril, de tal forma que Roberto Civita saiu dos seus cuidados de grande homem da imprensa para pedir uma audiência ao presidente Lula. Por razões que desconheço,  o presidente se recusava a recebe-lo.

Depois do dono da Abril percorrer os mais altos escalões do poder, em busca de ajuda, certa vez, quando era Secretário de Imprensa e Divulgação da Presidência da República, encontrei Roberto Civita e outros donos da mídia na ante-sala do gabinete de Lula, no terceiro andar do Palácio do Planalto."

"Agora vem até você me encher o saco por causa deste cara?", reagiu o presidente, quando lhe transmiti o pedido de Civita para um encontro, que acabou acontecendo, num jantar privado dos dois no Palácio da Alvorada, mesmo contra a vontade de Lula.

No dia seguinte, na reunião das nove, o presidente queria me matar, junto com os outros ministros que tinham lhe feito o mesmo pedido para conversar com Civita. "Pô, o cara ficou o tempo todo me falando que o Brasil estava melhorando. Quando perguntei pra ele porque a "Veja" sempre dizia exatamente o contrário, esculhambando com tudo, ele me falou: `Não sei, presidente, vou ver com os meninos da redação o que está acontecendo´. É muita cara de pau. Nunca mais me peçam pra falar com este cara".

A partir deste momento, como Roberto Civita contou a Eduardo Campos, a Abril passou a liderar a oposição midiática reunida no Instituto Millenium, que ele ajudou a criar junto com outros donos da imprensa familiar que controla os meios de comunicação do país.

Resolvi escrever este texto, no meio da minha folga de final de semana, sem consultar ninguém, nem a minha mulher, depois de ler um texto absolutamente asqueroso publicado na página 38 da revista que recebi neste final de semana, sob o título "Em busca do templo perdido". Insatisfeitos com o trabalho dos seus pistoleiros de aluguel, os herdeiros e o banqueiro da "Veja" resolveram entregar a encomenda a um pseudônimo nominado "Agamenon Mendes Pedreira".

Como os caros leitores sabem, trabalho faz mais de três anos aqui no portal R7 e no canal de notícias Record News, empresas do grupo Record. Nunca me pediram para escrever nem me proibiram de escrever nada. Tenho aqui plena autonomia editorial, garantida em contrato, e respeitada pelos acionistas da empresa.

Escrevi hoje apenas porque acho que os leitores, internautas e telespectadores, que formam o eleitorado brasileiro, têm o direito de saber neste momento com quem estão lidando quando acessam nossos meios de comunicação. 

sábado, 27 de setembro de 2014

Jovem é agredido e queimado vivo em ritual de ‘purificação de gays’ em BH

Copiei de Superpride

Um jovem gay de 19 anos foi brutalmente torturado em Betim, região metropolitana de Belo Horizonte, durante um "ritual de purificação", segundo informações do jornal O Tempo. Homossexual assumido, ele já havia sido agredido por dois homens na semana passada e acredita ser alvo de homofobia. O caso foi registrado na 4ª Delegacia de Polícia de Betim, e é investigado como tentativa de homicídio e crime religioso.

Em depoimento à polícia, a vítima relatou que na última quarta-feira (17), e em plena luz do dia, foi abordado na rua por dois homens que estavam dentro de uma Kombi branca - os mesmos que o agrediram dias antes. Ele teve a barba e os cabelos queimados, os braços machucados e chegou a perder a consciência.

"Eles estavam com facas e me obrigaram a entrar no veículo", afirma o rapaz, que recebia agressões no abdômen e ao mesmo tempo escutava orações. "Eles pediam perdão pelos meus pecados, pediam que eu fosse salvo". Após as agressões, os meliantes enrolaram um objeto feito de lã no braço da vítima e atearam fogo. "Desmaiei. Não sei se pelo cheiro da fumaça, pela dor ou pelo estresse do momento", afirmou o jovem ao jornal.

A vítima foi abandonada em uma rua próxima do local onde foi abordado [foto] e foi socorrido pelo namorado e um amigo. Ao seu lado foi encontrada uma carta, que dizia fazer uma "limpeza em Betim e trazer o fogo da purificação a cada um que andar nas ruas declarando seu 'amor' bestial".
(24 de setembro de 2014 às 15:44)



segunda-feira, 22 de setembro de 2014

O Brasil deixa o mapa da fome da ONU mas grande mídia tenta reescrever historia a moda de Stalin para esconder o papel de ex-presidente numa vitória de todos

Copiei de Paulo Moreira Leite

Os brasileiros deveriam promover uma festa nacional porque o país saiu do mapa da fome da ONU. Isso não vai acontecer e o motivo é muito feio.
A vitória histórica do país contra a desnutrição tem um responsável principal, gostem ou não. É o governo Lula e os programas de distribuição de renda que ele iniciou logo depois da posse, em 2003. A fome não foi vencida num ato de vontade mas como projeto de Estado lançado por Lula no discurso de posse, quando anunciou o compromisso — muita gente achou que era só uma demagogia como tantas outras — de garantir que todo brasileiro fizesse três refeições por dia. A ONU informa que ele falou a verdade.
Mas é claro que não convém lembrar esse feito quando faltam duas semanas para a eleição presidencial.
Convém reescrever a história, aplicando uma técnica de manipulação stalinista que ensina que se deve modificar o passado em função das conveniências do presente.
Herbert de Souza, o Betinho, que foi o porta-voz da Campanha contra a Fome e a Miséria, tem sido lembrado e homenageado depois da mudança no mapa da ONU. Adversário da ditadura militar, com um discurso afinado com as necessidade de seu tempo, Betinho merece ser lembrado. Ele teve um grande papel na mobilização daquele período. Foi o rosto da Campanha contra a Fome.
Não custa lembrar, contudo, que até aquela Campanha foi um projeto que saiu de Lula e do Instituto de Cidadania. Com a autoridade de presidente do partido que havia liderando o processo de impeachment de Fernando Collor, em 1992 Lula levou o projeto da campanha contra a fome para Itamar Franco. Recém-empossado, em busca ideias para dar rumo a um governo nascido de uma crise que parecia sem fim, Itamar adorou a ideia. Convidou Lula para assumir a coordenação da campanha. Sem disposição para tanto, Lula indicou o bispo Mauro Morelli, de reconhecido envolvimento em causas sociais. Com dom Morelli, veio Betinho. Junto com os dois, veio um vice-presidente do Banco do Brasil que, autorizado por Itamar e estimulado por Lula, seria o principal responsável pela logística da campanha. Era Henrique Pizzolato, que abriu agências e mobilizou a estrutura capilar da instituição para coletar e distribuir alimentos pelo país inteiro.
A mobilização popular contra a fome, a partir de então, foi um exemplo de cidadania e solidariedade que os brasileiros deram a si próprios. Também foi uma resposta a uma situação de emergência. Cavalgando um projeto de redução do papel do Estado e corte vertical de benefícios sociais, nos anteriores anteriores o governo de Fernando Collor promoveu uma redução drástica nos programas de assistência social. Criada por Getúlio Vargas na década de 30, responsável pelo pouco atendimento aos mais pobres, a LBA foi fechada em clima de moralização do serviço público, com auxílio de escândalos de sempre. Herança de José Sarney, que garantia alguma proteína às famílias submetidas a pior miséria, o programa do leite foi abandonado. Era a fome e a miséria — reconheciam todos.
A campanha da Fome trouxe os resultados positivos mas irregulares que as doações filantrópicas e o trabalho voluntário permitem. Na campanha de 2002, a fome estava lá, como assunto dos brasileiros.
Lula transformou a luta contra a fome numa política de Estado. Criou o Bolsa Família como um programa de massas para 14 milhões de famílias — antes, aonde havia, era uma espécie de amostra-gratis. Também definiu uma política de valorização do salário mínimo, reforçou o crédito para a agricultura familiar e tomou outras medidas na mesma direção. O saldo é que um naco importante da riqueza nacional mudou de lugar e chegou a mesa dos pobres e desnutridos. Não pediu donativos. Distribuiu renda.
Assim a fome foi vencida.
O surrealismo dessa situação é fácil de reconhecer. Depois de apanhar dia após dia por causa das políticas de seu governo contra a fome, a imagem de Lula é apagada da fotografia quando até a ONU reconhece que elas deram certo. Pode?

domingo, 21 de setembro de 2014

O ódio que vem pela mídia

Em 2013, refiliei-me ao PT porque os fascistas da classe média, durante aquelas manifestações de junho, decidiram que os partidos de esquerda não poderiam ir às ruas, e agrediram militantes petistas e de esquerda. Vendo homens e mulheres dos mais generosos e valentes que pude conhecer sendo covardemente agredidos, decidi que teriam que bater em mim também. Não passarão, fascistas, não passarão!!!
  ---xxx---


Copiei de Carlos Henrique de Freitas

A absurda orientação política das oligarquias que vem pela mídia, é o ódio. É uma maneira de sufocar o debate político, mas é também uma vocação da mídia antes mesmo de Carlos Lacerda. A ordem é esmagar os adversários. Assim a mídia age como corruptora frisando um aprendizado que estimula de forma modelada o ódio.
Joaquim Barbosa, que cuspia ódio na tribuna de seu império no STF, foi a imagem da vingança da mídia contra o PT, não só contra os condenados na farsa do "mensalão", a ideia é embriagar os telespectadores com doses cavalares de ódio contra quem milita pelo PT. A toga de Barbosa foi a farda despótica de um general da ditadura moderna. A mídia quer transformar o PT e sua militância em inimigos do Brasil. As manifestações de junho, que muita gente da suposta esquerda ao PT comemora como um ato de celebração da democracia, foram incendiadas com muito carvão fascista. Lógico que nem todos que ali estiveram tinham esse espírito de violência, mas muitos, muitos mesmo estavam buscando recompensa em servicinhos particulares de estimular a violência contra o governo como se isso fosse um direito democrático. Como disse ontem Ricardo Targino: "Um jovem de 21 anos, militante do PT, foi assassinado com uma facada ontem no Paraná, simplesmente porque estava fazendo campanha eleitoral. É isto mesmo, Brasil? Parabéns a todos os envolvidos nos discursos de ódio e nos julgamentos de exceção que seletivamente atribuem a um único partido a culpa por tudo. Todos vocês que fazem este jogo estão com as mãos sujas do sangue de Hiago Camargo. Ódio é alimento fascista. O fascismo está fora do armário e já começa a desafiar a democracia e fazer vítimas mortais. Não passarão!"

sábado, 20 de setembro de 2014

Um profícuo diálogo entre petistas

Este modesto Ornitorrinco, tendo uma ou duas certezas e umas trezentas dúvidas, divide com seus quase 9 leitores diários este diálogo de altíssimo nível, meninos e meninas.
---xxx---

Copiei de Andrea Caldas

UM PROFÍCUO DIALOGO ENTRE PETISTAS 

(porque apesar de tudo, neste partido, há ainda gente que gosta de dialogar sem medo de ser feliz)

Obrigada Carlos Abicalil e Breno Altman, pelas provocações e interlocuções.

ANDREA CALDAS: É serio que o Lula condenou o financiamento privado de campanhas? Só para esclarecer: isto não vale para a campanha da Dilma que, pelos números do TSE, arrecadou mais de 100 milhões. 
Entendi certo?

CARLOS ABICALIL: Não acredito na ingenuidade nem em ignorância politica ou histórica para considerar abordagens pueris. A sociedade politica não cria a sociedade civil e um modelo de representação só rui por demanda civil. A posição de Lula e do PT sobre financiamento e coligacoes proporciomais tem muito mais de doze anos... Entramos em campo para o jogo e continuamos a batalha politica e civil pela mudança das regras na democracia representativa. Há grupos que não querem mudanças. Há outros partidos no jogo que desejam mudança. Não creio que qualquer destes seja mago. A personificação desses temas só atende a um personalismo na cena atual que ocupa temporariamente outra sigla.
A proposta de constituinte exclusiva foi apresentada pelo deputado Jose Genoino/PT e não prosperou no congresso. Talvez por carecer da mobilização social que agora pode eclodir. A candidata Dilma propos formalmente o debate ao congresso. Agora, há a chance real do movimento crescer como debate das bases sociais organizadas.
Não sera a magia, a indiferença ou a crença de que a estrutura do estado substitui a sociedade civil no enfrentamento das contradições que movem a história. Evidentemente, há quem aposte em outras vias. A clara manifestação de Lula e do PT sobre sua plataforma em plena campanha demonstra altivez frente aos financiadores que não abdicam de influenciar a politica.

ANDREA CALDAS: Assim espero. Não foi o que vimos no Congresso no recuo diante da Reforma Política chancelado pelo governo e por gente importante do PT. Mas sigamos! Só continuo não entendendo por que a candidatura Dilma é a recordista de arrecadação entre o Capital. Será que eles estao iludidos?

BRENO ALTMAN: Andrea Caldas, temos grandes concordâncias, mas dessa vez discordo. O fato de Dilma ser a campeã de arrecadação não é um distúrbio para a declaração de Lula ou para a luta pela reforma política. Ao contrário: revela que o PT ainda tem energias para reivindicar mudanças que, mesmo eventualmente o afetando a curto prazo, ajudam a radicalizar a democracia e aprofundar as mudanças. Até porque o grande nó do sistema atual não está no presidencialismo e sua forma eletiva, mas na maneira como são compostas as bancadas parlamentares, através do voto uninominal e do financiamento empresarial. No mais, por característica do sistema, qualquer que fosse o presidente, viria a ser o recordista de arrecadação, pois a lógica das doações por empresa, na disputa de cargos majoritários, tende a privilegiar quem já detém a direção dos governos.

ANDREA CALDEAS: Breno Altman, como disse, sigo torcendo. A pergunta é: por que não fizemos isto nos 12 anos? Resposta possível: porque não havia correlação de forças, por que o Congresso é conservador, etc, etc (digamos que aqui nesse pedaço não podemos deixar de mencionar a atuação protagonista de Vacarezza). Ou seja, se não mudarmos a correlação de forças isto não será possivel, de novo. Indago-lhe, se não fizemos isto no auge da popularidade de Lula e Dilma, quais os argumentos objetivos temos para convencer a geração de jovens, descrentes com a política (sou professora deles) de que agora vai! Com a campanha mais cara da história, com os tentáculos dos grupos econômicos cada vez mais enraizados, com acomodação de muitos candidatos e militantes à vida boa das campanhas caras e "profissionalizadas". De verdade, é uma duvida sincera, preciso de argumentos para seguir acreditando, que não podem ser baseados só na fé e esperança. Tenho este defeito de origem, de ser marxista e não teóloga. De toda forma, agradeço pela paciência e deferência da interlocução inteligente, que está cada vez mais rara neste nosso partido.

BRENO: Andrea Caldas, minha resposta, de tão simples, corre o risco de parecer patética: porque erramos. O PT errou, Lula errou, José Dirceu errou: em 2003 jogamos todas nossas energias no plano econômico e social, para construir uma ampla base de massa para nosso projeto de transformação, em um cenário de minoria parlamentar e de hegemonia burguesa. Achávamos, que esse era o caminho para conquistar maioria social. Foi, de fato, estratégia que trouxe maioria eleitoral presidencial, mas nos deixou aprisionados nas velhas instituições do Estado oligárquico e mercê dos poderes fáticos. Felizmente líderes petistas estão acordando dessa ilusão, desse taticismo. Isso não é uma boa notícia?

ANDREA CALDAS: Sim, aí concordamos, Breno Altman! Digamos que voce traz um bom argumento, honesto e inteligente. Só tenho medo dos compromissos assumidos nestes financiamentos. Mas, sim acredito que se mudarmos a forma de fazer a política, a começar por valorizar as instancias partidarias (e não os Institutos personalistas), se investirmos na autonomia dos movimentos sociais e não em sua mera cooptação, se avançarmos na democratização do Estado e não no nucleamento das políticas em torno do governo... Estamos juntos nesta batalha! Mais uma vez obrigada pela interlocução!

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Marina Alaranjada, revisão da CLT e a Bíblia


Marina Alaranjada disse que toma decisões abrindo aleatoriamente a bíblia.

De outra banda, afirmou que "Vamos fazer uma atualização das leis trabalhistas - ainda não temos essa resposta, esse assunto é muito complexo". 


Ela não será eleita, mas imaginemos que tamanho desastre aconteça.


Marina acorda, faz três horas de orações e de gritarias com seu ministério de homens bons, e ela e Neca, a professorinha, retiram-se para decidir sobre a "atualização da CLT", um "assunto muito complexo".


Então abre aleatoriamente o livrão e encontra as respostas todas. 


São muito claras as determinações de Levítico 25, 44-46: quanto aos escravos que tiverdes, virão das nações ao vosso derredor, delas comprareis escravos e escravas. 


Também os comprareis dos filhos dos forasteiros que peregrinam entre vós, deles e das suas famílias que estiverem convosco, que nasceram na vossa terra, e vos serão por possessão. 

Deixá-lo-eis por herança para vossos filhos depois de vós, para os haverem como possessão e perpetuamente os fareis servir, mas sobre vossos irmãos, os filhos de Israel, não vos assenhoreareis com tirania, um sobre os outros.

Mas a nova CLT Alaranjada de Marina terá claras medidas de proteção, conforme se vê em Êxodo 21, 26-27, que determina aos patrões que estes não deverão bater em seus escravos tão severamente a ponto de ferir seus olhos ou seus dentes, desde que, é claro, o servos obedeçam a seus senhores segundo a carne com temor e tremor, na sinceridade do vosso coração, como a Cristo, servindo de boa vontade, como ao Senhor, e não como a homens, (Efésios 6, 5-7).


De modo que, meninos e meninas, fico com Dilma Rousseff que disse que não muda a CLT nem que a vaca tussa.

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Carta aberta, curta e grossa, a Sérgio Nogueira (PSB), vereador homofóbico de Dourados (MS)

(Mensagem postada às 17h58 aqui)
---xxx---

Pastor e Vereador Sérgio Nogueira:

Não pretendo perder tempo mais do que o estritamente necessário e, de plano e por óbvias razões, devo dizer que recuso-me a tratá-lo como a Excelência que não é, de modo que vou direto e reto ao cerne da questão.

Tendo lido (aqui) que você

(a) propôs "enviar homossexuais a uma ilha por 50 anos"; 

(b) disse que "Não podemos passar a ideia de que o anormal é normal";

(c) afirmou que governo federal atua na "desconstrução da família" e, mais ainda, que "Para esse governo a família tem que ser desconstruída no seu padrão normal para dar lugar a outros conceitos de família. Isso vem rasgar nossa Constituição ao meio, dizer que família é qualquer coisa"; 

(d) perguntaria "para qualquer vereador se podendo ser adotado se optaria por ser adotado por uma família de homossexuais";

(e) conclamou "o bispo Dom Redovino Rizzardo e o Padre Crispim a unirem forças contra a prática do homossexualismo condenada nas escrituras sagradas" e, por último, 

(f) disse não "ser a favor da homofobia

eu, na modesta condição de pai de um filho (adotado) e de uma filha que são LGBTT - a quem devo amar e defender da gente da sua laia - tenho o direito de proclamar que você, que teve o cérebro minúsculo derretido pela fé obtusa é, sim, abjetamente homofóbico, no mesmo e fedorento nível de Silas Malafaia e de Marcos Feliciano (dentre muitos outros) e, como os dois que citei, é um dos mandantes intangíveis da violência que atinge as pessoas LGBTTs e suas famílias. 

Eu sempre digo que meus 6 filhos e 7 netos podemos andar pela vida e pelo mundo de cabeça erguida porque, simples assim, NÓS AMAMOS.

Já você, que só faz odiar, constitui evidente ameaça à minha família, m
as tem sorte: existisse um deus qualquer, mesmo que bem mequetrefe, e você queimaria nos quintos dos infernos forever.

Desatenciosamente,

Paulo Roberto Cequinel

Médicos com Dilma, por mais futuro

1. No nosso trabalho como médicos e médicas, seja atendendo diretamente a população ou em outras funções no Sistema Único de Saúde (SUS), percebemos claramente o impacto das políticas públicas nas condições de vida do povo brasileiro nos últimos anos. Acompanhamos com empatia e senso de responsabilidade as dores e a vida sofrida do povo, os ganhos sociais e as alegrias do povo. Arregaçamos as mangas fazendo o nosso melhor. E assim como participamos das transformações pelas quais o Brasil passou nos últimos anos e não deixamos de nos posicionar em defesa dos interesses nacionais, hoje novamente o fazemos. 

2. Na saúde o saldo é positivo. Somos o maior sistema de saúde público universal do mundo, com um SUS que pertence a 200 milhões de brasileiros. Com a lei do Mais Médicos promulgada pela presidenta Dilma, hoje o país ampliou o atendimento médico diretamente a 50 milhões de brasileiros. Além da ampliação do acesso ao atendimento médico, numa só tacada a Lei do Mais Médicos ampliou também o envolvimento dos serviços de saúde na formação dos jovens médicos e o acesso ao ensino superior. Dilma efetivou como nunca a formação de profissionais de saúde enquanto responsabilidade do Estado Brasileiro, como previsto em nossa Constituição. Estamos diante da mais importante ação de ampliação de acesso à saúde desde a criação do SUS. 

3. A candidatura da presidenta Dilma Rousseff (PT) é a candidatura que representa as mudanças que aconteceram no Brasil a partir das políticas sociais desenvolvidas desde os governos Lula na saúde, educação, economia, diplomacia, meio ambiente, geração de energia, na exploração do pré-sal, no combate a miséria e a fome, direito à memória e à verdade, bem como na ampliação dos direitos das minorias. 

4. Esse ciclo de desenvolvimento trouxe grandes ganhos sociais, como redução das desigualdades, melhoria dos indicadores de saúde (como a mortalidade infantil, que reduziu enormemente), baixos índices de desemprego, ampliação do acesso à saúde e educação, aumento da participação popular e da transparência na gestão pública, redução do desmatamento florestal, reativação de vários segmentos da indústria nacional, baixa inflação, aumento do investimento público e importante redução dos juros da dívida pública. 

5. As duas principais candidaturas da oposição, Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (PSB) cada uma a sua maneira, flertam com a demagogia que tenta esconder quais seriam as consequências para o país das políticas de governo que ambos propõem com tanta semelhança, bradando “choque de gestão” de cá e “nova política” de lá. Num Brasil que quer seguir reduzindo desigualdades sociais, e ampliando e melhorando os serviços públicos não pode ser admissível propostas econômicas que gerem desemprego, aumento de impostos, mais poder aos bancos, perda dos aumentos anuais do salário mínimo ou violações dos direitos das minorias. 

6. Dilma é a presidenta que representa o novo ciclo para o Brasil. É um ciclo democrático, com disposição para apoiar a ampliação da participação do povo nas decisões do Estado brasileiro, e também uma Reforma Política que estabeleça no mínimo: a) limites a influência do dinheiro dos bancos e das empresas sobre o processo eleitoral (proibindo assim as suas doações para as campanhas eleitorais), b) reduza as distorções que mantém certas populações sub-representadas nos processos decisórios e c) avance nos mecanismos de participação direta na democracia. 

7. A disposição em promover tal Reforma Política ficou clara com o apoio ao “Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político” que colheu votos de 1º a 7 de setembro em todo o país e já aponta para um novo cenário na luta dos movimentos sociais nos próximos períodos, onde se quer mais participação social nas decisões sobre a Reforma Política. 

8. Por tudo isso, os médicos e médicas abaixo assinados apoiam a reeleição da presidenta Dilma Rousseff, que hoje representa o projeto nacional que vem transformando o Brasil! 

12 de setembro de 2014

Assinaturas:

1. Marcos Vinícius Soares Pedrosa, Médico de família e comunidade e professor da UFPE – Caruaru(PE)
2. Aristóteles Cardona Júnior, Médico de família e comunidade e Professor da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) – Petrolina(PE)
3. Paulo Roberto de Santana, Médico de família e comunidade e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) – Camaragibe(PE)
4. Ana Cristina de Lima Pimentel, Médica e Doutoranda no Instituto Fernandes Figueira / Fiocruz – Rio de Janeiro(RJ)
5. Alexandre José de Melo Neto, Médico de família e comunidade e professor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) – João Pessoa (PB)
6. João Batista Cavalcante Filho, Médico sanitarista e Médico de família e comunidade, professor da Universidade Federal de Sergipe (UFS) – Aracaju(SE)
7. Marco Túlio Aguiar Mourão Ribeiro, Médico de família e comunidade – Fortaleza(CE)
8. Marco Tulio Caria Pereira, Médico de Família e Comunidade – Petrolina(PE)
9. Marcos Oliveira Dias Vasconcelos, Médico de família e comunidade – João Pessoa(PB)
10. Pedro Carvalho Diniz, Médico Clínico – Petrolina-PE
11. Flávio Cardoso Arcângelis, Médico e residente de Medicina de Família e Comunidade pela Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) – Petrolina(PE)
12. André Petraglia Sassi, Médico de família e comunidade e Professor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) – João Pessoa (PB)
13. Danyella da Silva Barreto, médica de família e comunidade e professora da UFPB (PB)- João Pessoa(PB)
14. Claudia Bonan, Médico/Instituto Fernandes Figueira / Fiocruz – Rio de Janeiro(RJ)
15. João André Santos de Oliveira, Médico Sanitarista – Salvador(BA)
16. Paulo Roberto Marinho Meira, residente em medicina de família e comunidade – Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) – Petrolina(PE)
17. Rafaela Alves Pacheco, Médica de família e comunidade e Professora do curso de medicina da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) – Caruaru(PE)
18. Mario Francisco Giani Monteiro, Médico PHD em Demografia e professor aposentado do Instituto de Medicina Social / UERJ – Rio de Janeiro(RJ)
19. Thiago de Carvalho Milet, Médico Cirurgião geral/aparelho digestivo – Vitória da Conquista(BA)
20. Thiago Henrique dos Santos Silva, médico de família e comunidade – (São Paulo – SP)
21. Carlos Eduardo Gomes de Melo, Médico de família e comunidade – Recife(PE)
22. Tomaz Pinheiro da Costa, Médico e Professor Adjunto da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) – Rio de Janeiro(RJ)
23. Pablo Kokay Valente, Médico residente R3 do Instituto de Infectologia Emílio Ribas – São Paulo(SP)
24. Emerson Elias Merhy, Médico formado em 1973 pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e Professor titular de saúde coletiva, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) – Macaé(RJ)
25. Carolina Albuquerque da Paz, Médica de família e comunidade e Professora do curso de Medicina da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) – Caruaru(PE)
26. Maria Bernadete de Cerqueira Antunes, Médica Sanitarista, MSC em Saúde Coletiva e Professora Assistente da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Pernambuco (FCM/UPE) – Recife(PE)
27. Paulette Cavalcanti de Albuquerque, Médica, doutora em Saúde Pública pela Fundação Oswaldo Cruz (2003), Professora adjunta da Universidade de Pernambuco (UPE) e pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz – Recife(PE)
28. Aristides Vitorino de Oliveira Neto, Médico de família e comunidade – Brasília(DF)
29. Bruno Pedralva, Médico de família e comunidade – Belo Horizonte(MG)
30. Tania Maria Lago Falcão, Médica e Professora adjunta da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Pernambuco (FCM-UPE)
31. Ademir Abreu Magalhães, Médico cirurgião Geral – Vitória da Conquista(BA)
32. Adriana Cardoso Freitas Arcângelis, Residente em Medicina de Família e Comunidade – Petrolina (PE)
33. Afra Suassuna Fernandes, Médica Pediatra – Recife(PE)
34. Agostinho Hermes de Medeiros Neto, Médico Pneumologista – João Pessoa(PB)
35. Ailton Vieira de Souza Júnior, Médico Generalista – São Paulo(SP)
36. Alexandre Câmara – Diretor de Saúde e Rede Credenciada – Correios – Distrito Federal(DF)
37. Alzira de Oliveira Jorge, Médica e professora Depto Medicina Preventiva e Social da Faculdade de Medicina da UFMG – Belo Horizonte (MG)
38. Ana Maria A. Figueiredo, Médica – São Paulo(SP)
39. Ana Paula Guljor, Médica Psiquiatra – Rio de Janeiro/Niterói (RJ)
40. Angela Aparecida Capozzolo, Médica Pediatra – São Paulo (SP)
41. Antonio da Cruz Gouveia Mendes, Médico Doutor em Saúde Pública– Recife(PE)
42. Ariovaldo Vieira Boa Sorte, Médico dermatologista – Bahia
43. Arlete Avelar Sampaio, Médica e Deputada Distrital – Distrito Federal(DF)
44. Beatriz Mac Dowell Soares, Diretora Presidente da Fundação Hemocentro de Brasília – Distrito Federal(DF)
45. Beatriz Selles, Médica de família e comunidade – Niterói (RJ)
46. Bernardo Lentz da Silveira Monteiro, Médico Generalista – Belo Horizonte(MG)
47. Camila Boff, Médica de família e comunidade – Florianópolis(SC)
48. Carina Almeida Barjud, Médica de família e comunidade – Valinhos (SP)
49. Carla FrauchesFinotti Barbosa, Médica Pneumologista – Belo Horizonte(MG)
50. Carla Pontes de Albuquerque, Médica pediatra – Rio de Janeiro(RJ)
51. Carlos Alberto Trindade, Médico sanitarista – Salvador(BA)
52. Carlos Armando Lopes do Nascimento, Médico Clínico – São Paulo(SP)
53. Carlos Frederico Dantas Anjos, Médico Infectologista – São Paulo(SP)
54. Carlos Henrique Nery Costa, Médico Infectologista – Teresina(PI)
55. Carolina Chaccur Abou Jamra, Médica – São Paulo(SP)
56. Cátia Maria Justo, Médica intensivista e professora universitária da UFS – Aracaju(SE)
57. Celso Matias, Médico e professor da Universidade Federal de Juiz de Fora – Juiz de Fora (MG)
58. Claunara Schilling Mendonça, Médica de família e comunidade e Profa. FAMED UFRGS, médica do SSC/GHC – Porto Alegre(RS)
59. Daniela Donação Dantas, Residente de Medicina de Família e Comunidade – João Pessoa(PB)
60. Daniela Batista Leite, Médica Hematologista Pediatra do Instituto Estadual de Hematologia do Rio de Janeiro (HEMORIO) – Rio de Janeiro(RJ)
61. Débora Ávila de Carvalho, clínica médica e geriatria – Pouso Alegre(MG)
62. Dorcas Lamounier Costa, Médico Pediatra – Teresina(PI)
63. Eduardo Simon, Médico de família e comunidade e Professor da Universidade Federal Da Paraíba (UFPB) – João Pessoa(PB)
64. Eduardo Simon, Médico de Família e Comunidade e Professor do DPS-CCM-UFPB – João Pessoa(PB)
65. Elza Ferreira Noronha, Professora adjunta da Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília, núcleo de medicina tropical, à Área de Clínica Médica – Brasília(DF)
66. Emilio Rossetti Pacheco, Médico de Família e Comunidade – Fortaleza(CE)
67. Erika Siqueira da Silva, Médica de Família e Comunidade – Brasília(DF)
68. Erivelto Pires Martins, Médico sanitarista – Vitória(ES)
69. Estevão Toffoli Rodrigues, Médico sanitarista – Salvador(BA)
70. Eymard Mourão Vasconcelos, Especialização em Clínica Médica e Saúde Pública, Professor da Universidade Federal da Paraíba – João Pessoa(PB)
71. Fabio Luiz Alves, Médico Sanitarista – Campinas(SP)
72. Felipe Anselmi Corrêa, Médico de Família e Comunidade – Porto Alegre(RS)
73. Felipe Augusto Reque, Medico sanitarista – Ponta Grossa(PR)
74. Fernanda Correa Pires Quintão, Médica de Família e Comunidade, Coordenadora Técnica do Programa Médico de Família de Niterói – Niterói(RJ)
75. Fernando Miziara, Médico Patologista – Distrito Federal(DF)
76. Flávia Henrique, Médica de família e comunidade – Santa Catarina
77. Francisco Hideo Aoki, Médico infectologista – (São Paulo – PE)
78. Francisco Torres Troccoli, Médico sanitarista – São Paulo(SP)
79. Frederico Fernando Esteche, Médico de família e comunidade – Fortaleza(CE)
80. Geniberto Paiva Campos, Médico Cardioologista – Distrito Federal(DF)
81. Gerlane Alves Pontes da Silva, Médica pediatra – Recife(PE)
82. Gilberto José Spier Vargas(Pepe Vargas), Médico e Dep federal PT/ RS
83. Gilvanice Delgado Noblat, Médico Psiquiatra – Pernambuco
84. Gines Villarinho, Médico residente em medicina de família e comunidade UFPB - João Pessoa(PB)
85. Giovana Bacillieri Soares, médica de família e comunidade e professora da UFS – Aracaju(SE)
86. Graciela Esther Pagliaro, Médica da saúde da família – Rio de Janeiro(RJ)
87. Gustavo Adolfo Sierra Romero, médico infectologista e prof UNB (DF)
89. Hêider Aurélio Pinto, Médico sanitarista – Brasília(DF)
90. Heleno Rodrigues Corrêa Filho, Médico e livre docente em epidemiologia pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP/FCM) – São Paulo(SP)
91. Hugo Crasso Oliveira do Nascimento, Médico Generalista – Belém(PA)
92. Idê Gomes Dantas Gurgel, Coordenadora do Fórum Pernambucano de Combate aos Efeitos dos Agrotóxicos, na Saúde do Trabalhador, no Meio Ambiente e na Sociedade Laboratório de Saúde, Ambiente e Trabalho (LASAT) – Recife(PE)
93. Igor Tavares da Silva Chaves, Médico de Família e Comunidade - Florianópolis(SC)
94. Joana Carvalho Ribeiro de Jesus, Médica de Família e Comunidade – Rio de Janeiro(RJ)
95. Jorge Esteves Teixeira Junior, Médico de família e comunidade e Professor do Departamento de Medicina de Família e Comunidade da UFRJ – Rio de Janeiro(RJ)
96. Jorge José Santos Pereira Solla, Médico epidemiologista – Salvador(BA)
97. José Ângelo Lauletta Lindoso, médico infectologista – São Paulo(SP)
98. José Bonifácio Carreira Alvim, Secretário de Saúde do DF – Distrito Federal(DF)
99. José Gustavo Sobreira de Oliveira, Médico pediatra, residente de UTI pediátrica – São Paulo(SP)
100. Jose Luiz dos Santos Nogueira, Clínico Geral – Belo Horizonte(MG)
101. José Noronha, Médico e Pesquisador da Fiocruz e Conselheiro do Centro Brasileiro de Estudos de Saúde – CEBES – Rio de Janeiro(RJ)
102. José Santos Souza Santana, Médico sanitarista- Salvador(BA)
103. Karina Barros Calife Batista, Médica sanitarista – São Paulo(SP)
104. Karla Santa Cruz Coelho, Médica – Rio de Janeiro(RJ)
105. Karoline Cornejo, Médica psiquiatra, Instituto Nise da Silveira – Rio de Janeiro (RJ)
106. Kathleen Tereza da Cruz, Médica – Rio de Janeiro(RJ)
107. Lara Ximenes Santos, Médica de Família e Comunidade – Recife(PE)
108. Laura Camargo Macruz Feuerwerker, Médica sanitarista e professora universitária – São Paulo(SP)
109. Leandro Domingues Barretto, Médico de família – Salvador(BA)
110. Leila Bitar Moukachar Ramos, Médica Sanitarista – Belo Horizonte(MG)
111. Lisiane Seguti Ferreira, Médica neuropediatra – Distrito Federal(DF)
112. Lorene Louise Silva Pinto, médica epidemiologista e professora da UFBA – Salvador(BA)
113. Lourival Rodrigues Marsola, Médica Infectologista – Belém(PA)
114. Luciana Cajado, Médica de Família e Comunidade e mestranda em Saúde Pública na FIOCRUZ – Rio de Janeiro(RJ)
115. Luciana Guimaraes Nunes de Paula, Médica de família e comunidade – Distrito Federal(DF)
116. Luciana Utsunomiya, Médica sanitarista – Sumaré(SP)
117. Luciano Bezerra Gomes, Médico sanitarista e professor da UFPB – João Pessoa(PB)
118. Luis Augusto de Faria Cardoso, Médico Clínico – Minas Gerais
119. Luis Cláudio de Carvalho, Médico – Rio de Janeiro(RJ)
120. Luis Eugenio Portela Fernandes de Souza, Médico e Professor da Universidade Federal da Bahia – Salvador(BA)
121. Luiz Renato de Rezende Lopes, Médica pediatra – Pouso Alegre (MG)
122. Luiz Ricardo Stinghen, Especialista em Auditoria Médica e Saúde Coletiva – Curitiba(PR)
123. Mara Costa Vieira, Médica generalista – Salvador(BA)
124. Marcelo Coltro, Médico de família e comunidade – Florianópolis(SC)
125. Márcio Leno Maués, Perito Médico Previdenciário do INSS – Pará
126. Marco Paulo Tomaz Barbosa, Médico cardiologista – Belo Horizonte(MG)
127. Marcos Heridijanio Moura Bezerra, Médico ortopedista – Serra Talhada(PE)
128. Margarida Barreto, Médica do trabalho – São Paulo(SP)
129. Margarita Silva Diercks, Médica de Família e Comunidade – Porto Alegre(RS)
130. Maria Aparecida Affonso Moyses, Médica – São Paulo(SP)
131. Maria da Conceição Stern, Médica pediatra e homeopata – Niterói(RJ)
132. Maria do Carmo Cabral Carpintero, Médica sanitarista – São Paulo(SP)
133. Maria Inês Vasconcelos Lopes Ferreira, Médica – Recife(PE)
134. Maria Ines Battistella Nemes, Médica Sanitarista e Professora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) – São Paulo(SP)
135. Maria Martins Aléssio, médica de família e comunidade – Brasília(DF)
136. Maria Regina Fernandes de Oliveira, Médica Epidemiologista – Brasília(DF)
137. Mariana Amorim Alencar, Médica de Família e Comunidade – Distrito Federal(DF)
138. Mariana Troccoli de Carvalho, Médica de família e comunidade – Recife(PE)
139. Marília Gava, Médica do trabalho e sanitarista, Perita Médica do INSS – Brasília(DF)
140. Marina Guimarães, Médica de saúde da família – Juiz de Fora(MG)
141. Mario Adriano dos Santos, Médico alergista e imunologista – Aracaju(SE)
142. Marita Pinho Cerqueira, Médica da Estratégia Saúde da Família – Salvador(BA)
143. Marta Teixeira Rocha, Médica Generalista – Salvador(BA)
144. Michele Lopes Pedrosa, Chefe da Divisão Médica do Instituto de Ginecologia da UFRJ – Rio de Janeiro(RJ)
145. Mônica Ávila de Carvalho, médica ginecologista e obstetra – Pouso Alegre(MG)
146. Mônica de Medeiros Eloy, médica anestesiologista – Recife(PE)
147. Mônica Sampaio de Carvalho, Médica Sanitarista – Distrito Federal(DF)
148. Murilo Leandro Marcos, Médico de Família e Comunidade – Florianópolis(SC)
149. Natália de Souza Magalhães, Médica cirurgiã pediátrica – Vitória da Conquista(BA)
150. Nilton Pereira Júnior, Médico sanitarista e Professor do Departamento de Saúde Coletiva na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Uberlândia – Uberlândia(MG)
151. Odalci Joé Pustai, Médico e Prof. Adjunto do Departamento de Medicina Social da Faculdade de Medicina da UFRGS – Porto Alegre(RS)
152. Paula Ávila Fernandes, Médica patologista - Belo Horizonte(MG)
153. Paula Garcia de Araújo, Médica de família e comunidade – Distrito Federal(DF)
154. Paulo Afonso Martins Abati, Médico Infectologia – São Paulo(SP)
155. Paulo J. B. Barbosa, Médico Cardiologista – Salvador(BA)
156. Pedro Miguel dos Santos Neto, Médico sanitarista – Recife(PE)
157. Priscilla D. C. Batista, Médica Sanitarista – Sergipe(SE)
158. Rafaela Cordeiro Freire, Médica Sanitarista– Salvador(BA)
159. Renato Penha de Oliveira Santos, Médico de Família e Comunidade – Rio de Janeiro(RJ)
160. Ricardo de Sousa Soares, Médico de Família e Comunidade e Professor da UFPB – João Pessoa(PB)
161. Ricardo Duarte Vaz, Médico psiquiatra – Rio de Janeiro(RJ)
162. Rodrigo Alves Torres Oliveira, Médico Sanitarista – Rio de Janeiro(RJ)
163. Rodrigo de Oliveira Silva, Médico de família e comunidade – Recife(PE)
164. Rodrigo Macedo Pacheco, Médico de família e comunidade e Preceptor da Residência de Medicina de Família e Comunidade SMS – Rio de Janeiro(RJ)
165. Rogério Cássio Leal Rodrigues, Médico dermatologista – Juazeiro(BA)
166. Ronaldo Zonta, Médico de Família e Comunidade – Florianópolis(SC)
167. Ruben Araujo de Mattos, Médico e professor da UERJ – Rio de Janeiro(RJ)
168. Sawllus Coelho Marques Silvaira, Médico psiquiatra, Rio de Janeiro(RJ)
169. Silvio Roberto Medina Lopes, Médico Sanitarista – Salvador(BA)
170. Sonia Maria Coutinho Orquiza, Médica de família e comunidade – Londrina(PR)
171. Teresa de Jesus Martins, Médica sanitarista – São Paulo(SP)
172. Thiago Carvalho de Lima, Médico anestesiologista, Hospital Universitário Pedro Ernesto – Rio de Janeiro(RJ)
173. Tiago Salessi Lins, Médico de família e comunidade, Universidade Federal Da Paraíba (UFPB) – Paraíba
174. Ticyana Ferreira de Azambuja Ramos, Médica Anestesiologista – Rio de Janeiro(RJ)
175. Valeska Antunes, Médica de Família e Comunidade – Rio de Janeiro(RJ)
176. Verônica Gomes Alencar, Médica ginecologista, sanitarista e homeopata – Campinas(SP)
177. Viviane Xavier de Lima e Silva, médica de família e comunidade e professora da UFPE – Caruaru(PE)
178. Emile Sampaio Cordeiro, Médica generalista – Juazeiro do Norte(CE)
179. Natália Madureira Ferreira, Médica de família e comunidade – Uberlândia(MG)
180. Rodrigo Caprio Leite de Castro, Médico de família e comunidade – Porto Alegre(RS)

Esgoto eleitoral do fundamentalismo

Copiei do ConTextoLivre
jean

Assustador!
O esgoto eleitoreiro já começa a vazar de maneira repugnante nessa reta final de campanha. Na zona oeste do Rio de Janeiro, um exército de fiéis recrutados como voluntários por igrejas evangélicas fundamentalistas está distribuindo um material de campanha tão bizarro quanto criminoso e assinado pelas campanhas de Marina Silva para presidenta, Ezequiel Teixeira para deputado federal e Édino Fonseca para deputado estadual (sendo este último quem se responsabiliza com seu CNPJ eleitoral, 20583168000184, pelo material): milhares de revistas de 24 páginas em cores acompanhadas de um DVD com MENTIRAS e FALSIDADES acerca de LGBTs, no sentido de estimular o ódio e a violência contra estes, mas também com DETURPAÇÕES acerca das pautas dos movimentos feministas e negro com intuito de prejudicar a candidatura da presidenta Dilma.
Para quem está duvidando dessa sujeira, aqui está o link para a digitalização que fiz do material difamatório para usá-la como prova quando acionar a justiça eleitoral no intuito de que essa porcaria seja apreendida e seus responsáveis sancionados de acordo com a lei. http://bit.ly/ZlMF9d


Na capa, a revista com Fonseca, Teixeira e Marina anuncia: “Veja os planos do anticristo: nova ordem mundial contra a família e a igreja” (a palavra “Veja” é escrita com a mesma tipografia usada pela revista da editora Abril), e depois enumera: “eutanásia, mercado do feto, prostituição de menores, carícias de homossexuais em lugares sagrados…”, etc.
Misturando um discurso religioso da época da Inquisição (com repetidas alusões ao “anticristo”) e uma linha argumentativa que lembra a propaganda nazista contra os judeus (no caso, em vez dos judeus, o “inimigo” apontado é composto por homossexuais, prostitutas, ateus, comunistas, “abortistas”, usuários de drogas e o governo Dilma), a publicação descreve uma conspiração satânica internacional para a criação de uma “nova ordem mundial” que pretende “se rebelar contra Deus” e “dominar a mente do povo com a legalização das drogas”, acusa o governo do PT de querer legalizar a eutanásia para “matar os mais velhos” e o aborto para provocar um “extermínio” e comercializar os órgãos dos fetos abortados (!).
O delírio é tal que a revista traz uma tabela de preços do “mercado do feto” e diz que a legalização do aborto provocará um aumento da pedofilia, porque as meninas estupradas serão obrigadas a abortar para esconder o crime.

Nas páginas seguintes, a revista ataca a regulamentação da prostituição, relacionando-a também, com extremo cinismo e má fé, à pedofilia (como se o abuso sexual de crianças pudesse ser equiparado à prostituição exercida por pessoas adultas!); diz que a criminalização da homofobia permitirá que os gays pratiquem sexo dentro das igrejas; refere-se a gays, lésbicas e transexuais como doentes mentais; ataca com argumentos igualmente toscos a proposta de legalização da maconha e até diz que existe um plano do “anticristo” para dominar a água e os alimentos.
Quase todas as páginas da publicação são dedicadas a atacar meus projetos e os de outros parlamentares progressistas e comprometidos com os direitos humanos, embora não nos mencione expressamente, mas o alvo explícito da publicação é o governo Dilma, que seria, de acordo com a publicação, o principal representante no Brasil da rebelião mundial comandada por Satanás.
A publicação faz uma relação direta entre o “plano do anticristo” e as eleições de 5 de outubro: para impedir a vitória do Demônio, os eleitores deveriam votar em Marina Silva para presidenta e em Teixeira e Fonseca para os parlamentos federal e estadual. Na última página, a publicação traz uma foto em cores dos três candidatos, com a logo da campanha de Marina destacada no centro.
Uma pergunta que não quer calar é: quem pagou por tudo isso? Por todo esse lodo?
Eu gostaria de saber se Marina Silva sabe que seu nome está sendo usado nessa campanha suja, abjeta e evidentemente criminosa. Fonseca é candidato pelo PEN, uma legenda de aluguel de ultra-direita que faz parte da coligação de Aécio Neves, da mesma forma que o partido Solidariedade, formado por parlamentares que decidiram sair das legendas pelas quais se elegeram, entre eles Teixeira.
Ambos fazem parte, também, da coligação estadual que apoia o governador Pezão, que por sua vez é do PMDB, aliado à presidenta Dilma, mas que também faz campanha por Aécio. Contudo, Fonseca e Teixeira fazem campanha por Marina — e juntos, apesar de suas candidaturas proporcionais não estarem coligadas.
Além de ser incompreensível e causar confusão a qualquer eleitor, essa esquizofrenia eleitoral também é ilegal, já que um candidato proporcional (ou seja, a deputado federal ou estadual) não pode citar em seus materiais de campanha o nome de um candidato majoritário (ou seja, presidente ou governador) que não seja o de seu partido ou coligação. Porém, para as gangues da velha política corrupta do nosso querido país, vale tudo!
Será que Marina, ou sua coordenação de campanha concordaram com essa sujeira e “deixaram” que ela fosse feita porque, na reta final, tudo o que servir para somar votos é bem-vindo, mesmo que provenha do esgoto político e da baixaria mais imperdoável? Ou será que Fonseca e Teixeira estão usando o nome de Marina sem a anuência dela porque acham que a figura da candidata do PSB pode ser mais atraente para o eleitorado evangélico fundamentalista que pretendem conquistar que o do liberal Aécio?
Seja como for, Marina deveria se perguntar por que o nome dela pode ser associado a esse discurso fascista. Será por que seu discurso, em vez de questionar, à esquerda, as falências do governo Dilma, como muitos dos seus eleitores progressistas de 2010 esperavam, é cada dia mais reacionário, aproximando-a da linha discursiva da revista Veja (que essa semana saiu em defesa dela), do Círculo Militar (que se declarou esperançoso com a sua candidatura), dos pastores que pregam discurso de ódio contra a população LGBT e dos setores mais conservadores da sociedade, que podem se sentir representados pela propaganda de Fonseca e Teixeira?Marina deveria preparar um café, sentar no sofá e, com calma, refletir sobre o que está fazendo ou sobre o que estão fazendo com o nome dela. E você, eleitor, eleitora, deveria pensar com qual Brasil você sonha. O fundamentalismo está aí, virando a esquina, e dá medo.
do Facebook do deputado Jean Wyllys, via Ademir Ribeiro

domingo, 14 de setembro de 2014

Mas é só isso, Jaulo Voberto Xequinel?

Copiei a imagem de EcologicalMind
 
Calma, não é o que vocês estão pensando, ansiosas internautas marinosas, afoitos internautos atucanados e viuvinhas-sem-porvir.
Em verdade as moçoilas estão estupefactas (as da frente) ou levemente desdenhosas (as que sorriem com ar blasé), é com o diminuto tamanho da minha notória cacholinha desidratada.

sábado, 13 de setembro de 2014

NOTA OFICIAL DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS FABRICANTES DE LENÇOS DE PAPEL

Copiei a imagem daqui


Nós, os fabricantes de lenços de papel, tornamos público nosso claro agradecimento a candidata alaranjada marina, a chorosa.

Houve aumento exponencial da demanda por lenços de papel e nossas fábricas estão operando 24 horas/dia porque o chororô copioso contagiou, além dos para-jornalistas do esgotão da Veja e do PIG, os seus seguidores todos, desde os marinosos-sensíveis-pra-cacete, passando pelos marinentos-avessos-ao-debate-político, pelas marionetes-da-agiotagem que defendem a independência do Banco Central, sem falar dos pobres tucanos-sem-poleiro e da esclerosada e criminosa direita botinuda que usa fraldas geriátricas e pijamas verde-olivados.

Além do mais, vimos hoje milhares de petistas em diferentes cidades brasileiras agitando suas bandeiras e, literalmente, rindo tanto que chegavam às lágrimas em face das pesquisas que indicam que Dilma Rousseff, aquela que não chorou diante dos milicos torturadores, vai ter mais um mandato de quatro anos outorgado pelo povo brasileiro, o que provocou o esgotamento dos estoques de lenços de papel em farmácias e supermercados.

Curitiba, 13 de setembro de 2014.

NAULO MOBERTO REQUINEL
Presidente e Chorão Senior

De Ingrid Soares para o menino João Donatti

Copiei de Ingrid Soares

Ô, meu menino, vem cá.
Deixa eu limpar o teu corpo. Cospe longe esse papel cheio de ódio que te enfiaram na boca. Tua boca é pra beijar, pra sorrir, pra falar de amor.
Ei, vamos cuidar dessas pernas, que desse jeito, você não vai correr mundo. E o mundo é pra correr.
Vem cá, João, se afasta dessa gente que tem medo de liberdade.
Fica aqui, fica do meu lado que eu te protejo. 
Pode ser, pode ser à vontade que você tem vontade de ser.
Desculpa por toda essa confusão, é que nessa mania que a gente tem de se levar a sério, um monte de gente saiu por aí pregando certezas e erradezas da vida. E a gente tão pequeno. E a gente tão mesquinho. E a gente se afastando de tudo o que realmente é importante.
Ai, que dor. Essa impotência sangra muito, menino, fragmenta os ossos, diminui.
Queria ter voz firme pra proclamar a alforria, pra mandar te deixarem solto, livre, bonito, em paz.
Mas eu nada. 
Vou rezar uma ladainha e mastigar o conformismo.
Vou cantar baixinho pra ver se a tristeza se desinteressa de mim.
Vou falar de você. Vou levantar uma bandeira com o teu nome nas praças.
Veja só, meu pequeno, tem gente na tv dizendo que o que te fizeram tá é correto. 
Que loucura essa tv, que loucura esse mundo. 
Espero que no seu novo lugar, as coisas sejam diferentes, tá? Espero que nem haja tv. Espero que você possa amar. E ser. Eu acredito, é o que me resta.
Afetuosamente,
Eu.
(A João Donati, brutalmente assassinado aos 18 anos, por sentir atração sexual e afetiva por homens.
A João Donati, que poderia ser - e, de certa forma, é - meu filho.)

Nova estratégia da mídia: vitimizar Marina

Copiei do Tijolaço
Autor: Miguel do Rosário



Veja, Folha, Globo, os grandalhões da mídia, aparentemente resignados que o seu candidato dos sonhos, Aécio Neves, não tem chances de ir ao segundo turno (e mesmo se fosse, perderia fácil), iniciaram uma nova estratégia.
Pintar Marina Silva como uma coitadinha.
Uma vítima.
E o PT – e os blogueiros, claro, esses lobos malvados – como um vilão do mal que tenta “destruir” sua imagem.
A ideia partiu da própria Marina.
Ela não deu um pio contra as ameaças do Pastor Malafaia.
Horas depois do pastor, hoje o principal símbolo da homofobia no país, agredir-lhe violentamente no twitter, Marina Silva veio à público dizer que o capítulo de seu programa que trazia referências à política LGBT tinha sido um “erro processual de editoração”.
Erro processual de editoração…
Em seguida, o coordenador do setor LGBT de sua campanha pediu as contas e saiu.
O Pastor Malafaia, então, aderiu entusiasticamente à sua campanha, tecendo elogios à Marina e gabando-se de sua vitória.
Desde então, Malafaia, sentindo-se fortalecido, intensificou seus impropérios contra o que chama de “ativismo gay” e contra Dilma e o PT.
Nem Dilma, nem o PT, nem os ativistas LGBT, porém, vieram à público “chorar” e lamentar estarem sendo perseguidos por Malafaia.
Para Marina, contudo, o vilão é o PT, o partido no qual militou por mais de 20 anos, e que foi responsável por tudo que ela conquistou na vida.
Marina elegeu-se como a senadora mais jovem do país, em 1994, com recursos financeiros, partidários e humanos do PT. Lula a nomeou ministra de Estado em 2003, por ser então um importante quadro petista.
Seu guru, Chico Mendes, foi fundador do PT no Acre e candidato a deputado estadual pelo partido.
E agora, aí está Marina. Posando de coitadinha injustiçada na Folha, no Globo e na Veja.
E tudo porque, tadinha, 83% dos recursos (R$ 1 milhão) que abasteceram o Instituto Marina vieram de Neca Setúbal, herdeira do Itaú, que hoje é coordenadora de seu programa de governo.
Só porque, pobrezinha, vive num apartamento pertencente a um dono de postos de gasolina e de fazendas no Mato Grosso e Pará.
Só porque, ó vida, andou “algumas poucas vezes” (para lembrar a expressão usada por Aécio quando confessou ter usado, ilegalmente, o aeroporto de Claudio) no jatinho sem dono do PSB.
Quanta injustiça! Quanta difamação!
A nova injustiçada da sociedade vem recebendo manifestações comovidas de solidariedade de Reinaldo Azevedo, Demétrio, Merval Pereira, Roberto Freire, Marcos Feliciano e… Silas Malafaia.
Só os melhores.