SOBRE O BLOGUEIRO

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Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Dona Dilma, pare de fazer caras e bocas para os banqueiros em Davos. Que tal chamar a militância petista pra sustentar transformações ainda mais profundas? Do que, afinal, os Altos Ofinoses petistas têm medo?


Copiei do Tijolaço
mob

O que a “vaquinha” por Genoíno e Delúbio ensina? O que o PT esqueceu…

Fernando Brito

Os jornais não disfarçam seu espanto com as doações públicas para que José Genoíno, primeiro, e agora Delúbio Soares paguem as multas que receberam do Supremo Tribunal Federal.
Claro que pode até haver alguma mutreta de algum depósito feito por gente “muy amiga” para desmoralizar a arrecadação de fundos, e é bom que se verifique isso.
Mas nenhuma eventual “armadilha” nesta “vaquinha” esconde o seu principal ensinamento.
Se o protagonismo de José Genoíno nas lutas contra a ditadura, seu drama pessoal de saúde e a comovente solidariedade de sua família – sua filha Miruna tornou-se um símbolo de integridade e amor filial – o que poderia explicar o apoio público de Delúbio Soares, um colaborador de segundo escalão do PT e o que mais foi vilanizado em toda essa história do chamado “mensalão”.
A lição preciosa deste episódio é algo que, ao longo do tempo, boa parte da direção do PT parece ter se esquecido.
A de que existe uma militância política que não precisa ser paga – e que até paga, ela própria, do jeito que pode – para apoiar um partido, porque apóia as ideias e o significado destas ideias sobre a vida dos brasileiros.
A de que existe, fora da mídia e do mercado, gente que tem opinião e valores, que entende que existe uma luta de afirmação deste país e que está aí, pronta e ansiosa por quem a mobilize por uma causa, mesmo que a espinhosa causa de apoiar quem foi condenado num processo que, embora político até a medula, foi sentenciado num tribunal.
A “vaquinha” não foi contra a justiça nem por piedade humana.
Foi um gesto político, mostrando que há milhares de pessoas prontas a deixar seu conforto, seus interesses pessoais e a se expor, corajosamente, por uma causa que não é a figura de Delúbio ou mesmo a de José Genoíno, com todo o brilho e respeito que ela merece.
A causa é o processo de transformação do Brasil.
Pela qual, meu deus, parece que muitos dirigentes políticos, acham inútil levantar orgulhosamente a bandeira.
Reduzem a política a acordos, posições, verbas, favores, influência e – sejamos sinceros – recursos para candidaturas.
É claro que na prevalência dantesca  que o dinheiro assumiu na vida política brasileira, só um tolo teria a ilusão de que uma campanha – sobretudo as majoritárias – pudesse funcionar apenas com “vaquinhas”.
Os grandes doadores, com a impureza de intenções com que doam, continuarão a ser fonte essencial de financiamento de campanhas, enquanto não se adotar o financiamento público que a direita tanto combate.
As pequenas doações desta “vaquinha”, porém, revelam algo além de seu valor monetário e que não deve ser comemorado, mas ser, sim, objeto de reflexão.
Há quanto tempo o PT e o governo que, sob sua legenda, o povo brasileiro elegeu e reelegeu, não faz uma “vaquinha cívica” pelas causas que o levaram até lá?
Há quanto tempo não se dirigem à opinião pública para dizer que precisam da pequena mobilização que cada um pode dar para criar um caudal de vontade que sustente as mudanças?
Onde está a polêmica, a contestação ao que o coro da mídia diz – como disse dos acusados no “mensalão” – de que tudo está errado e o status quo é perverso, mau e contrário aos direitos do povo brasileiro?
Não é preciso ser radical ou furioso, mas é preciso ser firme e claro.
Os líderes políticos – e os governos que sob sua liderança se erigem – têm um papel didático e mobilizador a desempenhar para com o povo brasileiro.
Sem bandeiras, ele não se une, mas está pronto a unir-se quando estas se levantam, mesmo que absolutamente “contra a maré”, como ocorreu nestes casos.
Precisamos, urgentemente, de uma “vaquinha cívica” pelo Brasil.
Pelo projeto de afirmação que se expressa no desenvolvimento, onde o Estado – e apenas ele – é o fio condutor de políticas eficazes e justas, porque o “santo mercado” é, historicamente, incapaz e mesquinho para tudo o que não seja dinheiro rápido e cego para qualquer visão estratégica de Nação.
Assistimos o Estado brasileiro e suas ferramentas de progresso econômico – a Petrobras, o BNDES, a Caixa, a Eletrobras, o Banco Central – serem diariamente massacradas nos jornais e nas tevês e não vemos, quase nunca fora das campanhas eleitorais, buscar-se a solidariedade da população.
Uma solidariedade que existe e que vive adormecida pela incapacidade – ou opção errônea – de não ser anunciada aos quatro ventos, em lugar de serem gaguejadas explicações e “desculpas” aos senhores do poder real: o poder econômico.
Uma solidariedade que precisa ser despertada, sob pena de que também os nossos sonhos venham a ser condenados.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Petrobras recebe multa de 10 milhões, da Justiça do Trabalho por não respeitar a Lei de Greve. Partido dos Trabalhadores, nós mandamos ou não mandamos nesta estatal?

A Petrobras recebeu multa de 10 milhões, da Justiça do Trabalho do Rio de Janeiro, por não respeitar a Lei de Greve, por fatos ocorridos em 2009. Ninguém me perguntou, é claro, mas a respeito eu digo o que segue.
O Serviço de Alto Falantes Ornitorrinco cumprimenta os petistas descabelados presentes nesta fedorenta quermesse em louvor de Nossa Senhora dos Gerentes Petistas Pragmáticos Que Vergonhosamente Mudaram de Lado e lembra que o Gerente Geral de RH da Petrobras, Diego Hernandez, o Gerente Geral de Comunicação, Wilson Santarosa e o Gerente ou Assessor de Relações Sindicais da Presidência (e ex-presidente da empresa), José Eduardo Dutra são todos ex-sindicalistas que eu conheci quando era um militante cutista menor e desimportante. Lembro deles todos em inúmeras reuniões de preparação e organização de greves - e foram muitas - mas constato que estes jaguaras mudaram de lado, e me sinto envergonhado por eles.
O PT manda na Petrobras desde 2003, certo? Não, não manda porra nenhuma, porque os jaguaras que nomeamos decidiram ser gerentes movidos a bonus financeiros e NÃO OUSAM ENFRENTAR A ENGENHEIRADA ARROGANTE QUE MANDA DE FATO, subordinada aos interesses dos acionistas que querem, como é próprio, ganhar muita grana, mesmo que cerca de 15 trabalhadores morram por ano nas instalações da empresa.
Ficamos assim, companheiros e companheiras da estrelinha: tem um monte de jaguaras cutistas e petistas sendo coniventes com as práticas antissindicais da Petrobras.
QUE NOJO EU TENHO DE VOCÊS, SEUS MERDAS DO PRAGMATISMO BEM PAGO, QUE NOJO!
Vou repetir os nomes: Diego Hernandez, Wilson Santarosa e José Eduardo Dutra.
E não são os únicos, tem um monte de outros jaguaras sarnentos.

sábado, 11 de janeiro de 2014

14 verdades demolidoras sobre o Mentirão

Copiei do Diálogo Frágil


14 verdades demolidoras sobre o Mentirão
por Miguel do Rosário


Mentirão continua ruindo

A Ação Penal 470 é um momento triste do judiciário brasileiro, porque corresponde ao que juristas sérios chamam de espetacularização da justiça. A única coisa “boa” que os próprios ministros do STF, e mesmo a imprensa, conseguem falar sobre o julgamento do mensalão é que ele seria um “exemplo”, correspondendo a uma sinalização de que a justiça brasileira agora prenderia também “ricos e poderosos”. Ou seja, a única lógica do julgamento, é a do linchamento, de um lado, e do justiçamento, de outro. Os grupos de extermínio que agiam na ditadura também agiam com vistas a darem um “exemplo”.
É uma falácia, contudo. O mensalão não prendeu ninguém rico e poderoso. Os que são ricos não são poderosos. Alguns tinham poder em função do cargo político que ocuparam, democraticamente, como Dirceu. Mas o poder de um ministro se esgota quando ele sai do cargo. Não existe ex-ministro poderoso. Dirceu continuou influente, não poderoso. E nenhum dos petistas presos são ricos. Ao contrário. Genoíno, por exemplo, é um dos parlamentares mais pobres do Congresso Nacional.
O problema da Ação Penal 470 é que ela inverteu a lógica da justiça moderna e trouxe de volta a da inquisição. Não importava mais a existência ou não de provas. Os réus tinham de ser condenados porque já tinham sido julgados pela mídia. Qualquer recuo seria considerado uma derrota da mídia, e por isso esta usou todos os seus recursos. Pela mesma razão, o encarceramento dos réus lhe despertou os sentimentos mais sádicos, que jamais vimos por ocasião de outros políticos.
Felizmente, a democracia tem suas vacinas, e a questão política, conforme vai sendo posta de lado, dá lugar ao questionamento de ordem jurídica. Os erros e arbitrariedades da Ação Penal 470 são tantos e tão grosseiros que não podem se tornar jurisprudência, sob o risco de se voltar inclusive para os mesmos que patrocinaram a farsa. Por isso, dia ou outro, a farsa vai ruir. Ela se sustenta no senso comum construído pelos meios de comunicação.
Hoje, por exemplo, divulgou-se outra série de argumentos, todos fundamentados em farta documentação, sobre as mentiras da Ação Penal 470. Foram preparados, desta vez, pela equipe de comunicação de José Dirceu.
Confira as imagens abaixo, com calma. Qualquer dúvida, comente, para que nós ou outros leitores, possamos responder.