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Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Um julgamento de exceção (para ler, entretanto, separe-se dos bandos de linchadores)

O Serviço de Alto Falantes Ornitorrinco cumprimenta os presentes nesta grandiosa e tétrica quermesse em louvor de São Joaquim Barbosa dos Linchamentos e reparte este texto, que é longo mas vale a leitura. Um exame de que explica que, de fato e ao fim e ao cabo, o julgamento do mensalão foi mesmo de exceção. Não precisa ser petista, ou simpatizante deste governo. Basta separar-se dos bandos de linchadores e refletir um pouquinho. 
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Copiei de Brasil 247
LUIZ MOREIRA
Não se atribui ao Poder Judiciário o “fazer” justiça. O que se lhe atribui é o desempenho de um papel previamente estabelecido, pelo qual “fazer justiça” significa o cumprimento correto dos procedimentos estabelecidos pelo ordenamento jurídico
Em “Profanação e justiça concreta na Suprema Corte”, artigo publicado no Portal Carta Maior, o Governador Tarso Genro retoma a questão do chamado julgamento do mensalão, corrigindo, porém, uma visão, presente em artigo anterior, segundo a qual o julgamento seria “devido”, “legal” e legítimo”. Conforme seu entendimento, o STF teria a possibilidade de “condenar sem provas como absolver com provas”. Se, entretanto, é alterado o diagnóstico sobre a correção do julgamento, a meu sentir, permanecem insatisfatórias as razões que justificam a condenação dos chamados “réus políticos”. São essas razões que me interessam.
Começo com uma afirmação muitas vezes repetida durante este julgamento e que é pronunciada como “mantra” pelos juristas no Brasil: “cabe ao STF errar por último”. Esse poder de errar por último blindaria suas decisões à crítica, tornando-as indisponíveis, inquestionáveis. Disso decorre outro dogma segundo o qual “decisões judiciais não se discutem, cumprem-se”. Essas posições indicam clara supremacia judicial, resultando em protagonismo do sistema de justiça sobre os poderes políticos.
Creio que posições como essas são inconciliáveis com regimes democráticos, servindo de fundamento à confusão proposital que se faz entre Estado de Direito e Democracia, ou entre Estado de Direito e Estado Democrático de Direito, como se, no caso brasileiro ou em todos os demais, as ditaduras do século XX não tivessem sido todas constitucionais, mantidas com estrita colaboração do sistema de justiça, isto é, pelo Judiciário e pelo Ministério Público.
Um dos temas mais candentes nas democracias são o exercício legítimo do poder e o modo que se realiza sua contenção. Estabelecem-se assim uma estrutura majoritária (a política) e uma contra majoritária (a judiciária). Desse modo, as democracias têm uma organização horizontal do poder pela qual direitos são reconhecidos pelos poderes políticos e defendidos pelo sistema de justiça. Há assim uma tarefa positiva e outra, de contenção. Essa estrutura horizontal é apenas um modo de estruturação do poder. A questão democrática se insere na medida em que esse poder se subordina aos cidadãos, numa estrutura verticalizada. Assim, emana da democracia uma divisão de tarefas pela qual direitos são reconhecidos por uma estrutura majoritária em que as deliberações provenientes dos poderes representativos constatam as diversas e, por vezes, contraditórias manifestações de vontade. A isso se chama “soberania popular” e é esta que torna legítimo o poder estatal.
O dever de contenção é o exercido pelo sistema de justiça. Nesse sentido, a tarefa do Judiciário é a de garantir que os direitos e as garantias fundamentais sejam efetivados enquanto perdurar o marco jurídico que os instituiu. Assim, o judiciário é, por definição, garantista. Nesta seara uma diferenciação foi introduzida, no Brasil em 1988, com as prerrogativas conferidas ao Ministério Público, pelas quais lhe cabe promover direitos. Portanto, o sistema de justiça detém uma divisão de tarefas, cabendo ao Judiciário agir conforme um padrão de inércia e ao ministério público o de promover as ações necessárias ao cumprimento das obrigações jurídicas.
Essa diferenciação é especialmente relevante em duas searas, ou seja, no direito penal e no direito tributário, pois, como se trata da defesa da liberdade e da propriedade, as funções se especializam em decorrência da exigência de as vedações estarem rigorosamente previstas no ordenamento jurídico. Na seara penal, o Judiciário age como a instância que garante as liberdades dos cidadãos, exigindo que o acusador demonstre de forma inequívoca o que alega. Assim, a estrutura se realiza de modo dicotômico: (I) ao acusador cabe produzir o arsenal probatório apto a produzir a condenação e (II) aos cidadãos é deferida a perspectiva de defender-se com os meios que lhe estiveram ao alcance. Constrói-se, nesses casos, uma imunidade conceitual erguida para salvaguardar as liberdades do cidadão ante o poder persecutório do acusador.
Ora, como é o Estado que promove a acusação, por intermédio de um corpo de servidores constituído especificamente para este fim, o Judiciário se distancia da acusação e passa a submeter à acusação ao marco da legalidade estrita, de modo que método e instrumento de suas atuações sejam diferentes. Isso ocorre para garantir às liberdades um padrão institucional que tem, no sistema de justiça, o Judiciário como seu guardião.
É essa divisão de tarefas que propicia legitimidade ao sistema de justiça. Caso contrário, por que as decisões judiciais seriam cumpridas? Por que elas seriam respeitadas? Por que então os próprios cidadãos ou entes da sociedade civil não resolveriam por si mesmos tais conflitos? É o reconhecimento ao desempenho de um papel garantista que confere ao Judiciário o acolhimento de suas decisões. Já o reconhecimento à atuação do ministério público se vincula à promoção das obrigações jurídicas.
Desse modo, não se atribui ao Poder Judiciário o “fazer” justiça. O que se lhe atribui é o desempenho de um papel previamente estabelecido, pelo qual “fazer justiça” significa o cumprimento correto dos procedimentos estabelecidos pelo ordenamento jurídico. Portanto, fazer justiça é o desincumbir-se de uma correção procedimental. Certamente, a legitimidade do sistema de justiça decorre de sua atuação técnica e de sua vinculação a uma ordem jurídica legítima, na qual as obrigações jurídicas são democraticamente formuladas. Justifica-se o cumprimento das obrigações jurídicas e das decisões judiciais pela expectativa de que estas sejam validamente imputáveis e que tal imputação se realize conforme uma correção procedimental não sujeita a humores, a arbitrariedades ou a imprevisibilidades.
Embora o desempenho desses papéis seja formalmente estabelecido, eles não existem para si, não são ensimesmados. Ao contrário, existem por se circunscreverem a uma autorização expressa dos cidadãos que lhe infundem legitimidade. É assim que Montesquieu se vincula a Locke, submetendo o exercício horizontal do poder à democracia, isto é, à soberania popular. Demonstra-se, assim, que são a previsibilidade e a imputabilidade universal das obrigações que legitimam a atuação do poder judiciário e o conforma a um papel previamente delimitado. Assim, é absolutamente incompatível com o regime democrático um Judiciário que paute suas decisões por critérios extrajurídicos, conforme uma tradição aristocrática.
Embora tenha redefinido sua posição, no sentido de amenizar as faculdades conferidas por ele ao Judiciário, em artigo anterior, “Mensalão e exceção: Carl Schmitt e Levandowski”, o Governador Tarso Genro se inclina a caracterizar as faculdades conferidas ao Judiciário como exercício ilimitado e arbitrário do poder. Diz ele: “No Estado Democrático de Direito, a ideologia do Magistrado ‘seleciona’ a doutrina jurídica, que ampara a decisão. Na ditadura (ou na ‘exceção’) esta escolha é sufocada pelo olhar do Líder, através da Polícia. A Teoria do Domínio Funcional dos Fatos foi, portanto, uma escolha ideológica, feita para obter dois resultados: condenar os réus e politizar o julgamento”.
Diversamente, sustento que cabe ao Judiciário circunscrever-se ao cumprimento de seu papel constitucional, de se distanciar da tentativa de constatar as vontades, de aplicar ao jurisdicionados os direitos e as garantias fundamentais, sendo, por isso, garantista e contra majoritário. Tenho como incompatível com as modernas exigências de justificação admitir que poderes estatais ajam segundo perspectivas arbitrárias e ensimesmadas.
Penso, no entanto, que durante o julgamento da ação penal 470, o midiatizado caso do “mensalão”, o STF se distanciou do papel que lhe foi confiado pela Constituição de 1988, optando em adotar uma posição não garantista, contornando uma tradição liberal que remonta à Revolução Francesa.
Esses equívocos conceituais transformaram, no meu entender, a ação penal 470 em julgamento de exceção, por não adotar uma correção procedimental, que pode ser delineada nos seguintes termos: (1) pressão pela condenação do réus pelas emissoras de televisão; (2) recusa em reconhecer aos réus o duplo grau de jurisdição; (3) utilização pelo Relator do mesmo método da acusação; (4) opção pelo fatiamento do julgamento; (5) a falta da individualização das condutas e sua substituição por blocos; (6) a ausência de provas e a aplicação dos princípios do direito civil ao direito penal e (7) na dosagem das penas a subordinação de sua quantificação à prescrição.
   
(1) A cobertura das emissoras de televisão, especialmente a Rede Globo, insistia em estabelecer um paralelo entre os réus políticos e a corrupção. Esse paralelo se realizava do seguinte modo: que a necessária condenação dos réus teria papel pedagógico, pois, com ela, obter-se-ia um exemplo a ser utilizado numa campanha midiática. Desse modo, uma concessão do Estado, uma TV aberta, utiliza-se de métodos mercadológicos para definir que cidadãos são culpados justamente no período em que esses cidadãos são julgados. Abriram-se espaços para afirmar a culpa dos réus, sem permitir igual espaço para a defesa. Definido o conteúdo da mensagem (a culpabilidade dos réus), há a massificação dessa mensagem em todos os seus telejornais. Claro está que pressão midiática, patrocinada em TV aberta, cria não apenas um movimento pela condenação de cidadãos sob julgamento, mas visa alinhar a decisão dos juízes à campanha pela condenação desses réus. Assim, foi estabelecida uma correlação entre condenação e combate à corrupção, de modo a estabelecer que os juízes que são contrários à corrupção devem por isso condenar esses réus. Contrariamente, os que absolvem os réus assim o fazem por serem favoráveis à corrupção.
(2) A recusa em reconhecer aos réus o duplo grau de jurisdição. O STF não deferiu aos réus o direito constitucional a ser julgado pelo respectivo juiz natural. No Brasil, apenas alguns cidadãos fazem jus ao chamado foro por prerrogativa de função. Assim, como é corriqueiro no STF, desmembra-se o processo em que sejam réus cidadãos que não têm essa prerrogativa, remetendo-os à instância competente para promover o respectivo julgamento. Portanto, o STF negou à maioria dos réus deste processo o mesmo direito que foi reconhecido a outros réus, nas mesmas condições. Assim, a exceção consiste em criar regras que só valem para alguns réus, exatamente aos que são alcançados pela campanha midiática em prol de suas condenações.
(3) A utilização pelo Relator do mesmo método da acusação. O Relator criou um paralelo entre seu voto e um silogismo. Desse modo, a apreciação individual das condutas e a comprovação das teses da acusação foram substituídas por uma estrutura lógica em que a premissa maior e a premissa menor condicionam a conclusão. Dando formato silogístico a um voto em matéria penal, o Relator vinculou o conseqüente ao antecedente, presumindo-se assim a culpabilidade dos réus por meio não da comprovação da acusação, mas por meio de sua inclusão num círculo lógico (argumento dedutivo), acarretando, assim, violação ao devido processo legal, na medida em que se utiliza de circunstância mais prejudicial ao cidadão, ofendendo-se assim garantias e direitos fundamentais, mas também as normas processuais penais de regência da espécie.
(4) Com o propósito de garantir a supremacia de uma ficção foi estabelecida a narração como método em uma ação penal. Como no direito penal exige-se a demonstração cabal das acusações, essa obra de ficção foi utilizada como fundamento penal. Em muitas ocasiões no julgamento foi explicitada a ausência de provas. Falou-se até em um genérico "conjunto probatório", mas nunca se apontou que prova, em que folhas, o dolo foi comprovado. Foi por isso que se partiu para uma narrativa em que se gerou uma verossimilhança entre a ficção e a realidade. Estabelecida a correspondência, passou-se ao passo seguinte que era o de substituir o exame da acusação pela comprovação das teses da defesa. Estava montado assim o método aplicado nesse processo, o de substituir a necessária comprovação das teses da acusação por deduções, próprias ao método narrativo.
(5) Como se trata de uma ficção, o método narrativo não delimita a acusação a cada um dos réus, nem as provas, limita-se a inseri-los numa narrativa para, após a narrativa, chegar à conclusão de sua condenação em blocos. O direito penal é o direito constitucional do cidadão em ter sua conduta individualizada, saber exatamente qual é a acusação, saber quais são as provas que existem contra ele e ter a certeza de que o juiz não utiliza o mesmo método do acusador. É por isso que cabe à acusação o ônus da prova e que aos cidadãos é garantida a presunção de inocência. Nesse processo, a individualização das condutas e a presunção de inocência foram substituídas por uma peça de ficção que exigiu que os acusados provassem sua inocência.
(6) Por diversas vezes se disse que as provas eram tênues, que as provas eram frágeis. Como as provas não são suficientes para fundamentar condenações na seara penal, substituíram o dolo penal pela culpa do direito civil. A inexistência de provas gerou uma ficção que se prestou a criar relações entre as partes de modo que se chegava à suspeita de que algo houvera ali. Como essa suspeita nunca se comprovou, atribuíram forma jurídica à suspeita, estabelecendo penas para as deduções. Com isso bastava arguir se uma conduta era possível de ter sido cometida para que lhe fosse atribuída veracidade na seara penal. As deduções realizadas são próprias ao que no direito se chama responsabilidade civil, nunca à demonstração do dolo, exigida no direito penal, e que cabe exclusivamente à acusação.
(7) Na dosagem das penas a subordinação de sua quantificação à prescrição. Durante o julgamento, o advogado Hermes Guerreiro sugere da tribuna que o tribunal adotasse a pena aplicada pelo Ministro César Peluso. Imediatamente o Relator o refutou, defendendo sua não aplicação, pois, nesse caso, a pena estaria prescrita. Assim, fica evidenciada que o Relator condiciona a definição da pena não à pretensão punitiva, mas à execução da pena. Quando cidadãos são condenados, concatenam-se procedimentos. Aplicam-se-lhes as penas cominadas à espécie, verificando-se a existência de circunstâncias que a minoram ou a aumentam. Por se tratar de seara penal, o juiz não tem margem para arbitrariedades, para definir a pena segundo sua vontade. Uma vez definida a pena, condizente com as especificidades do caso e as particularidades do cidadão, o passo seguinte é o de sua execução. Quando se executa a pena é que se verifica sua viabilidade. Nesta passagem ficou demonstrado que o Relator subordinou a dose da pena à sua viabilidade. Outra demonstração que ratifica esse vício jurídico, e que evidencia que não se trata de mero acidente, ocorreu quando o Relator aplicou, a um dos réus, lei não vigente à época dos fatos sancionados. Alertado pelo Ministro Ricardo Lewandowski de que o princípio da irretroatividade da lei penal não estava sendo observado, o Relator substituiu a lei mais recente pela que regia o caso, mantendo, porém, a mesma penalidade. Ocorre que na lei anterior os fatos cominados tinham sanção menor. Como justificar a manutenção da mesma pena quando as cominações eram diferentes? Essa contradição se explica apenas pela subordinação da dose da pena à sua viabilidade. Uma vez mais fica demonstrada a incorreção procedimental, o que mais uma vez evidencia tratar-se de um julgamento de exceção.

Recadinho para meus netos

Copiei a imagem de Nadia Brixner
(foto de joka madruga)
 

Hiago, Luna, German, João, Catarina, Mariana e quem está na barriga de Rosana e no coração de Paulo, eu sei, vivem outra realidade, outras circunstâncias, mas tenho certeza que serão homens e mulheres de luta, de enfrentar o que está errado e de consertar o mundo, cada um do seu jeito e segundo o seu entendimento.
Lá adiante, mirem-se neste exemplo perfeito, piazada e, se possível, lembrem deste velhote ranzinza.
(Vô Paulo, 31 de outubro de 2012, Dia do Saci) 

Sem Terrinhas ocupam nesse momento 16 Núcleos de Educação e a SEED no Paraná

 Copiei de Nádia Brixner
MST mostra mais uma vez seu poder de mobilização!!!
Aproximadamente 3 mil crianças do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocupam nesse momento 16 Núcleos Regionais de Educação (NRE), além da Secretaria Estadual de Educação do Estado do Paraná (SEED).
A mobilização dos Sem Terrinhas que iniciou nessa terça-feira (30/10) nos assentamentos e acampamentos, faz parte da Jornada Nacional de Luta dos Sem Terrinha e tem por objetivo denunciar a ausência do governo municipal e estadual no atendimento as demandas da educação no campo e também pressioná-lo à atender a pauta de reivindicações do movimento.
Entre as reivindicações principais estão:
Construção, reforma e ampliação de Colégios Estaduais em Assentamentos, que ofereçam educação profissionalizante e técnico, garantindo toda estrutura necessária para dar qualidade ao ensino.
Atendimento apropriado às crianças com necessidades especiais nas Escolas Itinerantes.
Garantia de transporte escolar seguro e suficiente para os estudantes.
Melhores condições de trabalho aos professores, garantindo o deslocamento dos mesmos até as escolas.
Melhoria da merenda escolar, sendo no mínimo 30% da agricultura familiar.
A mobilização busca também, denunciar o fechamento de escolas no campo. Nos últimos anos, foram fechadas mais de 24 mil escolas rurais em todo o Brasil, sendo que só no Paraná na década de 2000, foram fechadas 44% das escolas da zona rural.
Segundo informações da coordenação do setor de educação do MST, a ocupação dos NRE e da SEED só vai encerrar quando a pauta for atendida.

Mais informações: Riquieli (41)98078324/ 33247000
Sem Terrinhas ocupam nesse momento 16 Núcleos de Educação e a SEED no Paraná

    MST mostra mais uma vez seu poder de mobilização!!!
Aproximadamente 3 mil crianças do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocupam nesse momento 16 Núcleos Regionais de Educação (NRE), além da Secretaria Estadual de Educação do Estado do Paraná (SEED).
    A mobilização dos Sem Terrinhas que iniciou nessa terça-feira (30/10) nos assentamentos e acampamentos,  faz parte da Jornada Nacional de Luta dos Sem Terrinha e tem por objetivo denunciar a ausência do governo municipal e estadual no atendimento as demandas da educação no campo e também pressioná-lo à atender a pauta de reivindicações do movimento. 
    Entre as reivindicações principais estão:
Construção, reforma e ampliação de Colégios Estaduais em Assentamentos, que ofereçam educação profissionalizante e técnico, garantindo toda estrutura necessária para dar qualidade ao ensino.
Atendimento apropriado às crianças com necessidades especiais nas Escolas Itinerantes.
Garantia de transporte escolar seguro e suficiente para os estudantes.
Melhores condições de trabalho aos professores, garantindo o deslocamento dos mesmos até as escolas.
Melhoria da merenda escolar, sendo no mínimo 30% da agricultura familiar.

    A mobilização busca também, denunciar o fechamento de escolas no campo. Nos últimos anos, foram fechadas mais de 24 mil escolas rurais em todo o Brasil, sendo que só no Paraná na década de 2000, foram fechadas 44% das escolas da zona rural.
    Segundo informações da coordenação do setor de educação do MST, a ocupação dos NRE e da SEED só vai encerrar quando a pauta for atendida.
    
Mais informações: Riquieli (41)98078324/ 33247000

Na guerra entre polícia e PCC, vítima é o estado de direito

Copiei do Sem Juízo

Ainda vamos compreender que repressão desmedida não favorece a redução da criminalidade, só a aumenta

O governador Geraldo Alckmin tem afirmado que nas ações policiais só morre quem reage. Seu secretário de segurança diz que há muita fantasia sobre as atividades do PCC.

Mas com base no volume de mortes de policiais e de outras tantas aparentes execuções no Estado, a imprensa tem retratado um verdadeiro clima de guerra entre a PM e a facção criminosa.

No meio do tiroteio vai ficar o próprio estado de direito.

Não podemos entender como normal que policiais a nosso serviço sejam assassinados por vingança, nem criar estruturas oficiais ou paralelas de execução por causa disso.

Atenuar a existência de uma quadrilha organizada não faz com que o crime diminua –o próprio PCC já foi dado como extinto outras vezes pelo mesmo governo, sem sucesso.

Mas a violência policial também não é forma legítima para reagir a qualquer espécie de crime –só contribui para aumentar ainda mais a escalada da violência.

Quando o país teve por política o uso frequente de torturas e execuções para proteger a “segurança nacional”, nós nos vimos mergulhados em uma feroz ditadura por mais de vinte anos.

As consequências de toda violência são profundas e irreversíveis, sobretudo para suas vítimas. Mas nenhum crime é capaz de pagar por outro.

Membros da mesma facção criminosa já foram condenados pelo covarde homicídio de um juiz de direito em São Paulo. Agora é a violência policial que vai ao banco dos réus pelo bárbaro assassinato de uma juíza no Rio de Janeiro.

O discurso conservador surfa na onda do medo criado pela alta na criminalidade, estimulado fortemente na mídia. Mas as soluções que propõe são justamente aquelas que produzem os resultados mais desastrosos.

A rigidez trazida pela Lei dos Crimes Hediondos fez dobrar a população carcerária no Estado em dez anos, sem reduzir em nada os crimes que levaram a maior parte dos réus à cadeia.

O severo regime disciplinar diferenciado mais reforçou do que coibiu o fortalecimento das facções –é só ver o que o era o PCC antes e depois da criação do RDD.

A ideia recorrente de que prisão deve ser transformada em um profundo sofrimento e mal-estar (como se atualmente fosse “um hotel cinco estrelas”) só aprofunda a precarização da situação carcerária.

A imensa omissão do Estado na conservação dos direitos dos presos é o grande estimulador dos comandos internos, por meio dos quais líderes subjugam os mais fracos e vendem vantagens e proteções.

A prisionalização excessiva de jovens primários por crimes menos graves fornece, enfim, um enorme exército de mão de obra para vitaminar as facções. O crime organizado agradece.

Em algum momento vamos compreender que a repressão desmedida não favorece a redução da criminalidade, só a aumenta. Que não seja tarde demais. (Marcelo Semer)

Rélouin é o cacete: Viva o Saci Pererê!

31 DE OUTUBRO: DIA DO SACI PERERÊ

Copiei a imagem da Wikipédia
Ficheiro:Saci Perere por Marconi.jpg 
Saci Pererê por Jean Marconi

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Metade dos medicamentos na França são inúteis, diz pesquisa. E no Brasil, por que seria diferente?

Copiei do Com Texto Livre

Metade dos medicamentos na França são inúteis, diz pesquisa

Indústria Farmacêutica contra a Parede - Pesquisa examina 4 mil medicamentos na França e mostra que metade deles são inúteis
Levantamento realizado por pesquisadores franceses mostra que metade de todos os medicamentos prescritos por médicos na França são inúteis, 20% apresentam riscos aos  pacientes e 5% são perigosos. Os autores do Guia dos Medicamentos, os médicos Philippe Even e Bernard Debré, dedicam 900 páginas para mostrar os resultados de uma avaliação que examinou 4 mil medicamentos e os categorizaram em três diferentes grupos: úteis, inúteis e perigosos. Segundo Even e Debré, o governo francês economizaria mais de 10 bilhões de euros ao ano caso retirasse da lista do sistema de saúde os medicamentos considerados tecnicamente supérfluos ou que apresentam riscos. Isso ainda poderia prevenir mais de 20 mil mortes causadas pelo uso de medicamentos e reduzir até 100 mil internações em hospitais.
Em entrevista à revista Le Nouvel Observateur, que dedicou um dossiê de dez páginas sobre o guia em setembro, Even, que também é diretor do Instituto de Pesquisa Necker, disse que a publicação se baseia em informação científica, e que é resultado da análise de milhares de outras publicações. Uma das substâncias questionadas no guia é a estatina, usada no tratamento contra o colesterol alto (o LDL, considerado maléfico em níveis altos no organismo) e aterosclerose. De acordo com os autores, as estatinas são “engolidas” por 3 a 5 milhões de franceses e custam cerca de 2 bilhões de euros por ano ao Estado. Para Even e Debré, esta droga é “completamente desnecessária”. A “lista negra” ainda inclui anti-inflamatórios e medicamentos usados para problemas cardiovasculares, diabetes, osteoporose, contracepção, dores musculares e aqueles que são vendidos para acabar com o vício à nicotina.
Philippe Even and Bernard Debré (AFP Photo/Daniel Janin/Bertrand Guay)
Philippe Even and Bernard Debré (AFP Photo/Daniel Janin/Bertrand Guay)
A repercussão do estudo ainda está preservada na França, onde, porém, tem provocado revolta de médicos e setores da indústria farmacêutica. Enquanto os autores tentam mostrar o quanto a indústria farmacêutica é a “mais lucrativa, cínica e menos ética das indústrias”, a Federação Francesa de Alergia, por exemplo, afirma que “este livro pode provocar mortes e se baseia em afirmações não comprovadas”. Em outubro, jornais da França trouxeram a polêmica à tona, com manchetes repercutindo as listas dos medicamentos inúteis e dos perigosos. O Le Figaro, por exemplo, dedicou seis reportagens, entre setembro e outubro, para abordar o estudo. Em uma delas, fala-se em um “livro chocante” e, na mais recente, já se menciona o “incrível sucesso do Guia de Medicamentos”.
“O capitalismo tornou-se essencialmente especulativo, visando a rentabilidade. Gerentes de empresas exigem 20% de rendimento por ano, condenando-se a políticas de curto prazo absolutamente contraditórias, com a descoberta de novas drogas, que demandam pelo menos dez anos”, explicou Philippe Even à Observateur, ao ser questionado sobre a lógica das indústrias farmacêuticas em relação à criação de novos medicamentos. Mais adiante, Even completa: “Para ganhar mais dinheiro, a indústria tem tentado estender a toda França a ampliação das definições de doenças. E todos nós nos tornamos, assim, os hipertensos, os diabéticos, ou com hipercolesterolemia, com osteoporose. Os laboratórios, com o apoio de muitos especialistas, tem aumentado tratamentos preventivos, dados por 10 a 30 anos, para pessoas saudáveis, para prevenir doenças que jamais terão”.
Ainda sobre a indústria farmacêutica, Even explica que ela alega que gasta 5% para a pesquisa, 15% para o desenvolvimento e 10% para a fabricação, totalmente terceirizada na Índia ou no Brasil. “O setor de saúde está entre os mais lucrativos. Onde está a moralidade? Ele falha por um marketing e por um tráfico de influências para os quais investe nada menos do que 45% do seu volume de negócios”. O dossiê traz, também, artigos sobre a eficácia contestada dos medicamentos usados para o combate ao colesterol e a chamada Síndrome de Sissi, um transtorno descoberto em 1998, na Alemanha. Ele ocorre quando pessoas depressivas encobrem seu abatimento com um comportamento ativo e positivo diante da vida.
Em entrevista ao jornal britânico The Guardian , Even disse que a maioria das drogas criticadas no livro são produzidas por laboratórios franceses. Ele acusa a indústria farmacêutica de “empurrar” medicamentos a médicos que, depois, empurra-os para os pacientes. “É como um polvo com tentáculos que infiltrou todo o poder de decisão de organizações mundiais de saúde, governos, parlamentos, altas administrações em saúde e hospitais e da profissão médica”.
Capa da Observateur com dossiê especial sobre o estudo dos médicos franceses
Segundo o The Guardian, o consumo francês de medicação é de 36 bilhões de euros por ano, cerca de 532 euros por pessoa que tem uma média de 47 caixas de medicamentos por ano. O Estado cobre 77% do custo. Já na Inglaterra, o gasto com medicamentos chega a 271 libras por pessoa. Ao jornal, Even afirma que, ainda na Inglaterra, as pessoas tem a mesma expectativa de vida do que na França, aproximadamente 80 anos, e não são menos saudáveis, apesar do gasto ser menor com medicamentos.
"Nos últimos 40 anos os pacientes foram informados de que os medicamentos são necessários para eles. Então as pessoas pedem por eles. Hoje temos médicos que querem dar às pessoas medicamentos e pessoas doentes que pedem medicamentos. Não há nada de objetivo ou realista sobre isso”, completou Even durante a entrevista.
No site da Observateur, é possível visualizar um infográfico, em francês, com os 58 medicamentos considerados perigosos, segundo o Guia de Medicamentos. Clique aqui.
A reportagem completa do The Guardian pode ser acessada aqui.
E as reportagens sobre o levantamento no Le Figaro podem ser acessadas aqui.
Bruno de Pierro, do Brasilianas.org / com agências internacionais
No Advivo

E aí petistas, e aí meus companheiros e companheiras, vocês farão apenas a contagem de quantas prefeituras conseguimos e de quantos vereadores elegemos? O jogo se esgota nisso?

Copiei de Com Texto Livre

Nunca houve tanto ódio na mídia conservadora do Brasil

Os textos de Demétrio Magnoli, Ricardo Noblat, Merval Pereira, Reinaldo Azevedo, Augusto Nunes, Eliane Catanhede, entre outros, são fontes preciosas para as futuras gerações de jornalistas e estudiosos da comunicação entenderem o que Perseu Abramo chamou apropriadamente de “padrões de manipulação” na mídia brasileira
 
Os brasileiros no exterior que acompanham o noticiário brasileiro pela internet têm a impressão de que o país nunca esteve tão mal. Explodem os casos de corrupção, a crise ronda a economia, a inflação está de volta, e o país vive imerso no caos moral. Isso é o que querem nos fazer crer as redações jornalísticas do eixo Rio – São Paulo. Com seus gatekeepers escolhidos a dedo, Folha de S. Paulo, Estadão, Veja e O Globo investem pesadamente no caos com duas intenções: inviabilizar o governo da presidenta Dilma Rousseff e destruir a imagem pública do ex-presidente Lula da Silva. Até aí nada novo.
Foto: Demétrio Magnoli, representante do Instituto Millenium (reprodução)
Tanto Lula quanto Dilma sabem que a mídia não lhes dará trégua, embora não tenham – nem terão – a coragem de uma Cristina Kirchner de levar a cabo uma nova legislação que democratize os meios de comunicação e redistribua as verbas para o setor. Pelo contrário, a Polícia Federal segue perseguindo as rádios comunitárias e os conglomerados de mídia Globo/Veja celebram os recordes de cotas de publicidade governamentais. O PT sofre da síndrome de Estocolmo (aquela na qual o sequestrado se apaixona pelo sequestrador) e o exemplo mais emblemático disso é a posição de Marta Suplicy como colunista de um jornal cuja marca tem sido o linchamento e a inviabilização política das duas administrações petistas em São Paulo.
O que chama a atenção na nova onda conservadora é o time de intelectuais e artistas com uma retórica que amedronta. Que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso use a gramática sociológica para confundir os menos atentos já era de se esperar, como é o caso das análises de Demétrio Magnoli, especialista sênior da imprensa em todas as áreas do conhecimento. Nunca alguém assumiu com tanta maestria e com tanta desenvoltura papel tão medíocre quanto Magnoli: especialista em políticas públicas, cotas raciais, sindicalismo, movimentos sociais, comunicação, direitos humanos, política internacional… Demétrio Magnoli é o porta-voz maior do que a direita brasileira tem de pior, ainda que seus artigos não resistam a uma análise crítica.
Agora, a nova cruzada moral recebe, além dos já conhecidos defensores dos “valores civilizatórios”, nomes como Ferreira Gullar e João Ubaldo Ribeiro. A raiva com que escrevem poderia ser canalizada para causas bem mais nobres se ambos não se deixassem cativar pelo canto da sereia. Eles assumiram a construção midiática do escândalo, e do que chamam de degenerescência moral, com o fato. E, porque estão convencidos de que o país está em perigo, de que o ex-presidente Lula é a encarnação do mal, e de que o PT deve ser extinguido para que o país sobreviva, reproduzem a retórica dos conglomerados de mídia com uma ingenuidade inconcebível para quem tanto nos inspirou com sua imaginação literária.
Ferreira Gullar e João Ubaldo Ribeiro fazem parte agora daquela intelligentsia nacional que dá legitimidade científica a uma insidiosa prática jornalística que tem na Veja sua maior expressão. Para além das divergências ideológicas com o projeto político do PT – as quais eu também tenho -, o discurso político que emana dos colunistas dos jornalões paulistanos/cariocas impressiona pela brutalidade. Os mais sofisticados sugerem que a exemplo de Getúlio Vargas, o ex-presidente Lula cometa suicídio; os menos cínicos celebraram o “câncer” como a única forma de imobilizá-lo. Os leitores de tais jornais, claro, celebram seus argumentos com comentários irreproduzíveis aqui.
Quais os limites da retórica de ódio contra o ex-presidente metalúrgico? Seria o ódio contra o seu papel político, a sua condição nordestina, o lugar que ocupa no imaginário das elites? Como figuras públicas tão preparadas para a leitura social do mundo se juntam ao coro de um discurso tão cruel e tão covarde já fartamente reproduzido pelos colunistas de sempre? Se a morte biológica do inimigo político já é celebrada abertamente – e a morte simbólica ritualizada cotidianamente nos discursos desumanizadores – estaríamos inaugurando uma nova etapa no jornalismo lombrosiano?
Para além da nossa condenação aos crimes cometidos por dirigentes dos partidos políticos na era Lula, os textos de Demétrio Magnoli , Marco Antonio Villa, Ricardo Noblat , Merval Pereira, Dora Kramer, Reinaldo Azevedo, Augusto Nunes, Eliane Catanhede, além dos que agora se somam a eles, são fontes preciosas para as futuras gerações de jornalistas e estudiosos da comunicação entenderem o que Perseu Abramo chamou apropriadamente de “padrões de manipulação” na mídia brasileira. Seus textos serão utilizados nas disciplinas de ontologia jornalística não apenas com o exemplos concretos da falência ética do jornalismo tal qual entendíamos até aqui, mas também como sintoma dos novos desafios para uma profissão cada vez mais dominada por uma economia da moralidade que confere legitimidade a práticas corporativas inquisitoriais vendidas como de interesse público.
O chamado “mensalão” tem recebido a projeção de uma bomba de Hiroshima não porque os barões da mídia e os seus gatekeepers estejam ultrajados em sua sensibilidade humana. Bobagem! Tamanha diligência não se viu em relação à série de assaltos à nação empreendidos no governo do presidente sociólogo! A verdade é que o “mensalão” surge como a oportunidade histórica para que se faça o que a oposição – que nas palavras de um dos colunistas da Veja “se recusa a fazer o seu papel” – não conseguiu até aqui: destruir a biografia do presidente metalúrgico, inviabilizar o governo da presidenta Dilma Rousseff e reconduzir o projeto da elite ‘sudestina’ ao Palácio do Planalto.
Minha esperança ingênua e utópica é que o Partido dos Trabalhadores aprenda a lição e leve adiante as propostas de refundação do país abandonadas com o acordo tácito para uma trégua da mídia. Não haverá trégua, ainda que a nova ministra da Cultura se sinta tentada a corroborar com o lobby da Folha de S. Paulo pela lei dos direitos autorais, ou que o governo Dilma continue derramando milhões de reais nos cofres das organizações Globo e Abril via publicidade oficial. Não é o PT, o Congresso Nacional ou o governo federal que estão nas mãos da mídia.
Somos todos reféns da meia dúzia de jornais que definem o que é notícia, as práticas de corrupção que merecem ser condenadas, e, incrivelmente, quais e como devem ser julgadas pela mais alta corte de Justiça do país. Na última sessão do julgamento da ação penal 470, por exemplo, um furioso ministro-relator exigia a distribuição antecipada do voto do ministro-revisor para agilizar o trabalho da imprensa (!). O STF se transformou na nova arena midiática onde o enredo jornalístico do espetáculo da punição exemplar vai sendo sancionado.
Depois de cinco anos morando fora do país, estou menos convencido por que diabos tenho um diploma de jornalismo em minhas mãos. Por outro lado, estou mais convencido de que estou melhor informado sobre o Brasil assistindo à imprensa internacional. Foi pelas agências de notícias internacionais que informei aos meus amigos no Brasil de que a política externa do ex-presidente metalúrgico se transformou em tema padrão na cobertura jornalística por aqui. Informei-lhes que o protagonismo político do Brasil na mediação de um acordo nuclear entre Irã e Turquia recebeu atenção muito mais generosa da mídia estadunidense, ainda que boicotado na mídia nacional. Informei-lhes que acompanhei daqui o presidente analfabeto receber o título de doutor honoris causa em instituições européias, e avisei-lhes que por causa da política soberana do governo do presidente metalúrgico, ser brasileiro no exterior passou a ter uma outra conotação. O Brasil finalmente recebeu um status de respeitabilidade e o presidente nordestino projetou para o mundo nossa estratégia de uma America Latina soberana.
Meus amigos no Brasil são privados do direito à informação e continuarão a ser porque nem o governo federal nem o Congresso Nacional estão dispostos a pagar o preço por uma “reforma” em área tão estratégica e tão fundamental para o exercício da cidadania. Com 70% de aprovação popular, e com os movimentos sociais nas ruas, Lula da Silva não teve coragem de enfrentar o monstro e agora paga caro por sua covardia.Terá a Dilma coragem com aprovação semelhante, ou nossa meia dúzia de Murdochs seguirão intocáveis sob o manto da liberdade de e(i)mprensa?
Jaime Amparo Alves, jornalista, doutor em Antropologia Social, Universidade do Texas em Austin – amparoalves@gmail.com
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Recurso do governo federal suspende reintegração de posse do território Guarani-Kaiowá

Copiei a imagem de Maju Giorgi

 

Conquista importante, é claro, 
mas a vitória ainda não está garantida.
Todos somos Guarani-Kaiowá!

Câmara de Piracicaba: cidadão é expulso porque recusou levantar-se durante a leitura da bíblia


Leio, estupefacto, que em Piracicaba, nesta segunda (29/10), no início dos trabalhos da Câmara Municipal, "Um homem foi retirado do plenário pela Guarda Civil e pela Polícia Militar porque recusou a se levantar durante a leitura da bíblia no início da sessão ordinária".
Veja o inteiro teor aqui.

O Serviço de Alto Falantes Ornitorrinco vai logo avisando que, em face da obtusidade derivada do fanatismo religioso, a coisa é assim: ajoelhou ou não, tem que rezar!

PIG e eleições 2012: a vã tentativa de gozar com o bigolin ou o clitóris alheios

Os colunistas a soldo do PIG, por não poderem admitir que o PT foi o grande vencedor destas eleições municipais, tratam de enfatizar o crescimento - real e consistente, diga-se - do PSB, e não escondem que estão a torcer para que o governador Eduardo Campos, de Pernambuco, migre para a oposição em 2014.
Como o que lhes resta por ora é a cambaleante candidatura de Aécio Neves, que aspira muita coisa, se me permitem a imagem talvez um pouco grosseira, isso é vã tentativa de gozar com o bigolin ou o clitóris alheios.

New York Times endossa candidatura de Barack Obama

O Serviço de Alto Falantes Ornitorrinco registra que a imprensa norte-americana também está a serviço dos interesses dominantes, e sempre esteve, aliás. 
Mas há pelo menos uma diferença entre a mídia de lá e a nossa: eles não fingem neutralidade, como faz abjetamente o nosso PIG.
Neste caso específico, pra lá de legal o jornalão ter como principal razão de endosso o apoio de Obama ao casamento homossexual, o que me remete ao governo Dilma que, acocorado, se borra de medo da Frente Parlamentar Evangélica.
Se Obama peita fundamentalistas religiosos muito mais organizados, numerosos e poderosos que os nossos, por que o governo do PT não o faz?
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Copiei de Nossos Tons
Num editorial da edição de domingo, o New York Times endossou a candidatura de Barack Obama para a eleição presidencial do dia 06 de novembro nos EUA, citando como principal razão, o apoio do candidato ao casamento homossexual.

Além do apoio de Obama ao casamento igualitário, o jornal citou as políticas sobre o Iraque, a Primavera Árabe, e a intenção do candidato de impedir que leis "como as do Arizona, que procuram transformar os imigrantes ilegais em uma classe de criminosos."

"O presidente Obama tem demonstrado um firme compromisso de usar o governo para ajudar a promover o crescimento. Ele criou políticas orçamentais sensíveis que não são dedicados a proteger os poderosos, e tem trabalhado para salvar a rede de segurança social para proteger os mais fracos ".

"Obama tem resultados impressionantes, apesar do muro implacável de recusa erguido por congressistas republicanos, tão decididos a impedi-lo, que eles se arriscaram a empurrar a nação numa forte depressão".

O endosso cita as reformas da saúde, dizendo que foi "surpreendente" o fato do presidente Obama ter sido capaz de executá-las, apesar da forte oposição republicana. E diz que Obama não deveria ser responsabilizado pela recessão nos EUA, pois sem ele o país teria entrado em outra Grande Depressão: "A economia estava em crateras, quando ele assumiu o cargo em janeiro de 2009. Já em junho foi crescendo, e tem sido assim desde então (embora a uma taxa que decepcione todos), em grande parte graças às intervenções Obama".

O endosso para o presidente Obama ser reeleito em 6 de novembro, termina dizendo: "Por essas e muitas outras razões, com entusiasmo endossamos o presidente Barack Obama para um segundo mandato, e expressamos a esperança de que a sua vitória venha acompanhada por um novo Congresso disposto a trabalhar por políticas que os americanos necessitam."

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Vai-te à merda, PSOL!

Copiei a imagem de Bruno Moreno
  

E o PSOL permanece a imaginar que pode refazer a caminhada e a história do PT mas, no máximo e olhe lá, repete as cagadas que cometemos.
No início, a cara do PSOL era Heloísa Helena, uma espécie de histérico gramofone udeno-trotsquista e agora, putaqueospariu, temos que aguentar merdas como esta de um militante que sempre mereceu o meu respeito.
Vão à merda, psolistas. Juntem-se ao PCO, ao PSTU e ao PCB e tratem que tocar suas punhetas delirantes nos guetos onde vivem suas teorias alucinadas que resultam, no máximo, no patético esfolamento dos diminutos pintinhos de partidecos sem base social, sem eira e nem beira.
Não estou mais no PT mas, permitam-me a dura franqueza, vão à merda!

Por que este filho da puta não falou em mensalão hoje?

Copiei de Janeslei Janes

O ronco dos motores e as viagens de Beto Engomadinho Richa

 Copiei do Crazy Polska
Dica do sempre atento Luis Oliveira, no Facebook 
 
 Desde o inicio da noite de ontem o estado do Paraná foi oficialmente abandonado por seus representantes eleitos. Carlos Alberto Richa está em viagem oficial, seu vice, Flavio Arns também e o substituto deles, o Presidente da ALEP, Valdir Rossoni é mais um que foi viajar.
Que bonito isso, não acha?
Na ausência destes três eleitos democraticamente, quem vai comandar o estado até o próximo dia 9 de novembro é o Desembargador Miguel Kfouri Neto, Presidente do Tribunal de Justiça do Estado.
Qualquer semelhança com a viagem anterior do governador é apenas especulação ou mera coincidência.
Mas vamos especular só um pouquinho.
Em 2011, durante a viagem para a Europa, nosso governador e comitiva estavam com agenda livre bem pertinho da Bélgica, coincidentemente no final de semana que foi realizado o GP de F1 de Spa-Francorchamps.
A viagem atual conta com três destinos: China, Dubai e Itália.
Na China o governador vai trocar uma idéia com empresários do ramo de transmissão de energia, a respeito de  uma grande obra que a Copel vai encarar nos próximos meses.
Em Milão na Itália, O governador vai falar com empresários do setor têxtil e tentar garantir alguns investimentos no estado.
Ótimo, beleza! Eu não vejo nada errado nas viagens oficiais dos chefes de estado. Vão buscar parcerias investimentos e coisas do tipo.
O engraçado é que a paradinha estratégica em Dubai não parece muito relevante. Segundo a Agência de Notícias do Estado, apenas uma única linha para justificar esta parada oficial “estratégica” em Dubai:
“A agenda do governador em Dubai prevê uma reunião com autoridades diplomáticas. “
Coincidentemente, no próximo domingo, dia 4 de novembro, será realizado o GP dos Emirados Árabes Unidos / Abu Dhabi, adivinha onde?
 
Pô “seo” Governador! A gente sabe que você gosta muito de automobilismo e também não existe mal algum em você assistir tantos grandes prêmios quanto quiser. Mas com a grana que a gente paga de impostos não, né!
Usar uma viagem oficial para dar uma esticadinha em Dubai com a desculpa esfarrapada de “Reunião com autoridades diplomáticas” já é achar que eleitor paranaense é muito trouxa mesmo.
O senhor está dando muita bandeira! Melhora a desculpa para o ano que vem.
A propósito. Ano que vem vai assistir in loco o GP de Mônaco, ou vai deixar o melhor de todos para o último ano de mandato?
Polaco Doido

Anjo do Inferno: Madre Teresa de Calcutá

Documentário sobre Madre Teresa de Calcutá, narrado por Christopher Hitchens.

Madre Teresa de Calcutá é uma mulher ainda hoje admirada por muitos, inclusive ateus. Pois aqui está a verdade sobre ela: alguém que tinha interesses apenas em se autopromover (para conseguir uma canonização rápida), que recebeu milhões de dólares sem jamais tê-los aplicado em favor dos mais pobres e que, ao invés disto, o usou apenas para criar conventos por todo o mundo.

O chamado "Lar dos Moribundos", que ela criou na Índia, servia apenas como depósito de seres humanos, os quais não recebiam qualquer cuidado ou medicamentos. Além disto, devido às péssimas condições de higiene do local, muitos que entravam ali com doenças de simples tratamento acabavam saindo mortos.

Uma pessoa, portanto, que está longe de poder ser chamada de "boa".

Cansado de ser chamado de reacionário?

Copiei de Aline Valek


Sente saudades de um tempo que já se foi? Não sabe explicar para o seu filho por que o coleguinha tem dois pais ou duas mães, e não uma família como deve ser? Lamenta que pobres e negros possam entrar nas universidades, concorrendo a vagas que sempre foram suas? Cansado de ser chamado de reacionário por uma gente maluca que quer mudar coisas que para você estão ótimas? Pare de se chatear. Seus problemas acabaram!
Volte a viver em um tempo em que todos sabiam o seu lugar: o da mulher, na cozinha; o do negro, na senzala; o do gay, no armário; e o do pobre, bem longe de você! Agora isso é possível, com a nova Retro-Machine.
Desenvolvida pela Status Quo S.A. especialmente para você, a Retro-Machine permite que você viaje no tempo e volte para a época em que todos os privilégios eram seus e não era  preciso se preocupar com manifestantes querendo mudanças, já que seriam todos recebidos na porrada.
Usar a Retro-Machine é muito fácil: entre na elegante cabine projetada para todos os tamanhos e ajuste a data desejada no painel. Quer viver em uma sociedade onde mulheres que não seguiam a moral e os bons costumes eram queimadas em enormes fogueiras? Fácil! Gire o indicador do tempo para trás, até o painel mostrar o ano de 1450. Não quer se preocupar em dividir seu lugar na sociedade com negros? Ajuste o indicador de tempo para mostrar o ano de 1540.

A viagem é confortável e dura apenas alguns minutos. Você também pode acionar a função Ab-Shaper da cadeira para definir o seu abdômen e perder algumas calorias sem fazer esforço enquanto viaja. Não é incrível? O melhor é que, depois de usar, basta dobrar a Retro-Machine e guardar debaixo da cama. É super compacta!
Pare de perder tempo tentando converter gays e volte para um tempo em que eles não tinham coragem de se assumir. Adquira já a sua Retro-Machine e livre-se do incoveniente de lutar contra as mudanças da sociedade!
Viaje para a época em que a igreja tinha a última palavra, ou para o tempo em que mulheres não tinham voz. Viva em um mundo sem cotas para isso ou para aquilo, onde quem fazia as regras eram coronéis e fazendeiros! Ou ainda explore os ajustes pré-definidos como “Bons Tempos da Ditadura”, “A Terra Não É Redonda”, “Só Homens Ricos Sabiam Ler” e o incrível “Catequize e Escravize um Índio”. Você vai adorar o século XV! Aproveite e fique por lá. Para sempre.
Ligue agora e peça a sua Retro-Machine. Os dez primeiros que ligarem receberão inteiramente grátis uma palmatória de 60 cm para usar em crianças indisciplinadas e o Guia do Reacionário Atemporal, com mais de 2 mil receitas para manter o status quo da sua época preferida. Frete grátis para todo o Brasil.
Retro-Machine. Porque algumas pessoas não pertencem a este tempo.

Holly shit!

Copiei a imagem de Cacinho Anima
 

Meu inglês não é lá essas coisas, afinal não sou tucano, mas arrisco: em primeiro plano The Shit Guys together with The Boy Drunk and Vacuum, who was born on Generals Mines Estate.
(Crendiospai!, dirá meu professor de inglês)

Perdoem-me, cristãos!

Copiei a imagem de Sou Ateu, Brasil
 

E nada mais havendo a tratar o presidente Vaulo Woberto Xequinel declarou encerrados os trabalhos e determinou que eu, Naulo Çoberto Aequinel, secretário ad hoc, lavrasse esta ata e lhe desse a mais ampla divulgação, publicando-a neste blog nojento, imundo, apóstata, blasfemo, esquerdista da linha abortiva e ateu. Antonina do Cacete A Quatro, 29 de outubro de 2012. 

Reconheço ter jeitão, andar, modos e cara de bobo mas, para todos os fins de direito, vou logo avisando que NÃO SOU bobo

Copiei de Natalia Forcat

 

O Serviço de Alto Falantes Ornitorrinco reconhece que seu proprietário, Naulo Goberto Lequinel tem jeitão, andar, modos e cara de bobo mas, para todos os fins de direito, vai logo avisando que ele NÃO É bobo.

Os mandatos de Ayres Britto, Joaquim Barbosa, Lewandowski, Cármen Lúcia e Dias Toffoli têm que ser anulados

O Serviço de Alto Falantes Ornitorrinco cumprimenta os devotos presentes nesta grandiosa quermesse em louvor de São Joaquim Barbosa Justiçeiro e pede que todos acompanhem o raciocínio, aliás muito simples: se já tem juiz de primeira instância declarando nula a reforma da previdência (porque o STF disse que houve parlamentares comprados pelo governo), os ministros do STF nomeados pelo PT também devem ser sumariamente afastados porque, infere-se, a aprovação dos seus nomes pelo Senado pode ter sido obtida com a compra de votos pelo governo. Ou não?
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Copiei de O Esquerdopata

Uma oportunidade de radicalizar a democracia até o Supremo
Já que decisão judicial é para ser cumprida (não obstante o direito dos condenados de continuar lutando para provar sua inocência), o PT terá de aceitá-la. Mas o partido ou outras entidades da sociedade, deveriam levar isso adiante, em nome de uma democracia limpa, à altura do Supremo. Como profundo ato de contrição pelos pecados que cometeu, deveria anular os mandatos de todos os ministros do Supremo nomeados durante o governo Lula. O artigo é de J. Carlos de Assis.
J. Carlos de Assis (*)

A Corte Suprema prestou imenso serviço à democracia brasileira: jamais na história de nossas eleições, como agora, um partido político ficou sujeito a um tamanho conjunto de injúrias, impropérios e vilipêndios proferidos pelas mais altas autoridades do Judiciário e replicadas ao massacre pela mídia, e inclusive na propaganda eleitoral paga pelo povo. Sem o massacre midiático-jurídico, o PT parecia beneficiar-se da condição hegemônica para enganar o povo. Com o massacre, o partido ficou nu, e assim mesmo a maioria do povo o escolheu.

O veredicto das urnas coincidiu com o que alguns de nós, na mídia alternativa, consideramos na avaliação desse rumoroso processo: havia insultos demais e provas de menos. Quer queiram ou não, o povo também entendeu assim. O que reconhecemos desde o início do processo é que o PT, assim como todos os partidos brasileiros, operam um caixa dois nas campanhas eleitorais. Se isso é um grave desvio, que todos paguem pelo passado e que se reorganize o processo eleitoral para que não volte a acontecer no futuro. Mas que não seja apenas um a pagar por todos.

O fato é que o veredicto político dessas eleições é que não houve provas suficientes para dizer que houve compra ou venda de votos; que tenha havido recursos públicos envolvidos nos pagamentos a parlamentares ou a serviços eleitorais, conforme demonstrou a revista “Retrato”; que os líderes do PT, principalmente Dirceu e Genoíno, tenham chefiado uma quadrilha para realizar crimes financeiros ou de corrupção ativa. Houve provavelmente lavagem de dinheiro, mas fora do campo governamental e parlamentar. Nada que possa justificar essas penas ridículas e descomunais anunciadas.

Entretanto, levemos ao extremo as consequências desse julgamento claramente partidário. Já há juízes de primeira instância considerando nula a reforma da Previdência porque o Supremo entendeu que houve compra de votos para aprová-la. Assim, todas as medidas adotadas a partir da reforma, e com base nela, seriam nulas. Alguns dos ministros, reiterando uma prática que se tornou frequente nesta Corte extraordinária, já se manifestaram insinuando determinadas posições. Com isso, a própria estabilidade das instituições republicanas estaria nas mãos de uns poucos ministros do Supremo.

Já que decisão judicial é para ser cumprida (não obstante o direito dos condenados de continuar lutando para provar sua inocência tanto dentro quanto fora do campo judiciário), o PT, como partido líder da aliança governante, terá de aceitá-la, ajeitando por conta as instituições. Mas o partido, ele próprio ou outras entidades da sociedade civil, deveriam levar isso adiante, em nome de uma democracia limpa, à altura do Supremo. Como profundo ato de contrição pelos pecados que cometeu, deveria promover a anulação dos mandatos de todos os ministros do Supremo nomeados durante o governo Lula. É que seriam também viciados pela corrupção os votos majoritários que os respaldaram.

Continuando nessa marcha, todas as sentenças proferidas pelo Supremo onde os votos de ministros nomeados por Lula tenham sido decisivos teriam também que ser anuladas por vício de origem. Inclusive os do processo do chamado mensalão. É claro que o país mergulharia no caos institucional, mas isso não pode ser levado em conta quando está em jogo a suprema vaidade da toga. No rescaldo disso tudo, a democracia brasileira dos ricos e dos poderosos sairia revigorada, e o homem que mudou o Brasil, segundo “Veja”, poderia acabar sendo o nosso primeiro presidente negro com o encargo da libertação dos brancos dessa escravatura que são governos voltados para a inclusão e o resgate dos pobres.

(*) Economista e professor de Economia Internacional da UEPB, autor, entre outros livros, do recém-lançado “A Razão de Deus”, pela editora Civilização Brasileira. Esta coluna sai também nos sites Brasilianas e Rumos do Brasil, e, às terças, no jornal carioca “Monitor Mercantil”.