SOBRE O BLOGUEIRO

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Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

segunda-feira, 29 de outubro de 2018

A escória venceu

Misoginia
Lgbt-fobia
Machismo
Estado mínimo

Sexismo
Eliminação de oponentes
Fim de programas sociais
Jaguaras togados em todos os níveis
Direita concurseira
Frente Parlamentar Evangélica
Bancada da Bala
Bancada da Bíblia
Ratinhos e ratões nos governam
A escória venceu

domingo, 14 de outubro de 2018

Ciro boquirroto e fanfarrão, escafedeu-se

Então ciro gomes, desde sempre boquirroto e fanfarrão, fazendo biquinho escafedeu-se para paris.
Trata-se de um bosta absoluto, vê-se logo.
Eu não o contrataria como segurança do meu bailão de beira de estrada: é um cagão melancólico.
Foda-se, ciro de merda gomes. 

quinta-feira, 4 de outubro de 2018

De voar

(À maneira de Guimarães,
possível fosse,
que Rosa não posso)

De arribar sabem as aves, eu não.
Elas voando de muito longe daqui,
vindo de muito longe de lá,
das dobras do mundo.
De migrar sabem as aves, eu não.
De migrar muito sabem as aves, eu não.
O caminho do possível de ir-se,
fosse voando,
de coisa assim não atino,
pouca a minha ciência.
Eu não, que pavor muito me pesa.
De almas leves,
aves de bastante arribar,
crianças ainda, de claro falar,
sendo pedra de dizeres ásperos,
às vezes, é assunto que minha ideia tem.
De ver-se gente de gentil figura,
e galanteios, duvidando de ser assim,
de voo de serena precisão, de lonjuras,
pego a ideia de ir fiando o pano,
nele lançando o que há de vir.
O pano tecido de idéias,
de não-limites, de sem-bordas.
Quando dou por realidade, já arribei,
em asas que, agora, de-voar tenho.
Pouso: é firme o chão daqui,
lugar de ir-se, e desato risos.
É que posso o de voar.
Asas de arribar o sonho.

PAULO ROBERTO CEQUINEL
Antonina, dezembro/2000