Eu visito o Blog do Tutuca todos os dias,
porque essa gente direitosa
não ficará sem resposta.
Ele, o tutuquinha-cagão, tem um problema insolúvel:
visita o Ornitorrinco todos os dias,
responde minhas postagens, mas,
sendo um autêntico
tucaninho-de-merda
e um completo cagão-do-rabo-mole,
jamais tem a grandeza pessoal de citar meu nome.
Saibam
internautas desavisados, comunistas malucos, esquerdistas alucinados e
trovadores da anarquia, o Tutuquinha me chamou – quiospariu! – de Pavo Cristatus e eu, ignorante que sou a
respeito de qualquer coisa, pensei que a expressão significasse algo como Parvo Metido a Cristo, ou Parvo Coroado, ou coisa assim
assemelhada, de modo que, preocupado com minha imagem e fama, tratei de
pesquisar o exato significado e, aliviado, descubro na Wikipédia que Pavo Cristatus é apenas uma das espécies
de pavão.
As coisas estão melhorando
definitivamente para este modesto e intragável Ornitorrinco porque, em outros
tempos e sob outras circunstâncias, eu disse que o Bó era um pavão e ele, ó,
devolveu a cacetada chamando-me de peru.
Pois a Wikipédia traz-nos
outras importantes informações, as quais divido com os internautas inaugurando
aqui este espaço zoo-cultural, se é que essa porra de palavra tem hífen.
Os pavões preferem
alimentar-se de insetos e, principalmente, de pequenos invertebrados e de blogueiros
igualmente sem esqueleto e sem princípios, mas também comem sementes, folhas e
pétalas, e textos precários, e porcarias, mentiras, aleivosias e vilanias
diversas.
Praticam um complicado mas
completamente transparente ritual de confrontação virtual na blogosfera, no
qual a extravagante cabeleira branca do macho pintudo e a cauda colorida têm
papel destacado, bem como o texto ácido, as palavras duras e claras, e a recusa
permanente ao anonimato e ao fingimento.
A cabeleira branca e a cauda
colorida, que chega a ter dois metros de comprimento e pode ser aberta como um
leque, não têm qualquer utilidade quotidiana para o animal e são um exemplo de
provocação virtual, de furdunço e de
esculhambação na web. Quando o processo é bem sucedido, o Tutuca põe sempre um
único ovo mas jamais faz qualquer menção ao cabeludo, colorido e intragável rabudo,
e sai pelos cantos fazendo de conta que a conversarada não é com ele, o que é
tristemente típico dessa espécie de tucanii
escafedentii.
O texto intestinal do Pavo Cristatus de Antonina tem provocado
vivo interesse especialmente entre os blogueiros limpinhos, cheirosos e
simpáticos, que jamais fazem xixi no mato e, oh que gente educada, quando
precisam peidar afastam-se pelo menos uns mil metros de quaisquer outras
pessoas, animais, de vereadores e de deputados, de freirinhas, padres e de pastores
eletrônicos e suas sacolinhas coletoras das economias populares.
No Brasil, principalmente
em Antonina, na Rua João Leão, 324, há uma espécie de pavão raro e em extinção
conhecido como pavão Cequinelik, que possui plumagem que é muito cobiçada por
sua raridade, beleza e coerência política e ideológica e, precisamente por este
motivo, é espécie em extinção.
Espero que você, um dia,
seja capaz e tenha coragem de citar meu nome, seu sorridente tucano-de-bosta,
autêntico, completo e irrefutável cagão-do-rabo-mole.
O problema é seu, Tutuquinha, já
que eu dormirei tranqüilo com meu rabão de Pavo
Cristatus, que aliás é belíssimo.
Um comentário:
Agora é a minha vez:
Primeiro vc acertou o fígado, depois um cruzado de direita...
Postar um comentário