1. Leio no Caixa Zero que Jaime Lerner, arquiteto do atraso e emérito
e manjadão especialista na arte malandra de pendurar brincos reluzentes em
orelhas sujas, foi condenado a três anos e seis meses de detenção por ter
favorecido uma empresa de pedágio sem realização de licitação, conforme
sentença prolatada pelo juiz federal Nivaldo Brunoni nesta terça-feira.
2. Eis que no formidável Humor Ateu descubro que há espíritas que
acreditam que, conforme consta no livro “Violetas na Janela”, num tal Plano
Espiritual, “existem aero-ônibus de três
tamanhos, o grande, o médio e o pequeno”, e que tais veículos são algo como
“um ônibus com mistura de avião, sem
barulho, sem poluir, confortável e muito limpo”, que “não
têm asas e tem os lugares certos onde
param, descem e sobem passageiros”, e que alguns dos “aero-ônibus transitam só pela Colônia e há outros que vão de uma Colônia
a outra e da Colônia à Terra” e, isso é muito importante, os tais
aero-ônibus “não transitam pelo Umbral, só
em raras exceções, mas vão a Postos de Socorro localizados no Umbral”, e um
aero-ônibus é um veículo “muito
confortável, não dá solavancos, desliza suavemente rente ao chão, ou metros
acima dele. Nas viagens maiores, como a vinda à Terra, desliza pelo ar. Os
passageiros sentam-se em confortáveis poltronas.”
3.
Perguntar-me-á o aturdido internauta qual a relação existente entre a
condenação do Lerner e os tais meios de transporte nos quais os espíritas
acreditam e eu, desde logo, devolvo: o fiofó não tem nada a ver com as calças,
meus caros, exceto pelo fato que o Lerner e sua tropa criaram o mito de que ele
inventou o transporte coletivo moderno, (o próprio aero-ônibus espírita), a cidade
moderna, o arquiteto moderno e merdas modernas assemelhadas.
4. Jaime
Lerner é um aero-ônibus espírita, um direitista enrustido, um militante do
atraso. O resto é propaganda.
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