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Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Não esquecemos. Nem perdoamos

Eu visito Maria da Penha Neles todos os dias
(e visitarei Resistência Popular também)


O Ornitorrinco pede a palavra para dizer que não podemos esquecer e perdoar militares e civis que, sob o manto protetor do Estado, sequestraram, torturaram, estruparam, assassinaram e deram sumiço aos corpos de centenas de combatentes do povo brasileiro.
Não podemos esquecer e perdoar os comandantes militares que deram ordens genocidas, que determinaram, premiaram e estimularam crimes contra a humanidade.
Não podemos esquecer e perdoar porque, se cometermos tamanho erro, estaremos os brasileiros eternamente da condição de reféns dessa gente sinistra.
Não podemos esquecer e perdoar porque, se os deixarmos sem punição, eles cometerão os mesmos crimes novamente.
Não podemos esquecer e perdoar. Se o fizermos, nossos filhos e netos estarão em perigo.

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