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Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

domingo, 9 de setembro de 2012

Dom Paulo Evaristo Arns

Como todos os meu quase 8 leitores diários sabem sou um sujeito que jamais teve no coração o patifão esfumaçado que vive nas nuvens e que, mais ainda, não respeita nenhuma religião, até porque nenhuma faz por merecer.
Mas diante de Dom Paulo Evaristo Arns, para esse homem de intangível beleza, de inaudita coragem, de imensa fé sobretudo na humanidade, para Dom Paulo este ateu respeitosamente ajoelha-se, não porque o cardeal queira, ao contrário, mas porque eu quero e por ter claro que Dom Paulo seria exatamente o que é mesmo se fosse ateu.

Dom Paulo Evaristo Arns é muito maior que o patifão esfumaçado que vive nas nuvens porque, humanamente corajoso, fez verdadeiros milagres, todos eles completamente provados.
Ainda bem que ele não tentou converter-me: eu seria hoje um cristão, não pelo patifão inexistente que vive nas nuvens, mas por Dom Paulo Evaristo Arns.
  
 

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