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Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Tempestades de sal: Sés con Uxía Senlle, Xoan Porto e Sergio Tannus

Perceberam a semelhança com nossa música regional, 
ou eu é que estou viajando?
De todo modo, valeu minha viagem. Em galego.
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Copiei de bem invitados

«Tempestades de sal»
de Sés

Nesta terra que fai testamento,
que acolle os lamentos e anima a olvidar,
infectada de sangue usureiro,
caciques modernos, mecenas do mal.

Vivo dentro dun monte de area
tinguido de brea que non limpa o mar,
coa esperanza de tomar alento
para ver o momento de nos libertar.

Mais aínda seguimos aquí
a aturar tempestades de sal,
resistindo a violencia de mans
desas serpes e cans que nos queren calar.

Compañeiras nos soños do Edén,
unha illa no medio do mar,
que iluminan o loito máis negro,
que esquece o desterro e o medo a loitar.

Cando as marcas se gravan a ferro
e a dor e a xenreira non deixan sorrir,
as penurias van alén da fame
falta a identidade que axuda a vivir.

Só se calma o ruído da raiba
coa forza que queima na gorxa ao berrar:
queremos curar a fendedura,
olvidar a tristura e voltar comezar.

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