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Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

terça-feira, 27 de maio de 2014

Coluna do Enólogo Genial dos Povos

Abri um vinhote argentino Lavaque, 2012, Pinot Noir (R$ 14,00), casta diferente e não muito disponível e, se fosse o Enólogo-Chefe do Partido e escrevesse no jornal oficial, lá pelos anos 80, eu diria mais ou menos o que segue.

Varietal revolucionário de cor avermelhada-partidária, com intensos aromas típicos das axilas das agricultoras do povo que garantem a produção de trigo e a faina das ordenhas, com delicado paladar dos sonhos da juventude organizada. Um tinto jovem e, como é adequado, produzido em consonância com as diretrizes superiores do Comissárionado Popular da Produção Vinícola e do II Congresso do Partido. Na boca das massas desenvolve uma intensa e perfeitamente planejada sequência de dizeres populares, dos discursos de Lenin às diretrizes de Staline, o Enólogo Genial dos Povos, com perceptíveis e luminosas notas de carvalho soviético novo.

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