SOBRE O BLOGUEIRO

Minha foto
Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Não acabou, tem que acabar, eu quero o fim da polícia militar

Esta postagem é "homenagem" aos jaguaras anônimos que infestam o Blog do Tutuca, bando de linchadores sem nome que - sei disso desde sempre - acham que a porra da PM tem mais é atirar e depois perguntar.
Sinto por seus filhos e filhas, patifes sem nome: eles e elas serão iguaizinhos a vocês porque, simples assim, canalhas precisam educar seus filhos e filhas para serem canalhas: pai canalha não precisa olhar - olho no olho - o filho canalha.

xxx---xxx 

Copiei de Pedro Fassoni Arruda 


Renato tinha 16 anos e estudava no Colégio Dante Alighieri. Marcos Henrique tinha 17, estudava no Colégio Bandeirante e estava preparando as malas para mais uma viagem a Nova Iorque. Caio tinha 18 anos e estava prestando vestibular para medicina na USP. Thomas tinha 20 anos, era o irmão mais velho de Marcos Henrique e trabalhava com o pai na imobiliária da família.
Thomas convidou os amigos para passarem o final de semana numa casa da família em Campos do Jordão. Já na estrada, faltando 50 quilômetros para chegarem ao destino, o Jeep Cherokee de Thomas apresentou um problema mecânico e eles tiveram que parar no acostamento. Uma viatura da polícia passava pelo local, e os policiais acharam a atitude suspeita. Os jovens foram abordados e logo depois desapareceram. Na última mensagem que Marcos Henrique mandou para a mãe, ele informou que os policiais estavam ameaçando e agredindo o grupo de amigos.
Os familiares nunca mais tiveram notícia. Foram duas semanas de buscas, sem qualquer sinal do paradeiro dos jovens. Hoje, ficamos sabendo da tragédia: os corpos dos jovens foram encontrados num matagal, com sinais de violência e tortura (um deles estava decapitado).
Quem leu o texto até aqui, sabe que isso é improvável por uma razão: isso não acontece com garotos ricos, brancos e que estudam nos melhores colégios. Aconteceu com um grupo de jovens, mas eles não eram brancos, nem ricos e tampouco iam para Campos do Jordão. Aconteceu com Jones Ferreira Januário, César Augusto Gomes, Jonathan Moreira, Caique Henrique Machado e Robson Donato de Paula. Aconteceu na periferia de São Paulo, onde a polícia fascista a mando de um governador fascista pratica um verdadeiro genocídio contra o povo pobre da periferia.

Nenhum comentário: