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Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Anotações sobre ética prêt-à-porter

Ao cumprimentar os presentes nesta patética quermesse em louvor de Nossa Senhora da Hipocrisia, trago a lume pronunciamento do meu primo bocudo e escatológico, Zaulo Loberto Fequinel, do qual mantenho prudente distância: "essa jaguarada togada não vale um peido."
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Copiei do Clovis Pacheco Filho

Com relação aos dois imóveis que o ínclito procuradô deutam dalanhóu adquiriu por meio do programa social “Minha casa, minha vida”, instituído pelo governo do presidente Lula, que ele, dalanhóu, não cansa de perseguir, apresenta características das mais estranhas. Primeiro, trata-se de um programa social, ou seja, destinado a atender à população de poucos recursos. Não tem porque contemplar essa pessoa, portanto, por se tratar do caso de um alto funcionário do poder judiciário (assim mesmo com minúsculas), que ganha o suficiente para adquirir imóveis por meio de seus vencimentos mensais regulares. Esse funcionário, portanto, exorbitou. Se o ato em si, como alega, foi legal, nem por isso deixa de ser imoral. Nem sempre as coisas legais são decentes, como o já tantas vezes citado caso da existência da escravidão no Brasil, que até 1888 era perfeitamente legal e nem por isso deixava de ser perfeitamente imoral. Legalidade e imoralidade, portanto, podem perfeitamente coexistir, em termos lógicos. Segundo, após considerar o mérito da questão, nesse programa social devem existir pré-requisitos, e entre eles, a baixa renda familiar. Não é o caso do distinto cavalheiro. Como é, então, que ele conseguiu superar essa barreira? Que artifícios ele usou? Não seria burlar o regulamento? Alegou que faz parte do baixo clero do judiciário e que, por isso ganha pouco? Foi o tal de jeitinho? Terceiro, mesmo que ele estivesse dentro das condições legais, estatutárias, a inscrição para tal aquisição é para UM imóvel, e NÃO PARA MAIS DE UM, para que não constitua especulação. Quarto, ao conseguir ser contemplado, pelo meio que fosse, mesmo que tivesse sido só para UM ÚNICO IMÓVEL, ele estaria tomando o lugar de uma pessoa mais necessitada. Usurpou, portanto! Mas ele não se contentou com uma usurpação! Prevaricou duas vezes! Agora, olhando a sua vida pessoal, ele se diz “evangélico”. E é membro de uma igreja conservadora e direitista. Ou seja, é “crente”, como se diz. Tais pessoa fazem praça de honestidade a toda prova. Não podemos classificá-lo, por sua atitude contraditória entre o dito e o feito, então, como um verdadeiro hipócrita, o tal de “sepulcro caiado”, de que falam os Evangelhos que ele diz seguir? Fora isso, é pessoa que se apresenta, publicamente, e ex-officio, como defensor das leis, e por isso mesmo, ele atua nesse sentido, publicamente, em função do cargo que exerce. Não deveria dar o exemplo de respeito às leis? Alguém pode me ajudar a destrinçar esse furdunço? Alguém pode encontrar o torresmo que está escondido debaixo desse angu de caroço? Achar o rabo do gato que está escondido nessa história?

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