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Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

sexta-feira, 20 de abril de 2018

Que fique árabe (ou claro)

Copiei do FB do genial Zé Carota
ana amélia (se quiser ser chamada senadora, faça por merecer, comportando-se como tal), sei que você acorda cedo - e como sei, explicarei ao longo do texto -, então, em virtude da xenofobia que revelou ter (e mais grave: incitar) para com o povo árabe, na condição de neto de libaneses, me vejo num misto de direito e dever de lhe educar a tempo de evitar mais um dia de hipocrisia.

quando for tomar seu banho, não use sabão.
além de ser uma invenção árabe, não limpa preconceito, cujo fedor, por vir de dentro, também não poderá ser eliminado por outra invenção árabe: a água de colônia.

certamente, usa ambos há anos, e isso não impediu, além da já citada xenofobia, a expressão de seu sadismo naquele vídeo saudando seus conterrâneos que promoveram verdadeiros e criminosos - atenção à palavra a seguir - atentados contra a caravana do ex Presidente e agora PRESO POLÍTICO Lula no Sul.

no desjejum, seja odiosamente coerente, e nada de café nem queijo, pois ambos não são criações do agronegócio que adora, mas dos "terroristas" a que aludiu para instilar medo e ódio em milhões de seus pares em ignorância.

um dos melhores cafés do mundo é produzido pela muçulmana Etiópia, onde, séculos atrás, um pastor reparou que suas cabras ficavam mais animadas após o consumo dos grãos e das folhas daquele frutinho vermelho, do qual colheu um punhado e entregou a um monge que dele fez uma infusão, gerando a bebida tal como a consumimos e adoramos.

já o queijo foi criado por um berbere que transportava leite de cabra em um alforje, e tal alimento, após um dia inteiro sob calor intenso, coalhou, resultando, uma parte, num líquido ralo e opaco (soro) e a outra, numa pasta cuja produção foi aprimorada ao longo do tempo, gerando toda uma variedade de queijos.

permita-se, portanto, outros repastos, preferencialmente transgênicos, pra legitimar a defesa que tanto faz destes.

você usa o twitter e o facebook com enorme assiduidade, e deve isso não aos nerds norte-americanos que criaram tais redes e faturam bilhões de dólares com elas, especialmente com a criminosa venda da privacidade de seus usuários para todo tipo de finalidade, nenhuma prestável, para ainda maiores e piores bandidos capitalistas (releve o pleonasmo - se souber o que significa...).

não fosse um matemático persa (iraniano - bum! -, logo, árabe) do século IX, criador do algoritmo, palavra inspirada em seu sobrenome, Al-Khwarizmi, essas redes simplesmente não existiriam.

assim, dada a sua xenofobia, você deveria encerrar seus perfis imediatamente.
questão, de novo, de odiosa coerência - e, mesmo, pra espalhar mentira e ódio já tem gente (sic) demais.

sabe, é gente (sic duplo) com essa sua mentalidade (sic ao cubo) que forçou imigrantes árabes, como meus avós e tios, a mudarem de nome, no início do século XX, quando aqui chegaram sem eira nem beira, numa tentativa meio débil de, ocultando suas origens (com toda ruptura cultural e humana a que isso corresponde), não sofrerem a perseguição violenta que discursos, repetindo, xenófobos como o seu, ontem, incitam.

o sobrenome de minha família é Butros, que eles tiveram que traduzir (literalmente) para o português Pedro.
lá, Butros é um sobrenome tão comum quanto o é da Silva por aqui, e o seu preconceito persecutório tanto para com o mais emblemático da Silva brasileiro, um migrante, quanto para com árabes em geral - com perigosas consequências para os imigrantes de lá aqui chegados -, revela um só motivo: ódio de classe, que despreza fronteiras.

afirmo isso com base na razão de eu saber, como disse no início do texto, porque acorda cedo.

durante 8 meses de 2015, de abril a dezembro, eu cobri no Senado a CPI do CARF, desencadeada a partir das investigações da PF na Operação Zelotes, perto da qual a Lava Jato que você tanto adora é coisa de amadores - afinal, a Zelotes trouxe à luz os nomes dos CORRUPTORES sem os quais não existiriam os corruptos da Lava Jato, e mais: escancarou a sonegação dos CORRUPTORES que, em apenas 5 anos, de 2009 a 2014, totalizou R$ 2 TRILHÕES (ou, 1,5 Orçamento Anual da União, à época), conforme apurado por auditoria internacional (dados e fatos poderão ser comprovados nas atas das sessões, no site do Senado).

as sessões começavam às 10h, eu chegava bem antes, às 8h30, pra garantir lugar, trocar informações com colegas etc.
você, que se autoproclama tão interessada no fim da corrupção, NUNCA foi a uma sessão da CPI do CARF, pois, eu via pelas tvs nos corredores, já estava presidindo comissões de interesse do agronegócio.

pena.
seria interessante ver sua atuação nas votações dos requerimentos intimando à prestação de depoimentos, dentre outros, os donos da "sua" rbs e de seu conterrâneo gerdau, o maior sonegador do país, seguido de perto pelo dono do banco safra - que é libanês.

nunca foram intimados, graças a um sem fim de habeas corpus concedidos regularmente por gilmar mendes e cármen lúcia, numa velocidade ainda maior com a qual esta última se debruçou sobre o processo de Lula, mas para fins inversos.

e você, em seu discurso de ontem, saúda o judiciário, é claro (que, a propósito é o que significa a palavra "árabe").

autor: Zê Carota

#SalamLula #LulaPresoPolítico #LulaLivre #AlJazeera

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