SOBRE O BLOGUEIRO

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Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Para Tutuca, with love

1. Seja universal, fale de sua aldeia, já disse o nosso querido Tube. Conheça Tutuca aqui, ilustre passageiro, e tome Rhum Creosotado.  Você vai precisar.
2. Ilustre passageiro, leia este post ao som de Love is in the air, ou de qualquer outra porcariazinha romântica. É para dar um clima, entende?

Jornalismo cabeça de cebola (lambido de Brasilianas)
Por Jorge Furtado

Principal chamada de capa da Folha.com,  às 17:38:
"Acusações contra Erenice são graves, diz procurador-geral"
Clicando na manchete de capa, chega-se na notícia:
"Acusações envolvendo Erenice Guerra são 'graves', diz PGR"
Note que as "acusações contra Erenice" da capa já viraram "acusações envolvendo Erenice" na manchete interna.
Vamos ao texto da matéria, primeira linha:
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou nesta quarta-feira que são "graves" as denúncias de prática de lobby pelo filho de Erenice Guerra (Casa Civil), Israel Guerra.
Note que as "acusações contra Erenice" agora já são "denúncias" contra "o filho de Erenice".
E contra Erenice? Segue o texto:
Ele falou, no entanto, que ainda é "prematuro" ligar diretamente a ministra ao esquema. "As notícias apontam para fatos graves, mas não temos elementos nenhum ainda que aponte a responsabilidade se envolve ou não envolve a ministra", disse Roberto Gurgel. (...) "Temos que fazer apuração preliminar dos fatos para ver se tem elementos mínimos que justifiquem que a ministra seja ouvida", afirmou. Roberto Gurgel também diz que o Ministério Público não será utilizado como instrumento eleitoral e que agirá com equilíbrio e imparcialidade."O MP tem essa preocupação de não virar instrumento de campanha, falando bem claro, nem da campanha da ministra Dilma nem da campanha do governador Serra", finalizou.
Portanto, segundo o Procurador da República, que na capa – escrita pelo patrão - dizia serem "graves as acusações contra Erenice", na notícia – escrita pelo repórter - diz não ter "elementos mínimos" que justifiquem sequer que a ministra "seja ouvida", e que não há "elementos nenhum ainda que aponte a responsabilidade, se envolve ou não a ministra". E ainda termina espinafrando o repórter, deixando claro que o interesse da Folha faz parte da "campanha do Serra".
É o jornalismo "caroço de cebola": camadas sobrepostas até sobrar nada. É de chorar.
(Os tucaninhos capelistas estrebucham)
(Pano rápido)

2 comentários:

Antonio disse...

Sr. Ornitorrinco.

Tá todo mundo louco!

Depois que o Serra contratou por um milhão de dólares um guru indiano tudo ficou confuso.

Apareceu milico expulso da corporação por roubo de tijolo atacando os adversários do Serra.

Ex-presidiário dando entrevista para os jornais dizendo que não aceita bandidagem. Fala mal de todo mundo e é entrevistado em várias rádios. Uma celebridade!

Aí fico sabendo de um office-boy de 51 anos. Pô! Nunca vi office-boy desta idade.

E agora, o novo personagem do caso da quebra do sigilo da filha do Serra é um escritório de advocacia onde advogado e filiado ao PSDB é uma geral.

Alguém me ajude?

Preciso entender algo?

O advogado, militante do PSDB, mandou a procuração para o tal Atella quebrar o sigilo da filha do Serra?

Se foi ele quem mandou, o office-boy de 51 anos é inocente e foi usado por alguém?

Mas...

não foi a filha do José Serra que violou o sigilo de mais de 60 milhões de brasileiros? Esta é a matéria de capa da revista Carta Capital.

Que confusão?

Guru indiano é mesmo bom.

Agora a campanha do José Serra vai mudar o país.

Daqui a pouco vão dizer que o advogado, militante do PSDB, foi vítima do Tirirca.

Realmente, tem que botar meia polícia para investigar esta confusão e saber quem fez o que.

PAULO R. CEQUINEL disse...

Por orientação do Advogado-Chefe do Departamento Jurídico, Dr. Adalberto Jararacucú, nenhum integrante do corpo funcional desta Empresa está autorizado a fazer comentários sobre esta mixórdia.

FAULO FOBERTO FEQUINEL
ADVOGADO-ESTAGIÁRIO