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Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

O que está em jogo?

Garrincha, que completaria 70 anos hoje, é bem um símbolo para o que está acontecendo bem agora, sob nossos narizes. Cercados pela intolerância, pelo ódio, pela patifaria da campanha mais abjeta que jamais vimos, nós vamos avançando, levando botinadas, mas fazemos os gols do progresso, da tolerância sem fingimentos, das portas e janelas abertas para que o sol e o ar puro sigam em nossas vidas. Garrincha é bem a imagem do povo brasileiro.
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1. O aborto ou os 70 bilhões de barris do pré-sal? Uns seis trilhões de dólares e o maior impulso industrializante do país desde Vargas.

2. "Ele me fez sentar na cadeira onde sentou Galileo Galilei, no famoso edifício, ao lado do Vaticano, do Santo Ofício e da antiga Santa Inquisição. Foi meu "inquisidor", por mais de três horas..." (Leonardo Boff, sobre o seu encontro, em 1985, com o Papa Bento XVI, então o temível cardeal Ratzinger, determinado a destruir a igreja da Teologia da Libertação; Istoé, maio 2010)

3. A bala de prata púrpura traz a mácula da pedofilia
Complacência com pedófilos na alta cúpula da Igreja sonega ao Vaticano autoridade moral sobre o voto cristão: 55% dos católicos brasileiros votam em Dilma e ignoram a aliança entre a extrema direita religiosa, política e midiática travestida em pacto anti-aborto, envelopada com ares de súmula do Santo Ofício, hoje, na primeira página da Folha. O Vaticano encralacrado no celibato pedófilo até hoje não subscreveu a Carta dos Direitos Humanos da ONU, sob o pretexto de que ela não faz nenhuma referência a Deus e retirou seu apoio à Unicef, que defende o uso de preservativo para combater a aids e o planejamento familiar. A mesma ala da Igreja encastelada na Opus Dei, que agora apoia Serra, abençoou Salazar, em Portugal; Franco, na Espanha; Pinochet, no Chile; Videla, na Argentina e o Golpe de 64.
4. A resposta ao obscurantismo
"Reitores de todo o país contaram que, depois de mais de dez anos sem investimentos significativos em ampliação, as universidades federais são consideradas "verdadeiros canteiros de obra"[...] São 3,5 milhões de m2 de área construída ou em fase de reforma em todo o Brasil [...]foram criadas 210,2 mil vagas nas universidades federais no ano passado-- crescimento de 24% sobre 2008.Para 2010, a previsão é que sejam registradas 860 mil matrículas (avanço de 14%); em 2012 oBrasil pode atingir a marca de 1 milhão de matrículas no ensino superior federal ..." (Valor, 29/10)


5. A escolha de um certo jornalismo
Dilma Rousseff foi presa em 1970 e torturada durante 22 dias. O processo dessa via crucis é público. O que a 'Folha de São Paulo' cobiça com avidez eleitoral, há dois meses, é a autorização cúmplice da Justiça para publicar esse documento na véspera da eleição com aromas de verdade jurídica e jornalística. Qualquer veículo democrático teria como prioridade denunciar as condições de exceção de direitos humanos vividas nessas três semanas. A Folha prefere um carimbo que legitime o fruto do pau-de-arara.
(Carta Maior, 29/10)

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