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Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Carga, descarga e cagadas de trânsito

Eu visito o Palavra do Bó todos os dias.
Ele faz de conta que não existo,
oh, senhor dos inexistentes,
oh, senhor dos que não merecem
a superior atenção de Eduardo Bó, 
ainda que, aqui e ali, 
ele remeta alguns recados cifrados, 
por assim dizer.

“A falta de um planejamento urbano e principalmente de um sistema de sinalização de trânsito, principalmente no centro da cidade e na área considerada “histórica”, vem causando inúmeros transtornos aos moradores e transeuntes. As empresas não contam com áreas específicas para Carga e Descarga e os caminhões circulam e param livremente a qualquer hora e lugar, carregam ou descarregam mercadorias, causando confusão e revolta a todos: dos moradores próximos, dos condutores de veículos, dos caminhoneiros e até dos empresários. É preciso urgentemente fazer alguma coisa para organizar o trânsito na cidade. Será que na atual administração municipal não tem uma pessoa – eu disse uma – pensante, competente, decidida e disposta a discutir junto aos interessados uma solução para o problema? SOCORRO!”

O Ornitorrinco, especialista em tráfego aéreo, espacial e terrestre concorda em gênero, número e grau com os dizeres de Eduardo Bó.

Especialmente na Avenida Thiago Peixoto e nas proximidades da Rodoviária, do Itaú e do Banco do Brasil a coisa está uma zona, meus caros, daquelas de luzinha vermelha e faz tempo.

Os caras chegam, ligam a porra da luz de emergência e atravancam e complicam tudo.

Não pode haver nenhuma dúvida a respeito: a responsabilidade é da Prefeitura e da Polícia Militar, mas desconfio que há outros rabos expostos, como os dos empresários, por exemplo, que fazem de conta que a merda toda não é com eles.

Bem, ao fim e ao cabo, na verdade a responsabilidade é de todos nós, na medida em que bovinamente não reclamamos de porra nenhuma.    

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