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Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Real consideração presidencial n° 897/2010

Em tardes chuvosas e frias e quando meus intestinos estão a funcionar regularmente, como agora, coloco-me aqui em relativo sossego e, comendo minhas goiabinhas regulamentares, acabo por refletir um pouco sobre hipocrisia e desfaçatez, além de procurar entender como alguém pode gostar de duplas que cantam um tal de “sertanejo universitário”. 

Ouvi dizer que há quem considere ser melhor pensar com a cabeça, com a cachola, com os neurônios porque, supostamente, a produção de pérolas de bom senso banhadas nas águas cálidas da realidade estaria garantida. Oh que belos e corretos pensamentos, oh que felicidade!

Ocorre que ninguém está livre, muitas vezes, de cometer erros de leitura da realidade e ter como resultados, digamos, pensamentos lá não muito bons, idéias de jerico e porcarias mentais variadas, dos quais a gente não pode ou terá alguma dificuldade para livrar-se, justamente por que fazem já parte da nossa memória, ficam lá armazenados, o que pode causar dores de cabeça.

Eu prefiro sempre pensar com os intestinos porque, se acabar produzindo besteira, o que aliás é muito comum, basta ir a um banheiro e, com uma bela e profilática cagada, tudo escoa pelo esgoto, livrando-me de peso indevido e de dores de barriga, ainda que eu lamente que tudo acabe nas águas já bastante poluídas da nossa bela baía de Antonina.

Embora seja reconhecidamente um sujeito de poucas e bruxuleantes luzes, consegui refinar este método, de modo que, sempre que preciso livrar-me de alguma idéia ruim ou canhestramente concebida, agendo consulta com um dentista, chego meia hora antes, apanho aleatoriamente um exemplar antigo de Veja ou de Caras, vou ao banheiro e obro em paz e, em menos de dez minutos, tudo está resolvido.

O que ninguém jamais pode fazer é usar folhas da Veja para limpar-se, nem mesmo numa situação de emergência. Ocorre que você limpa, e limpa, e passa outra e mais uma folha e, curiosamente, seu fiofó fica cada vez mais cheio de merda.

Numa próxima oportunidade farei meus intestinos pensarem para que as razões de fenômeno tão intrigante sejam, afinal, conhecidas.

JAULO GOBERTO FEQUINEL
PRESIDENTE GENIAL
PENSADOR SÊNIOR
OBREIRO GERAL
OBJETO SEXUAL CHEFE
THE BULLSHIT ORNITORRINCO COMPANY

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