Thor 10 X Jesus 0

Eu visito Humor Ateu todos os dias

O Ornitorrinco pede a palavra para declarar que Thor, filho de Odin, prezados e desavisados internautas, é mesmo muito mais poderoso que Jesus. Começa que no Valhala, o paraíso viking, as almas dos guerreiros mortos com honra durante combates passariam os seus dias em intensos treinamentos e, durante a noite, desfrutariam de grandes banquetes e formidáveis orgias, com cerveja inteiramente grátis, e sem a ameaça de testes de bafômetro, e sem pagar dízimo, ora essa. Enquanto isso, no suposto paraíso proposto por Jesus, imensa e completa chatice: dízimo, proibição de frituras de qualquer tipo, comidas cozidas no vapor, sem sal ou condimentos, palestras obrigatórias com Silas Malafaia, Edir Macedo, Apóstolo Valdomiro, Reverendo R.Soares, os padrecos aeróbicos e cantores de gospel meloso, e os bispos e seus panfletos disseminadores da mentira e do medo, e terços para santa marina esverdeada e para são josé serra atingido, salada de alface e suflê de chuchu. Mas não façamos comparações entre as duas propostas de paraíso, vamos examinar o que está a acontecer aqui e agora em Antonina. Jesus, garantem os que passam a sacolinha, veio ao mundo diretamente do ventre de uma virgem (e há quem acredite!) para nos salvar do pecado, mas ele falhou miseravelmente pois, com efeito, encontro milhares de pecadores por aqui, sendo eu mesmo, talvez, o mais medonho dos pecadores desta cidade. Já o nosso formidável e menos metido Thor, filho de Odin, anunciou que nos protegeria dos gigantes de gelo e, sábio e precavido pra mais de metro, fez com que a maior parte da terra nunca tenha gelo, ou neve, ou muito frio, de modo que ele nem precisa preocupar-se com Antonina e suas elevadas temperaturas porque aqui gigantes do gelo não são motivo de preocupação, derretem-se lá na Feiramar, e ele, ó, esperto, trata de tomar as cervejas todas que só um deus pode merecer, com a evidente vantagem de que, ocupado com seus prazeres e suas orgias, não fica a nos encher o saco com ameaças de castigos, pestes, perdições e danações, e ainda por cima cobrando dízimo.