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Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

terça-feira, 29 de março de 2011

Uma elite saudosa da escravidão


Eu visito o Tijolaço todos os dias

 

Mães criam grupo ”antiterrorismo” contra empregadas. Elas trocam e-mails com observações sobre sua relação com funcionárias ”ingratas”, que as deixam até ”meio tontas’

Paulo Sampaio (O Estado de S.Paulo)

Indignadas, cerca de 20 mães com sobrenomes tão colunáveis como Gasparian, Vidigal, Pignatari, Souza Aranha e Flecha de Lima se juntaram há cinco anos para fundar o GATB: Grupo Anti-Terrorismo de Babás.
A ideia era se proteger da “petulância” das funcionárias, dar dicas sobre o que fazer em caso de “abuso de direitos” e ainda trocar ideias sobre cabeleireiros, temporadas de esqui em Aspen e veraneios em condomínios do litoral norte.
Hoje, o grupo antiterrorista agrega por volta de cem mulheres que disparam e-mails diariamente. No campo “assunto”, leem-se frases como: “É necessário pagar feriado??”, com várias interrogações ou exclamações, inclusive em inglês, dependendo do tema. “Help!!”

A matéria faz parte de uma reportagem maior, que conta como casais de classe média alta estão contratando paraguaias como babás para seus filhos, por causa de maior dependência – não têm casa nem família aqui –, salários menores e maior dificuldade em mudar de emprego. Dizem que elas são “menos roubáveis” por outras mães que se disponham a pagar melhor e aceitam trabalhar todos os dias, sem folgas. E, dormindo no emprego, ainda podem “ficar acordada caso o bebê caia no berreiro”.
E isso é a gente que defende a “modernidade”.

O Ornitorrinco pede a palavra para afirmar com as letras todas: essa cambada votou em são josé serra atingido, a maioria, e algumas, preocupadas com o “meio-ambiente”, dos seus condomínios de luxo, votaram na santa marina esverdeada.

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