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Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

terça-feira, 24 de maio de 2011

A inacreditável reiteração da patifaria religiosa

Harold Camping, um patife religioso em nada diferente dos malafaias, felicianos, valdomiros, padrecos e bispos, aiatolás e rabinos assemelhados. À sua frente a bíblia, um dos mais inúteis e perigosos livros jamais obrados e, logo atrás, ele próprio e sua cabeça vazia. Ou cheia de matéria fecal, a depender do ponto de vista.

De prcequinel@yahoo.com.br

Para que tudo fique bem claro, velhote enganador, para fazer esta postagem coloquei meu cérebro no modo “desligar” e retirei as linhas das tomadas de energia para que fosse possível, por breves momentos, que eu acreditasse em você.

Eu sei que você anda cansado, meu velho, muito especialmente com os patifes todos que falam em seu nome, e já tenho cópia daquele relatório de são josé serra atingido reconhecendo que a coisa toda saiu de controle, que deu merda e coisa e tal e cousa e lousa, de modo que, permita-me a dura franqueza, nós aqui dos andares de baixo estamos também muito cansados e de saco cheio diante da sua acintosa inoperância e do seu descaso, velhote enfadado e vagau.

Você não deu a menor bola para as porcarias que um dos seus intermediários, o abostado pastor norte-americano Harold Camping, está a obrar desde os anos 90 sobre o fim do mundo, e ele agora “admite ter errado os cálculos”, mas garante que "um grupo seleto contendo entre 2 e 3% da população do planeta será arrebatado para o céu em 21 de outubro", e o resto de nós iremos pro beleléu ou pro inferno, ou seremos condenados a assistir eternamente as sessões da Câmara de Vereadores de Santa Rita do Cacete a Quatro, ou as missas da porra da rede canção nova, quiospariu, ó que desgraça!

Bastava, e você sabe disso, apontar o seu dedão divino e, misericordiosamente, o americano abilolado virava fumaça.

O problema, velhote cínico, é que um bando numeroso de cristãos, sempre apropriadamente babando e facilmente tangidos para qualquer lugar, acreditou nas merdas todas que o seu representante obrou fedida e impunemente, e você, ó, o tempo todo fazendo de conta que a conversa não lhe dizia respeito, velhote imoral.

Vários dos seus seguidores, e do pastor calhorda, abandonaram suas casas, poupanças e empregos para se preparar para o fim do mundo. Alguns, cujos cérebros devem ser menores que o meu, contrataram serviços de empresas para cuidar de seus bichos de estimação, que seriam deixados para trás.

Segundo o seu representante, velhote venal, o que houve foi um erro de interpretação e você, misericordioso pra caralho, decidiu não punir a humanidade (os 97% restantes) com mais cinco meses de sofrimento. Você, meu velho enganador, é mesmo um safardana, um estelionatário, um patifão.

A partir daqui, religuei e tive que esperar uns vinte minutos pelo aquecimento das válvulas, porque o meu modelo de cérebro é 1952. Assim que voltou a funcionar, mesmo com suas já amplamente conhecidas limitações, minha cacholinha de poucas luzes imediatamente vasculhou os arquivos e constatou que você realmente não existe, é um formidável embuste. Delegados da Polícia Federal ou membros do Ministério Público que sejam um pouco mais corajosos bem que poderiam instaurar, por portaria, o competente inquérito policial.

A acusação? No mínimo estelionato, velho safado.

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