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Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Philip Morris, multinacional tabagista, caga e anda para legislação brasileira: cartão na embalagem de Marlboro esconde advertência

Eu visito o Cutucando de Leve todos os dias

 

29 de Agosto

Dia Nacional de Combate ao Fumo

  

IURI DE CASTRO TÔRRES, na FSP

“A empresa Philip Morris, fabricante do Marlboro, tem maquiado a mensagem do Ministério da Saúde a respeito dos malefícios do cigarro que deve estar obrigatoriamente na traseira da embalagem.
Por meio de um cartão que vem acoplado aos maços do Marlboro vermelho, o consumidor pode, facilmente, esconder as fortes imagens e frases sobre os perigos acarretados pelo fumo.
Um dos lados do cartão traz a mensagem regular. Ao virá-lo, no entanto, o consumidor vê uma propaganda que contém uma versão reduzida da advertência padrão que, por lei, deve cobrir toda a traseira do maço.
Procurada pela Folha, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) informou não ter conhecimento deste caso, mas afirmou que a prática é proibida.
A agência diz que analisará a irregularidade e, se for o caso, aplicará as sanções previstas em lei, que vão de multa a apreensão do produto.
Procurada pela reportagem, a Philip Morris preferiu não se pronunciar.
Segundo a Anvisa, essa prática já foi utilizada anteriormente, e a empresa - cujo nome não foi divulgado pela agência - foi autuada.
Segundo o médico e colunista da Folha Drauzio Varella, as advertências nos cigarros são importantes e qualquer tentativa de escondê-las é um crime.
"Estudos mostram que os avisos são eficazes", diz Varella. "Mesmo que não impeçam as pessoas de fumarem, pelo menos as informam."

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O Ornitorrinco, ex-fumante de charutos desde 3 de novembro de 2008, pede a palavra para lembrar que:

1. A indústria de tabaco não passa de atividade criminosa cujo objetivo central é, simples assim, entregar nicotina.

2. O cartão que esconde o que a legislação brasileira manda mostrar foi, certamente, discutido numa reunião qualquer da empresa, presentes diretores e gerentes, movidos por grana na forma de gordos bônus anuais, e que não tem qualquer compromisso com a vida, com a saúde pública e com os superiores interesses das pessoas. Depois, a tarefa foi entregue a uma agência de publicidade, que deu forma agradável à calhordice. Um bando de rematados lazarentos e filhos-da-puta, que isso fique bem assentado.

3. Não sei como essa gente consegue encarar seus filhos que são, é claro, mantidos longe do tabaco que seus pais vendem.

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