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Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Ei-lo, ereto, o deus do cacete a quatro!

Copiei do facebook de Aléxia RM Rosa

   

Imagens do Festival da Fertilidade (Kanamara Matsuri), que tem desfiles de pênis gigante no Japão. 

O evento, tradicional da cidade japonesa de Kawasaki, acontece no primeiro domingo de abril, numa das sociedades tidas e havidas como uma das mais avançadas tecnologicamente no mundo, e é manifestação religiosa, meus caros: bobagem intumescida diante de multidões sedentas por bobagens intumescidas

E nem falo (falo?) do machismo transbordante que relaciona apenas o pênis à fertilidade. 

Para além de qualquer dúvida, é direito dos  muçulmanos circular em torno da caaba, uma estrutura de pedra localizada em Meca, é direito dos católicos acreditar na esparrela da virgem emprenhada pelo espírito santo, o primeiro ricardão, é direito dos japoneses reverenciar um enorme caralho, e é direito dos habitantes da vila de Deshnok, no Rajastão (Índia), manter um templo sagrado dedicado aos ratos, que são tidos como deuses e como tal são tratados. 

Todos podem viver e proclamar sua fé, pelo menos aqui no Brasil e, prestem atenção, pelo menos por enquanto, porque se depender de alguns católicos ultra-montanos e dos evangélicos pentecostais a nossa constituição será rasgada, meus caros, e substituída pela bíblia.  

Mas, para além de qualquer dúvida, igualmente, é meu inalienável direito proclamar abertamente que não levo essas sandices religiosas a sério.

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