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Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Eu, curitiboca, acredito no HSBC

O Serviço de Alto Falantes Ornitorrinco cumprimenta os patéticos presentes nesta grandiosa quermesse em louvor de Nossa Senhora dos Imorais Lucros Bancários e lembra que a gangue do HSBC foi formalmente acusada, pelo Senado dos EUA, por lavar bilhões de dólares do narcotráfico mexicano.
Noite Feliz é o cacete, bando de babacas!
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O viciado consumo de imagens vazias e propaganda

O curitiboca é mesmo um cara pra lá de esquisito!
Está tão acostumado com as falsas verdades de que esta cidade é mesmo o paraíso na terra, que nem se dá conta do quanto é enganado, manipulado e usado como massa de manobra por aqueles que detém o poder e o capital na cidade.
Agora os curitibocas em massa saem em defesa das artimanhas e interesses do banco Internacional HSBC (Hong Kong and Shangai Banking Corporation), uma instituição bancária internacional, fundada em 1865 e sediada em Londres.
O HSBC atua no Brasil desde 1997, quando assumiu as operações do Banco Bamerindus.
O banco Bamerindus, para aqueles que não lembram, era um banco paranaense que entre as décadas 1970 – 1980 tornou-se uma das maiores instituições bancárias da América do Sul. Fernanda Richa, atual primeira dama do estado é neta do fundador da Instituição, o Sr. Avelino Antonio Vieira.
Desde o ano passado o Ministério Público do Trabalho e o Ministério do Trabalho e Emprego vêm investigando a realização das apresentações do Coral Natalino do HSBC, que acontecem todo ano na sede do banco, edifício Palácio Avenida, no calçadão da Rua XV.


Na última quinta feira (26/7) uma quantidade exorbitante de internautas manipulados, saiu em defesa dos interesses do Banco HSBC, contrários a medida do Ministério Público do Trabalho que encontrou vários indícios de abuso de trabalho infantil antes e durante estas apresentações natalinas.
As crianças do coral, nos dias de ensaios próximos a apresentação, cumprem uma carga horária de quase nove horas diárias e sem intervalo, com direito a apenas um refeição rápida.
Além disso, a remuneração das crianças durante os cinco meses que antecedem as apresentações é bastante inferior a um salário mínimo.
Ora, se as denúncias procedem, o coral é sim, realizado as custas de abuso de trabalho infantil!
E os curitibocas ainda preferem defender a instituição financeira, e detrimento das crianças que participam do coral?
A realização das apresentações, que já entrou no calendário natalino da cidade, é patrocinada pelo Banco HSBC através da lei Rouanet, um programa do Ministério da Cultura que permite a dedução fiscal de até 4% do imposto investido em programas culturais.
O coral natalino é o principal investimento cultural do banco. Que além do forte apelo institucional ainda garante um belo retorno de imagem no Brasil e no mundo.
No ano passado o banco investiu R$ 4 milhões para a realização do evento. Um valor realmente considerável para a realização de apenas 12 apresentações. Apenas como comparativo, o festival de teatro de Curitiba no mesmo ano captou um pouco mais que este valor. (fonte: Marino Galvão Jr. na Gazeta do Povo) (vale muito a pena ler)
As Apresentações.
Se você ainda não foi ver o tal coral o Polaco vai tentar descrever o que acontece.
Na verdade, durante estes quase cinco meses de preparativos, a organização seleciona um pequeno número de crianças. Estes selecionados, já com certa experiência, ensaiam, preparam e gravam um CD para as apresentações.
Mais próximo da realização do evento são escolhidas outras crianças, estas sim vítimas do abuso do trabalho infantil, elas não tem aulas de música, não recebem a devida assistência e atuam como simples figurantes fazendo mímica nas janelas do prédio durante as apresentações.

Veja aqui o vídeo a apresentação de 2011.
 
E o curitiboca, cegado pela ilusão de ótica da propaganda na cidade, ainda acredita que assistir ao show de luzes, algum figurão contratado e algumas crianças fazendo mímica na janela de um prédio, muitas vezes sem o devido amparo, nem sequer alimentação decente é bonito, é arte, é inclusão social.
Cegos, não vêm que tudo não passa de uma farsa. Uma farsa patrocinada com o dinheiro de seu imposto e que tem como único objetivo alavancar uma marca, a marca de um banco multinacional, muito mais interessado em transferir lucros para sua sede em outro país do que, necessariamente, promover a cultura ou a inclusão social em terras de muito pinhão. Afinal, para eles, tudo não passa de mercado e estratégia de marketing e as crianças, as crianças são apenas um meio de atingir o objetivo maior que é angariar clientes e aumentar o lucro.
Parabéns povo curitibano que prefere defender os interesses do capital ao invés de defender suas próprias crianças, que são nada mais que o futuro desta cidade!
Polaco Doido
 

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