SOBRE O BLOGUEIRO

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Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

domingo, 27 de janeiro de 2013

Santa Maria, num domingo cinza...

Copiei de Genizah
(Blog evangélico que sigo e respeito)

Acordo mais tarde um pouco aos domingos. Foi assim hoje.
Abri a janela e vi o dia escuro, cinza e chuvoso.
Não imaginava que ele era a expressão do coração de nosso Pai e de outros tantos pais, mães, irmãos e amigos que derramavam suas lágrimas doídas por seus jovens, "adormecidos" em Santa Maria.
Liguei a TV e vi a notícia.
Parei, chocado, atônito com tamanha tragédia.
Corri para a internet e vi vídeos e fotos de jovens praticamente intactos, caídos sem vida, arrumados, deitados como quem dorme, mas dorme o sono profundo da morte.
Meu Deus. Que domingo triste.
Pais e mães e irmãos e amigos derramarão suas primeiras lágrimas de um lamento de alma que se extenderá para sempre em suas histórias e será lembrada na história de nosso país como a tragédia que silenciou num só dia as vozes 245 jovens.
Quando algúem morre sem "precisar" morrer, todos nós morremos um pouco.
245 jovens não voltaram para suas casas nessa noite, nem voltarão. 
245 cadeiras não serão ocupadas nas mesas do almoço de domingo.
245 camas ficarão vazias essa noite.
245 futuros.
245 sonhos.
245 amores.
245 filhos.
245 jovens é vida demais, que virou vida de menos.
E um sem número de pessoas chora, grita, pergunta, lamenta e silencia.
Senhor, misericórdia...
Fabrício Cunha

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