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Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Os reais defensores da vagabundagem nesse país

Copiei do meu amigo Eli Vieira

Bolsa Família aquece a economia, é fato reconhecido pelo Banco Mundial. Portanto, é investimento. Tanto quanto bolsas da CAPES e do CNPq são investimento em pesquisa. Portanto, tentar desautorizar minha comparação entre as duas modalidades de assistência (e é assistência sim, pois a CAPES e o CNPq incluem alimentação e até em alguns casos seguro saúde em seus cômputos) dizendo que Bolsa Família é "gasto" e bolsas de pesquisa são "investimento" é desonestidade intelectual ou ignorância.

Quando o investimento do governo é na sua classe social, não é gasto. Quando é com pobres às margens da carestia, é gasto desnecessário e manutenção de vagabundos?

Vagabundo para mim é quem recebe uma bolsa das agências de financiamento públicas, abandona o curso e faz manobras para não devolver o dinheiro. Vagabundo para mim é quem acredita que todos os seus confortáveis privilégios são fruto do mais absoluto mérito partido exclusivamente da iniciativa individual, quando há forças históricas botando uma almofadinha na sua cadeira e uma pedra no sapato de quem vem de outras classes.

Basta ser pobre, ou negro ou mulher no Brasil para ser esquecido pela meritocracia. "Vencedores" que se acham meritosos por cruzarem a linha de largada partindo a dois metros dela, enquanto os adversários partem muito mais atrás, são os reais defensores da vagabundagem nesse país.

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