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Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Em junho as ruas disseram "queremos muito mais PT!"

As ruas não pediram, como disse muito bem Dilma Rousseff, para que voltássemos aos anos 90 de Collor e de FHC. Ao contrário, 
pediram mais PT, digo eu, arriscando todas as minhas (poucas) fichas. 
Pediram mais esquerda, mais avanços, mais pra frente, mais além. 
As ruas querem o PT que não fazia xixi na caixinha de areia ali naquele cantinho da área de serviço e estão a dizer "porra, PT, mas vocês também arrecuaram os arfe?"
As ruas querem a regulação da mídia e querem que suas relações com a ditadura de 1964 sejam plena e completamente explicitadas, e querem o governo federal enfrentando os milicos que, nunca devidamente confrontados, arreganham os dentes e, em 2010, Dilma eleita no 2º turno, decidiram que o paraninfo na turma de formandos da Academia Militar das Agulhas Negras seria o filho da puta do Médici. As ruas querem a verdade e a punição exemplar dos milicos que torturaram (inclusive crianças), que fizeram sumir pessoas, e que tinham como política de estado a tortura.
As ruas querem que o governo enfrente a imundície que se reúne na pocilga fedorenta da frente parlamentar evangélica e trate de defender e de promover políticas públicas que promovam a cidadania LGBTT e interrompam a matança que dá ao Brasil o vergonhoso título de campeão mundial de assassinatos de LGBTTs. 
As ruas querem que o governo - este nosso governo - pare com esta punhetagem calhorda de "segurança jurídica" como argumento para congelar os processos de demarcação das terras indígenas, até porque quem pode, de um lado, contratar jagunços e milícias e, de outro, bancar advogados muito bem pagos, tem completa e total segurança jurídica.
As ruas querem um governo que não seja neutro, que tenha lado, que proclame estar enfaticamente ao lado das minorias e de quem precisa ter proteção clara e enfática do governo.

As ruas querem mais PT, o velho e bom PT fedidão, e não estes  "bons petistas" cheirosos, assim escolhidos pelo esgotão midiático da revista veja.
Desconfio que estes "bons petistas" ganharão muita grana sendo consultores, facilitadores, milagreiros e, em alguns casos, lobistas daqueles bem filhos-da-puta.
Desconfio que estou completamente errado mas, aos 61 anos, o Estatuto do Idoso me protege. Vocês vejam aí, meninos e meninas.

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