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Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Deu no Fantástico: e aí veio o Papa Francisco e resolveu as merdas todas

O Serviço de Alto Falantes Ornitorrinco cumprimenta os presentes nesta grandiosa quermesse em louvor de Nossa Senhora dos Afogados e, estupefacto diante de texto assim tão cruel, pergunta: e daí, irmões cristões em cristo?
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Copiei do Bar do Ateu

A água baixou.

Como? Para onde foi? Se cobria toda a Terra, baixou para onde? 
Bem, não importa.
O casal de leões, faminto, mata uma zebra, e com isso extingue para sempre a espécie zebra, pois um só indivíduo não pode continuar a prole.
No dia seguinte, a fome volta. 
E o casal de leões mata um antílope. Enquanto isso, um casal de tigres mata um búfalo, depois, uma gazela de Thomson. 
Em poucos dias não há mais presas de grande porte, e o casal de leões, por lógica simples, acaba morrendo de fome.

O dilúvio acabou. Parte 2. Humanos.

Os humanos não possuem geladeira e não podem estocar alimentos por muito tempo. 
Mas a Terra (e a terra do planeta Terra) está devastada. 
Por muito tempo será impraticável a agricultura e, mesmo que se pudesse plantar hoje, só poderiam colher algo meses e meses depois.
A família de Noé não pode matar um porco, uma galinha, uma vaca: a espécie será extinta se fizerem isso.

O dilúvio acabou. Parte 3. Peste.

A Terra está coberta de cadáveres putrefatos dos afogados. 
Pessoas de todas as idades, crianças pequenas que, durante a enchente implacável, tentaram desesperadamente agarrar as mãos de seus pais, que, também impotentes, sucumbiam à tragédia.
Uma epidemia de tifo ou de cólera é iminente. O cheiro dos cadáveres é insuportável. A família de Noé não conseguirá sepultá-los, são muitos, toda a humanidade morreu, sem chances de defesa.
O melhor mesmo é melhor sair dali, mas para onde?

O dilúvio acabou. Parte 4. Desequilíbrio perfeito.

Os ecossistemas terrestres estão inteiramente destruídos.
Para recuperá-los, serão necessários milhares de anos. 
Por falta deles, ficamos sem assunto sobre isso.
Sim, um evento desse porte é de deixar qualquer um atônito, sem palavras.
É de deixar qualquer um morto.

Postado por Perce Polegatto

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