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Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

domingo, 15 de setembro de 2013

Anotações sobre pecuária, casamento e sobre cristãos babões que mugem bovinamente seu discurso de ódio

Copiei de Walter Silva
(O título acima é de minha lavra, não cabendo ao genial Walter qualquer responsabilidade)

Uma página cristã de discurso de ódio chamada de "Orgulho Hétero" nos EUA escreveu:
"O 'casamento' do mesmo sexo não é casamento, é um exercício de futilidade.
Na melhor das hipóteses, uma união do mesmo sexo pode produzir apenas entretenimento, pois não há crianças em um casamento do mesmo sexo".
Bom se o casamento é sobre reprodução, vamos chamar de casamento o negócio da pecuária então.
Se o amor de uma pessoa pela outra é somente "futilidade", melhor jogar fora os fundamentos da própria fé cristã, onde se aprende que:
"Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o címbalo que retine. 
E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria. 
E ainda que distribuísse todos os meus bens para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria."
"O amor jamais acaba; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá".
(I Coríntios 13).
É triste a ignorância.
Para quem a medida de todas as coisas deveria ser o amor, esses cristãos fundamentalistas envergonham o casamento, rebaixando-o à perpetuação da espécie (uma coisa instintiva, raramente planejada e que resulta em milhares de órfãos abandonados no mundo todo).
Que gente podre e ignóbil.

Um comentário:

Cora disse...

e sabe o que é pior, Paulo? e se fosse futilidade? e se fosse apenas entretenimento? ainda assim, ninguém tem nada a ver com isso!!!! o que esse povo tem que se meter na vida dos outros? por que diabos todo mundo tem que viver do mesmo jeito?

posso nascer mil vezes que continuarei sem entender essa galera que faz oposição ao casamento dos outros. por que é isso, né? é gente que não me conhece querendo determinar como eu vivo a MINHA vida íntima!!!!

como se o fato de duas pessoas se casarem em qualquer lugar do mundo fizesse diferença na vida dessa gente.

juro que quero entender, mas essa oposição é tão desprovida de sentido... quanto a ideia de um deus interveniente.