O Serviço de Alto Falantes Ornitorrinco cumprimenta os presentes nesta patética quermesse em louvor de Nossa Senhora dos Petistas Engacaçados.
Copiei de Roberto Elias Salomão
"No limiar de 2014, que certamente será um ano repleto de desafios, sinto no ar um cheiro de medo e retraimento; um não sei quê de cuidados excessivos. Cautela é bom, mas em demasia mata. Nunca pratiquei surf, mas se vale a analogia o quente é ficar na crista da onda, nem muito à frente nem muito atrás.
Veja-se o caso da AP-470. Depois do silêncio ensurdecedor diante das condenações e das prisões dos petistas, segue-se a omissão das principais lideranças diante dos abusos que, mesmo na prisão, os companheiros estão sofrendo. Não podem ler, não podem trabalhar e, no caso de um doente grave como Genoíno, é-lhe vedada a prisão domiciliar. Ouvi de excelentes pessoas que não podemos provocar uma crise institucional, uma disputa entre os poderes. Ora, a crise institucional já se instalou, com o Judiciário usurpando descaradamente as funções dos outros poderes. A inação certamente não é o melhor caminho para deter o Joaquim Barbosa.
Li uma análise (e quase não acreditei) segundo a qual o governo Dilma não dá asilo a Edward Snowden porque, se desse, o Joaquim Barbosa determinaria (é isso mesmo, determinaria) a extradição do coitado para os EUA, e ele acabaria em Guantánamo. Quer dizer que já reconhecemos o regime vigente no Brasil como uma ditadura do Judiciário? O Executivo, chefiado por uma petista, e o Legislativo não podem fazer nada?
A última que li é que devemos ficar muito preocupados com a possibilidade de grandes manifestações populares durante a Copa, e que só isso pode impedir a vitória de Dilma nas eleições. Fiquei estático. Se essa foi a lição que tiramos das manifestações de junho último, então a situação é muito séria. Deveríamos estar nos preparando para ficar na crista da onda. Em vez disso, rezamos, em piedosa contrição, para que a onda não nos afogue.
Submeter-se ao cerco é suicídio. O que está sendo feito com Haddad em São Paulo não é mais do que a continuidade da AP-470. É óbvio que devemos ser responsáveis. Mas em política, como em qualquer outra área, exagerar os perigos e dificuldades é tão nocivo quando subestimá-los."
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Copiei de Roberto Elias Salomão
"No limiar de 2014, que certamente será um ano repleto de desafios, sinto no ar um cheiro de medo e retraimento; um não sei quê de cuidados excessivos. Cautela é bom, mas em demasia mata. Nunca pratiquei surf, mas se vale a analogia o quente é ficar na crista da onda, nem muito à frente nem muito atrás.
Veja-se o caso da AP-470. Depois do silêncio ensurdecedor diante das condenações e das prisões dos petistas, segue-se a omissão das principais lideranças diante dos abusos que, mesmo na prisão, os companheiros estão sofrendo. Não podem ler, não podem trabalhar e, no caso de um doente grave como Genoíno, é-lhe vedada a prisão domiciliar. Ouvi de excelentes pessoas que não podemos provocar uma crise institucional, uma disputa entre os poderes. Ora, a crise institucional já se instalou, com o Judiciário usurpando descaradamente as funções dos outros poderes. A inação certamente não é o melhor caminho para deter o Joaquim Barbosa.
Li uma análise (e quase não acreditei) segundo a qual o governo Dilma não dá asilo a Edward Snowden porque, se desse, o Joaquim Barbosa determinaria (é isso mesmo, determinaria) a extradição do coitado para os EUA, e ele acabaria em Guantánamo. Quer dizer que já reconhecemos o regime vigente no Brasil como uma ditadura do Judiciário? O Executivo, chefiado por uma petista, e o Legislativo não podem fazer nada?
A última que li é que devemos ficar muito preocupados com a possibilidade de grandes manifestações populares durante a Copa, e que só isso pode impedir a vitória de Dilma nas eleições. Fiquei estático. Se essa foi a lição que tiramos das manifestações de junho último, então a situação é muito séria. Deveríamos estar nos preparando para ficar na crista da onda. Em vez disso, rezamos, em piedosa contrição, para que a onda não nos afogue.
Submeter-se ao cerco é suicídio. O que está sendo feito com Haddad em São Paulo não é mais do que a continuidade da AP-470. É óbvio que devemos ser responsáveis. Mas em política, como em qualquer outra área, exagerar os perigos e dificuldades é tão nocivo quando subestimá-los."
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