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Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

quinta-feira, 3 de julho de 2014

A Seleção não tem mais a velha alegria do nosso futebol?

Na Granja Comary, a Seleção Brasileira resolveu ser alegre, pândega e fazer muita zoeira.
Copiei a imagem daqui

Leio no PIG (das Séries A e B) e até mesmo em blogs progressistas, sítios progressivos e páginas progressentas, recorrentes reclamações sobre a "ausência de alegria" da nossa seleção.
Meu cérebro desidratado pensa a respeito desta coisa de "ausência de alegria", entra em apoteose mental e visualiza as seguintes situações para que possamos todos, os brasileiros, morrer de rir com a "alegria insuperável do futebol brasileiro":

1. No meio do segundo tempo Júlio César grita pro banco e informa que está indo pra ponta esquerda porque, vejam que coisa alegre, tem lá um torcedor da Jamaica tocando um reggae e fazendo um fumacê. Parreira aprova, Felipão assina a autorização. Os dois riem incontidos e, no Ceará, Postos de Saúde ficam lotados por torcedores que sentem falta de ar de tanto rirem.


2. Fred, de saco cheio por não receber bola nenhuma, recua para marcar o centroavante adversário e, só de sacanagem, só para zoar, de bate-pronto faz um belo gol contra. A torcida brasileira se mija de tanto rir. Os comentaristas esportivos dos canais todos fazem cara de alegria.


3. Felipão invade o campo e faz um merchandising tão engraçado que o árbitro se caga de rir e não o expulsa. Enquanto isso, o adversário chuta mais uma bola na trave. De norte a sul, os brasileiros riem sem nenhuma contenção, felizes por mais esta demonstração de genuína alegria e todos compram traves nas Casas Bahia.


4. As traves e bolas cheias de tecnologia, durante os jogos do Brasil movimentam-se milímetros, fraudam o chute de Neymar, anulam o gol num primeiro momento mas, diante das gargalhadas incontroláveis dos brasileiros, o juiz marca "perigo de gol", expulsa a psicóloga do banco, dança a macarena e mostra um cartaz "Agora é 45". Galvão Bueno goza nas calças tantas vezes que chamam os médicos da globo, todos contra os médicos cubanos no Brasil. Todos os brasileiros e brasileiras riem às bandeiras despregadas, todos felizes com a alegria da nossa seleção.


5. Disputa por pênaltis contra a Colômbia, a última cobrança é nossa. Se fizermos, passamos para as quartas. Mas, só pra zoar e mostrar a infinita alegria do futebol brasileiro, nossos dois goleiros reservas, Jefferson e Vítor, correm até o gol, colocam-se um de cada lado do goleiro colombiano e defendem a cobrança de Neymar! O povo brasileiro, de norte a sul, de leste a oeste e de Morretes a Antonina, caga-se de tanto rir com a alegria incontida do futebol alegre do Brasil.


De modo que, sacripantas, vão para a alegre puta futebolística que os pariu!

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