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Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Notícias da matança do povo LGBTT

Boa tarde, deputados, deputadas e senadores (inclusive do PT) que chafurdam na pocilga fedorenta chamada Frente Parlamentar Evangélica. Boa tarde, pastores de merda, boa tarde padrecos jaguaras. Vocês são os mandantes intangíveis desta matança (em 2014 já são 170 assassinatos) feita em nome do inexistente patifão esfumaçado que vive nas nuvens.
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Copiei de Walter Silva

Observe o que ocorre no Piauí.
Uma mulher bissexual chamada Gerciane foi vítima de um crime de ódio pavoroso.
Cortada ao meio, dos seios até a vagina, o órgão genital separado do corpo e enfiado na boca. O detalhe da vagina na boca é cruelmente simbólico e significativo,mas escapa à compreensão dos agentes do Estado.
As marcas da violência extrema devastando o corpo frágil dessa moça de apenas 26 anos, encontrada em um matagal no estado nordestino me fazem pensar que esses crimes perderam a capacidade de chocar as pessoas. A demora em prender o acusado desse crime de ódio (acusado que é homem, branco, heterossexual e se encontra foragido) é um sintoma do descaso público.
Gerciane era mulher, era pobre, ficava com homens e mulheres.
Há um anestesiamento social, uma brutalização do espírito humano aqui.
Não sei que nome se dá a esse fenômeno em sociologia.
O mesmo acontece com Antonio Gomes de Souza, homem gay assassinado com 40 facadas.
O crime é de ódio, mas as instituições, todas heteronormativas, ainda estão preferindo acreditar que é um simples caso de latrocínio.
Antônio, a propósito, foi vítima de um serial killer, especializado em seduzir, matar e roubar homens gays.
Ele não foi a primeira pessoa a morrer nas mãos deste mesmo criminoso que age cheio de ódio. Ele é parte de uma sequência macabra.
Recentemente, Marinalva Santana, militante do grupo Matizes, foi ameaçada em rede social.
Um grupo intitulado "irmandade homofóbica" afirmava: "A gente vai pegar ela e enforcar em praça pública como exemplo".
Essas ameaças não são vazias.
Tem pessoas morrendo no Piauí, vítimas de ódio.
Até quando?

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