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Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

sábado, 13 de setembro de 2014

Nova estratégia da mídia: vitimizar Marina

Copiei do Tijolaço
Autor: Miguel do Rosário



Veja, Folha, Globo, os grandalhões da mídia, aparentemente resignados que o seu candidato dos sonhos, Aécio Neves, não tem chances de ir ao segundo turno (e mesmo se fosse, perderia fácil), iniciaram uma nova estratégia.
Pintar Marina Silva como uma coitadinha.
Uma vítima.
E o PT – e os blogueiros, claro, esses lobos malvados – como um vilão do mal que tenta “destruir” sua imagem.
A ideia partiu da própria Marina.
Ela não deu um pio contra as ameaças do Pastor Malafaia.
Horas depois do pastor, hoje o principal símbolo da homofobia no país, agredir-lhe violentamente no twitter, Marina Silva veio à público dizer que o capítulo de seu programa que trazia referências à política LGBT tinha sido um “erro processual de editoração”.
Erro processual de editoração…
Em seguida, o coordenador do setor LGBT de sua campanha pediu as contas e saiu.
O Pastor Malafaia, então, aderiu entusiasticamente à sua campanha, tecendo elogios à Marina e gabando-se de sua vitória.
Desde então, Malafaia, sentindo-se fortalecido, intensificou seus impropérios contra o que chama de “ativismo gay” e contra Dilma e o PT.
Nem Dilma, nem o PT, nem os ativistas LGBT, porém, vieram à público “chorar” e lamentar estarem sendo perseguidos por Malafaia.
Para Marina, contudo, o vilão é o PT, o partido no qual militou por mais de 20 anos, e que foi responsável por tudo que ela conquistou na vida.
Marina elegeu-se como a senadora mais jovem do país, em 1994, com recursos financeiros, partidários e humanos do PT. Lula a nomeou ministra de Estado em 2003, por ser então um importante quadro petista.
Seu guru, Chico Mendes, foi fundador do PT no Acre e candidato a deputado estadual pelo partido.
E agora, aí está Marina. Posando de coitadinha injustiçada na Folha, no Globo e na Veja.
E tudo porque, tadinha, 83% dos recursos (R$ 1 milhão) que abasteceram o Instituto Marina vieram de Neca Setúbal, herdeira do Itaú, que hoje é coordenadora de seu programa de governo.
Só porque, pobrezinha, vive num apartamento pertencente a um dono de postos de gasolina e de fazendas no Mato Grosso e Pará.
Só porque, ó vida, andou “algumas poucas vezes” (para lembrar a expressão usada por Aécio quando confessou ter usado, ilegalmente, o aeroporto de Claudio) no jatinho sem dono do PSB.
Quanta injustiça! Quanta difamação!
A nova injustiçada da sociedade vem recebendo manifestações comovidas de solidariedade de Reinaldo Azevedo, Demétrio, Merval Pereira, Roberto Freire, Marcos Feliciano e… Silas Malafaia.
Só os melhores.

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