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Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Coisa do capeta: Oito pecados capitais da terceirização no Brasil

Copiei do Milton Alves

Jornada estendida dos terceirizados, pela maior incidência de horas extras, absorve quase 900 mil vagas de emprego do mercado de trabalho.

A CUT divulgou nesta terça-feira (14), os oito pecados trabalhistas das empresas de terceirizados no Brasil, numa contestação às afirmações de setores que defendem o projeto.Os empresários asseguram que a medida vai gerar mais empregos, dar segurança aos atuais terceirizados, além de alavancar a produtividade e competitividade da indústria nacional.

Os trabalhadores contestam. “O que eles querem não é regulamentar e melhorar a vida dos 12,7 milhões de terceirizados que existem no Brasil atualmente, e, sim, precarizar os outros mais de 35 milhões de trabalhadores contratados diretamente pelas empresas, sem intermediação de terceirizadas”.

O presidente da central, Vagner Freitas, repele afirmações de empresários que defendem o PL 4330, em nota enviada à redação da Agência PT de Notícias.

“O 4.330 não traz benefícios nem para a economia brasileira nem para os trabalhadores. Ele garante única e exclusivamente tranquilidade jurídica porque o projeto impede ações na Justiça e muito mais lucros para os empresários”.

Os oito pecados capitais das empresas de terceirização de mão de obra no Brasil:

1. Fecham empresas e não pagam verbas rescisórias aos trabalhadores, conforme demonstrado pela lista dos 100 maiores devedores trabalhistas do Tribunal Superior do Trabalho (TST);

2. Submetem trabalhadores a jornadas mais longas do que as de contratados diretamente; terceirizados trabalham três horas a mais por semana, sem contar horas extras ou banco de horas realizadas;

3. Pagam 24,7% a menos do que os trabalhadores contratados diretamente pelas empresas;

4. Os trabalhadores terceirizados permanecem 2,7 anos nos empregos, enquanto os diretos ficam até 5,8 anos na mesma empresa. A taxa de rotatividade entre os terceirizados é quase o dobro maior: 64,4% contra 33% dos diretamente contratados;

5. A terceirização impede a geração de novas vagas devido a comprovada jornada estendida de trabalho: 882.959 vagas de trabalho seriam criadas se a jornada dos setores tipicamente terceirizados fosse igual à jornada dos contratados diretamente;

6. Outro fenômeno abusivo do mercado de trabalho nacional em alta, a rotatividade da mão de obra, é mais expressivo entre terceirizados. A taxa teve um aumento de 19,5 pontos percentuais nesse segmento, de acordo com estudo de 2010.

Alternar períodos de trabalho e períodos de desemprego resulta na falta de condições para organizar e planejar a vida do trabalhador. Há consequências, inclusive, para projetos como formação profissional. O Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) também registra um rebatimento, comprovando que a alta rotatividade pressiona para cima os custos com o seguro desemprego.

7. A terceirização não gera emprego, mas sim a produção e realização de serviços demandados por grandes empresas. A empresa terceirizada gera mesmo é trabalho precário, com jornadas maiores e ritmo de trabalho exaustivo. A regulamentação da terceirização deveria observar a ótica da igualdade de direitos, para garantir qualidade de vida aos que hoje são vítimas desta prática;

8. O interesse que impulsiona o projeto é aumentar os lucros. Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) confirma isso: 91% das empresas que terceirizam parte de seus processos têm como principal motivação a “redução de custo”; apenas 2%, a “especialização técnica”. Esse quadro ocorre quando trabalhadores perdem direitos, têm menor remuneração e menos condições de saúde e segurança dos trabalhadores.

Fonte: Agência PT de Notícias

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