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Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Se deus, o patifão esfumaçado, não existisse, putaqueospariu, estaríamos fodidos!

Copiei da Língua de Trapo
(Por Rodrigo Dias)

Se Deus não existisse, o universo seria um lugar perigoso para a espécie humana.


Asteroides, meteoros, cometas e outros agentes homicidas estariam por aí vagabundeando pelo espaço, brincando de tiro ao alvo com os planetas aterrorizados ante a ameaça de destruição. A qualquer momento, um deles poderia abalroar a Terra e fazer do pequeno planeta em que vivemos o cemitério flutuante de nossas presunções.


O Sol, esta bola de fogo coruscante que nos fornece luz e calor, proporcionando assim as condições necessárias para o surgimento da vida em nosso lar, poderia um dia, sabe-se lá por qual capricho, transformar-se numa imensa anã vermelha e explodir, calcinando todos os insignificantes globos que se encontram em sua imediação, a Terra inclusive.

Buracos negros famintos, com seus prodigiosos estômagos semelhantes a sacos sem fundo, estariam flanando por aí à procura de apetitosas iguarias, podendo a qualquer momento um deles avizinhar-se do nosso planeta e devorá-lo numa só mordida. Dados os seus hábitos dietéticos, não precisariam esses glutões soltar um único arroto.

Terremotos, tsunamis, furacões, tufões, enchentes e outros cataclismos naturais, desastres que fariam rolar de rir a um demônio, arrasariam cidades inteiras, despachando para o além milhares de inocentes, outros tantos deixando mutilados, desabrigados, despossuídos.

Ainda bem que não é assim. Se fosse, periclitante seria a nossa situação no universo, incerto o nosso futuro, duvidosa a nossa posteridade.


Se Deus não existisse, a Terra seria o parque de diversões da Injustiça, da Maldade e do Desespero.


O mundo estaria dividido entre os que têm e os que não têm, não restando a estes últimos nem mesmo o alívio de um falsa esperança. Enquanto os filhos da plutocracia ostentassem sua riqueza, aos rebentos da miséria faltaria até a côdea do pão cotidiano.


Guerras sanguinárias mandariam para o túmulo nossos jovens mais saudáveis e promissores, além de destruir países inteiros e riscar da existência povos e culturas.


Acidentes aéreos, terrestres e marítimos produziriam uma carrada de mortos e aleijados, enquanto doenças incapacitantes fariam da vida de muitos um fardo, e da expectativa da morte o seu único consolo.


Nem mesmo a infância estaria protegida. Meninas seriam violadas pelos pais, meninos por velhos pervertidos.


Ainda bem que não é assim. Se fosse, estaríamos fodidos.

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