SOBRE O BLOGUEIRO

Minha foto
Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

domingo, 7 de maio de 2017

Poema das togas esvoaçantes

Sou juiz de direito
Recebo muito acima do teto
Duas vezes mais
Três vezes mais
Dez vezes mais
Mas todos os juízes recebem
Juízes de togas estaduais 
Juízes de togas federais
Todos recebemos
Pobres de nós
Até mesmo auxílio-moradia
Juízes coitados
Morreriam de fome
Se mantidos sob o teto devido
Quantos juízes
Entretanto
Federais ou estaduais
Fazem justiça
Duas vezes mais
Três vezes mais
Dez vezes mais
Qual o piso vagabundo
Que a justiça rasteira
A justiça rastejante
Jamais oferece
Nem mesmo isso
Mesmo que só um pouco
A quem precisa?
Eu sou um juiz de direito
E sei a porra do latim todo

Nenhum comentário: