SOBRE O BLOGUEIRO

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Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

sexta-feira, 21 de julho de 2017

O PT não é meu

O meu partido não é para mim.
Não quero o conforto pessoal de teses aconchegantes, nem sentir-me sempre limpo, cheiroso, virginal.
Antes, quero morar nas ruas escuras da realidade, passando frio e fome.
A realidade não será modificada com teses brilhantes porque, sem coragem para enfiar os pés nos esgotos a céu aberto, ela gargalha e dança diante de nós.
O PT não é meu: mora na rua, tem fome, passa frio e erra, é certo, e contaminado pela realidade fedida, aqui e ali pode não ser cheiroso, reconheço. 

O PT que há muito tempo eu idealizei sempre limpo, cheiroso, exclusivo e perfeito é inútil, sei agora, serve apenas para empilhar teses.
Prefiro o
PT imperfeito, fedido e errado que transformou, concretamente, a vida das pessoas.

O meu PT não é meu, é do mundo. 
 

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