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Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Hortografia

No final de semana visitarei a hortografia que meu pai mantem com crapicho em seu sítio e quero colher:
1. baldes de crases da groelândia;
2. maços generosos de hipérboles do bigorrilho;
3. ramos de tomilho revolucionário, cultivado exatamente como em fazendas orgânicas da ultra esquerda vegana e virginal;
4. mancheias de teses fosforescentes e hidropônicas que, cultivadas em condições ideiais de temperatura e pressão, jamais são alcançadas pelas durezas reais da vida; 
5. mandiocas de leveza saltitante;
6. goiabas anacrônicas de origem grega;
7. feijão budista, tão perfeito que jamais provoca flatulência reformista;
8. agrião do himalaia, curtido em sal rosa e nas teorias das ligas bolcheviques das universidades;
9. chuchu sem gluten e lactose, muito apreciado pelos ambientalistas de prédio, os mais radicais, aliás;
10. ramas de delações premiadas não apenas estéreis, mas, histéricas.
E venderei tudo por 1,99, menos as teses hidropônicas e fosforescentes, que dou de graça.

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